terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Por que o câmbio da moto é tão complicado?

Por que todas as marchas não são para cima ou para baixo?

Por que complicar fazendo a primeira marcha para baixo e as outras para cima? 


Essas perguntas passam pela cabeça de todo novato quando fica em dúvida se a próxima marcha é para cima ou para baixo e o motor... coitado do motor.

À primeira vista, seria mais simples se todas as marchas fossem para o mesmo lado, né mesmo?

Com o neutro lá embaixo, era só lembrar de sempre levar o pedal para cima para subir as marchas, e levar para baixo para reduzir.

Mas o câmbio das motos tem a primeira para baixo e as outras para cima por um bom motivo:

Segurança.

Imagina uma situação em que você precise reduzir as marchas até a primeira para sair rápido de uma encrenca, tipo... 

Você está em um congestionamento de motos e é obrigado a parar sobre uma linha de trem, a moto apaga e as grandes hastes de seus óculos te impedem de ver o trem até quando ele já está em cima de você, apitando. E pra piorar, nem capacete você está usando.

Ah, isso não acontece, muito improvável, exagerado e dramático, né?

Imagem: https://wordpress.uark.edu/razorbackreporter/2013/10/03/railroad_crossing/

Well, it happens sometimes...*

Aí no sufoco você joga todas as marchas pra baixo, liga o motor e acelera tudo que pode, só para descobrir que o motor está em neutro... xi, ferrou.

Ao obrigar que a primeira marcha esteja sempre lá em baixo, os projetistas garantem que na hora do pânico você não fique vendido.

Mas nem sempre o câmbio das motos foi assim. 

Antes era muito pior.

Amanhã eu falo sobre o câmbio suicida.

Imagine o porquê do nome...

Um abraço,

Jeff
* Na verdade, os motoqueiros não estão nem aí com a ferrovia, eles é que obrigam o trem a parar. Bikers rule.

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