Ele saiu para ir ao banco e errou o caminho.
Até aí, nada de anormal. Mas o engraçado é que ele errou o caminho justamente na quadra do banco e até agora não entende por qual motivo refez o caminho por duas quadras.
O fato é que dando essa volta completa e desnecessária, ele ficou atrás de uma moto com placa de Brasília. Na hora em que o brasiliense parou na esquina, parecendo indeciso, ele se prontificou a ajudar.
Passada a informação de como chegar à rua procurada, se despediram, mas a moto do viajante não deu partida.
Na terceira tentativa já não tinha mais bateria nenhuma, e como moto com injeção não pega no tranco, o dono optou por comprar uma bateria nova, seria a coisa mais prática a fazer com a moto no meio da rua e ambos com milhares de quilômetros para voltar para casa.
O fato é que nem a concessionária tinha a bateria original, e de lá eles telefonaram para uma loja que não tinha a original, mas uma equivalente.
Buscaram a tal bateria e ele deixou o novo amigo na concessionária, que iria fazer o socorro no local. Foi tratar dos seus assuntos, quando na volta passou por lá e o pessoal ainda estava brigando com a bateria.
Parou para ver o que estava acontecendo, e descobriu mais uma:
A bateria equivalente era parecida com a original, mas não tinha o mesmo tamanho, era uns poucos centímetros maior na altura e menor na largura e comprimento. Ficava mal encaixada, no limite de não dar certo.
Mas o pior de tudo foi que os conectores eram montados de maneira diferente:
Baterias vistas de frente |
Enquanto na bateria original os cabos eram parafusados por cima dos pólos, na bateria similar eles eram parafusados pela frente dos pólos.
Só que o pólo da nova bateria era mais largo e a aba do terminal não se encaixava, e as tentativas para apertar o cabo não davam certo porque a aba afastava o terminal da posição correta assim que o parafuso começava a ser apertado.
Vista superior de um dos pólos da bateria similar |
O problema foi resolvido torcendo o cabo de maneira que a aba ficasse voltada para fora.
Um verdadeiro ovo de Colombo, mas para o pessoal na tensão brigando para colocar a moto para funcionar no meio da rua não era uma solução evidente.
Fica a dica, os cabos e a fiação conectados à bateria têm flexibilidade suficiente para serem torcidos e inverter a posição de montagem do terminal.
Moral da história:
É sempre melhor usar uma bateria original para evitar esses percalços na hora da instalação.
Na hora de vender o vendedor sempre fala que não tem problema, você só descobre a bucha na hora da instalação.
Lembrete:
Uma bateria descarregada não quer necessariamente dizer que sua vida tenha chegado ao fim. O problema pode estar no retificador/regulador enviando uma voltagem mais baixa que a ideal.
Trocar a bateria foi necessário para poder levar a moto pesadona até a oficina e conferir o sistema de carga, porque a concessionária não dispunha de serviço de resgate.
E também foi opção do proprietário para não se arriscar a uma pane no meio do caminho para casa.
IMPORTANTE:
Na hora de remover a bateria, sempre solte primeiro o terminal negativo (–) no cabo preto da bateria.
Assim, mesmo que a ferramenta se encoste ao chassi na hora de soltar o terminal positivo da bateria, não haverá problema porque não haverá um caminho para os elétrons chegarem até o pólo negativo da bateria.
Na hora de instalar a bateria, sempre conecte primeiro o terminal positivo (+) do cabo vermelho e então o negativo (–).
Isso diminuirá a chance de você provocar um curto-circuito e torrar o fusível ou o sistema elétrico da moto.
Depois dos terminais conectados, um contato acidental entre a fiação do pólo positivo com o chassi ou outras peças causará um curto circuito, então aja com cuidado.
Um abraço,
Jeff
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