E em russo! счастливый!!!
O autor Denis Legostaev do canal механика (Mecânica) compara o desempenho de um óleo menos viscoso SAE 5W-20 com outro mais viscoso SAE 5W-50.
Para você ter uma ideia, no
Eles se comportam exatamente como esperado:
No óleo com viscosidade em alta temperatura expressa pelo número 50, a esfera demora bem mais para descer do que no óleo 20.
Imagem: Vídeo acima https://www.youtube.com/watch?v=KhL_g5LscTw aos 02:45
Em seguida o autor testa esses mesmos óleos de mesma classificação de viscosidade de inverno SAE 5W em temperaturas extremamente frias, e o resultado é surpreendente:
Imagem: Vídeo acima https://www.youtube.com/watch?v=KhL_g5LscTw aos 03:10
Os dois óleos deveriam ter o mesmo comportamento a frio, mas o óleo 5W-50 está muito mais viscoso que o 5W-20...
Isso não deveria ocorrer!
Ambos deveriam se comportar como se fossem um óleo monoviscoso SAE 5 — sem o W — ou seja, deveriam ter ficado tão viscosos quanto um óleo SAE se comportaria, e apresentar resultados muito semelhantes!
Para tirar a dúvida, o autor fez um teste comparativo com um terceiro tipo de óleo, um SAE 10W-40:
Imagem: Vídeo acima https://www.youtube.com/watch?v=KhL_g5LscTw aos 03:40
À temperatura ambiente, todos se comportam como esperado para suas viscosidades.
Notou a diferença de velocidade das esferas entre o óleo 5W-20 e o óleo 10W-40?
Se entre os dois estivesse uma amostra de óleo 10W-30, a esfera iria se mover em uma velocidade intermediária entre o 10W-40 e o 5W-20...
Não por causa do 10W, mas por causa do 30 — à temperatura ambiente, a numeração W não importa.
Percebeu a lógica da coisa?
Agora você já tem uma ideia da diferença de viscosidade de todos esses tipos de óleo à temperatura ambiente.
Mas o que o novo teste em temperatura extremamente baixa mostrou?
Imagem: Vídeo acima https://www.youtube.com/watch?v=KhL_g5LscTw aos 03:55
O óleo vendido como 5W teve um desempenho idêntico ao óleo 10W... o que é um absurdo.
Em vez de ser vendido como 5W-20, ele deveria ser vendido como 10W-20.
Isso confirma aquilo que eu sempre desconfiei:
Alguns fabricantes de óleo dão uma "encaixadinha" na classificação SAE conforme seus interesses comerciais. Sempre achei que o Motul 3000 está mais próximo de um 25W-60 e o mobil super moto 4T 20W-50 está mais para um 10W-40... mas nunca medi, não tenho como provar. Ainda.
Na Rússia, um óleo 5W-xx tem mais mercado do que um 10W-xx justamente porque lá a dificuldade de partida no inverno é coisa muito séria...
Imagem: https://axleaddict.com/auto-repair/Why-Are-My-Car-Heaters-Blowing-Out-Cold-Air — A viscosidade "W" serve para condições como essas, e não para o clima do Brasil.
Em temperaturas extremamente baixas, um óleo 10W-20 é pior para a partida do que um 5W-20.
Então, se esse óleo fosse comercializado com a viscosidade real, não iria vender bem lá na Rússia.
Mas tendo a mesma classificação, o comprador só descobrirá a encrenca na hora em que cair uma nevasca:
A bateria e o motor de partida terão grande dificuldade de acionar o motor porque o óleo estará extremamente viscoso.
E aí o proprietário vai pensar que a bateria está fraca, que é problema do motor de partida... tudo por causa da
Depois que comprou o óleo, o cliente que se lasque debaixo de neve. Eta, pessoalzinho maroto...
Imagem: https://phys.org/news/2013-03-global-harsher-winters.html
Mas isso não afeta a gente aqui no Brasil, aqui o problema não é o frio, é o calor. A não ser que você esteja neste momento tomando chimarrão em frente à lareira em Gramado, Canela, Bom Jardim da Serra, Urubici ou São Joaquim.
Mas vamos ao que interessa:
O teste de travamento de um corpo de prova rotativo sob carga!
Esse é o melhor teste para mostrar do que um óleo é capaz, tanto é que neste outro vídeo esse é o único teste usado para definir o melhor óleo. Não estranhei que os óleos recomendados pelas montadoras tiveram o pior desempenho.
Você viu o que ocorreu no teste que comparou diretamente a capacidade de lubrificação sob carga de um óleo menos viscoso 5W-20 com um 5W-50:
Imagem: Vídeo acima https://www.youtube.com/watch?v=KhL_g5LscTw aos 05:08
O corpo de prova girando com óleo 5W-20 travou quando submetido a uma carga de 9 kgf, enquanto o óleo 5W-50 aguentou firme e valente até 13 kgf...
Imagem: Vídeo acima https://www.youtube.com/watch?v=KhL_g5LscTw aos 06:00
É uma diferença de 44,4%... esse é o tanto que um óleo xxW-50 protege melhor seu motor comparado a um óleo xxW-20.
Mas como seria o comportamento de um óleo 10W-30?
Seria alguma coisa intermediária, mas de resultado mais próximo ao 5W-20.
Como há uma proporcionalidade entre a viscosidade e a capacidade de resistir a cargas, um óleo 10W-30 aguentaria provavelmente uns 10,3 kgf.
E um óleo 10W-40, se tivesse sido testado, ficaria na casa dos 11,7 kgf. Tudo aproximado, claro. As propriedades podem variar de um fabricante para outro, e até a velocidade com que a carga é aplicada pode influenciar. Um teste manual não é tão preciso quanto um automático.
No teste número 3, ele compara o comportamento dos dois óleos em temperaturas existentes dentro de um motor.
Comparando os pesos da mesma quantidade de óleo de 75 gramas, ele pôde determinar quanto cada um deles evapora quando aquecidos à mesma temperatura pelo mesmo período de tempo:
Imagem: Vídeo acima https://www.youtube.com/watch?v=KhL_g5LscTw aos 07:18 e aos 07:32
Não para minha surpresa, os dois óleos evaporaram significativamente.
Mas o óleo menos viscoso perdeu 4 gramas a mais do que o óleo mais viscoso 5W-50.
Parece pouca coisa, mas representa uma diferença de 20%.
Ou seja, o óleo xxW-20 vai embora 20% mais rápido do que o xxW-50.
E agora você entende porque o óleo 10W-30, que é pouca coisa menos evaporativo que o óleo do teste, some do cárter tão mais rápido que o 20W-50.
Sem contar que ele passa mais facilmente entre os anéis do pistão, outro caminho para sumir do motor.
No comparativo, o óleo 5W-50 deixou uma carbonização mais espessa, já que ele tem mais substância.
Mas a temperatura do teste é bem alta, aquela placa chegou a 500 graus Fahrenheit, equivalente a 260 graus Celsius.
Como sabemos que aquele termômetro de ponteiro no meio da placa marca °F e não °C?
Neste outro vídeo (indicação do Pedra Veloz velho de guerra, muitos agradecimentos) o mesmo autor faz outro teste de carbonização e aos 05:20 ele fala que a temperatura é de 250 graus quando o ponteiro está entre o 4 e o 5.
E como 250 graus Celsius são 480 graus Fahrenheit, e a norma SAE é toda ela em °F, a conclusão é uma só.
O teste número 4 é muito interessante porque compara os óleos em temperaturas internas de funcionamento do motor.
O autor mostra um gráfico muito interessante:
Imagem: Vídeo acima https://www.youtube.com/watch?v=KhL_g5LscTw aos 09:36
Esses são valores típicos para uma motor arrefecido a água — nossas motos de baixa cilindrada esfriadas a ar trabalham no mínimo uns 20 graus mais quentes.
Primeiro ele faz uma demonstração com um líquido incolor, provavelmente álcool, para provar que os dois recipientes têm a mesma vazão.
Em seguida ele mostra como fica a viscosidade dos dois óleos a uma temperatura de quase 150°C.
Imagem: Vídeo acima https://www.youtube.com/watch?v=KhL_g5LscTw aos 10:16
Viu como o óleo fino se comporta como se fosse água?
É porque ele está com uma viscosidade próxima à da água...
Em qual dos dois você confiaria para proteger seu motor?
Em um óleo que parece água, ou em um óleo que continua parecendo — e se comportando como — óleo?
O autor também faz um comentário que achei interessante:
Ele não recomenda usar um óleo mais viscoso do que os fabricantes recomendam com a intenção de compensar o desgaste de motores mais rodados. Coisa que eu faço e estou muito contente.
Imagem: Vídeo acima https://www.youtube.com/watch?v=KhL_g5LscTw aos 11:53
Ele alega que os orifícios do pistão para lubrificação da camisa estarão carbonizados e o óleo mais viscoso terá dificuldade de atravessar, prejudicando a lubrificação.
É um bom argumento, mas eu discordo dele. É uma situação ovo ou galinha.
Porque o motor somente ficará mais carbonizado se usar um óleo que não protege tão bem o motor — um óleo que fará o motor trabalhar em temperatura mais alta do que poderia.
Usando o óleo adequado para a condição de trabalho e a temperatura, o problema não ocorrerá.
Já se o motor trabalhar mais quente com óleo menos viscoso... os donos de honda com óleo 10W-30 que o digam.
Ao final do vídeo, um engenheiro especializado em lubrificação explica a necessidade do uso de óleos sintéticos em função de os motores modernos serem mais compactos e fornecerem mais potência:
Imagem: Vídeo acima https://www.youtube.com/watch?v=KhL_g5LscTw aos 19:00
Só lembrando, nossos motores de motos sempre foram compactos e trabalham com rotações mais altas desde os anos 1960.
Ao contrário dos carros, os motores das motos produzidas até há poucos anos não tinham nenhuma diferença significativa em relação às projetadas nas décadas anteriores.
E mesmo motores modernos e de altíssimo desempenho como o da bmw S1000RR usam óleo 10W-50... então até onde a viscosidade menor influi nisso?
Mas pouco antes de mostrar essa imagem, o assunto eram as tendências de viscosidade no mercado norte-americano:
Imagem: Vídeo acima https://www.youtube.com/watch?v=KhL_g5LscTw aos 17:54
A tendência crescente do uso de óleos cada vez mais finos no mercado do hemisfério norte.
Com base na péssima tradução do google do russo para o inglês, ele parece estar fazendo uma crítica à maneira como as empresas lançam esses produtos no mercado enfatizando os fatores preço, qualidade e desempenho esportivo, mas sem considerar a temperatura em que serão usados.
Imagem: Vídeo acima https://www.youtube.com/watch?v=KhL_g5LscTw aos 18:38
A imagem aparentemente mostra óleos já rodados em temperatura ambiente muito baixa, o que na Rússia é algo extremamente crítico.
Mas qual a relação exata entre os assuntos? Que falta faz um tradutor de russo...
Ele prossegue falando alguma coisa que eu adoraria ver traduzida sobre os motores modernos estarem estourando muito mais do que os de antigamente...
Imagem: Vídeo acima https://www.youtube.com/watch?v=KhL_g5LscTw aos 21:18
E eu queria muito saber o que o engenheiro fala no momento em que a viscosidade 5W-30 se transforma em 5W-12...
Imagem: Vídeo acima https://www.youtube.com/watch?v=KhL_g5LscTw aos 20:50 e aos 20:56
Imediatamente antes dele falar sobre a quantidade de limalhas desses motores sendo moídos por causa do óleo...
Imagem: Vídeo acima https://www.youtube.com/watch?v=KhL_g5LscTw aos 21:05
Será que eles descobriram que óleos de classificação 5W-30 mereceriam apenas a classificação 5W-12?
Será que as petroleiras estão dando uma "encaixadinha" na classificação SAE conforme seus interesses comerciais? Ops, acho que já fiz essa pergunta...
Não, esse não parece ser o caso porque em seguida aparece um produto comercializado lá na Rússia que é um aditivo para óleo de motor.
Pesquisei o tal iMagnet HTHS стабилизатор (desculpe!) P14, que vem a ser um estabilizador de viscosidade.
Imagem: http://gorod55.ru/news/article/6ae987d9-a259-4b49-e3e7-85491d2b82bd
Se ele funciona ou não, é assunto de discussão lá na Rússia.
Então ao que parece, o engenheiro representante do P14 está alertando que:
Um óleo que sai da embalagem como 5W-30 se degrada com o uso nas altas temperaturas do motor (mesmo em um país frio como a Rússia) e nas elevadas quilometragens recomendadas...
Acaba se comportando e oferecendo a mesma (falta de) proteção que um óleo ainda mais fino com viscosidade real SAE 5W-12...
Isso coincidiria com aquilo que eu sempre digo, óleo sintético não é mágico.
O semissintético ainda menos, já que não passa de um mineral aditivado com sintético. Guardadas as proporções, algo similar àqueles óleos para salada com porcentagem de azeite de oliva.
É impossível atender o compromisso de rodar altas quilometragens com proteção do motor porque tanto os motores quanto os lubrificantes já estão no limite da tecnologia.
As montadoras prometem isso, mas não cumprem.
É por tudo isso que os carros e motos com "motores de alta tecnologia" de hoje usando "óleos de alta tecnologia" são menos duráveis que os de antigamente.
E isso é no mundo todo, até mesmo nos países com temperaturas bem mais amenas que aqui no Brasil.
Fico feliz por ter aparecido alguém testando e demonstrando na prática esse assunto de difícil entendimento.
Agradeço imensamente mais uma vez ao leitor Pedra Veloz que informou sobre o vídeo e o ótimo canal механика (Mecânica).
Um abraço,
Jeff
Obrigado Jeff. Não pensei que deste vídeo pudesse sair uma outra aula tão completa!Minha intenção foi só apontar um vídeo que poderia servir de ilustração para seus artigos tão úteis para nós.
ResponderExcluirTudo que pudermos fazer para atrasar a tentativa de mudar os parâmetros do comércio de manutenção de motos é válido!Mais uma vez obrigado,mas o mérito é todo seu! Aquele abraço!
Obrigado, Pedra Veloz!
ExcluirO vídeo foi ótimo para mostrar como se determina a viscosidade dos óleos, aqueles equipamentos são de um laboratório de tribologia (o ramo da Física que estuda as propriedades dos lubrificantes)
A norma SAE usa os mesmos equipamentos, mas com maior precisão e rigor.
Foi uma grande alegria fazer esta postagem... pena que foi publicada em um dia tão triste para mim.
Belchior foi o cara que compôs a trilha sonora da minha vida.
Forte abraço!
Jeff
Qualquer dia desses vou ver se arranjo tempo para pesquisar a lubrificação de motores aeronáuticos, sujeitos a grande variação de pressão e temperatura. Só por curiosidade.
ResponderExcluirПрощаться!
Ficarei feliz em publicar suas descobertas!
ExcluirForte abraço!
Jeff
Olá Jeff, confesso que fiquei sem entender agora essa questão do número antes do W. Caramba! Vou processar a informação hehehe
ResponderExcluirSe tiver alguma dúvida, é só falar, gosto de explicar o assunto... acho que todo mundo já notou, né?
ExcluirForte abraço,
Jeff
Complementei um pouco a explicação sobre a viscosidade de inverno W, espero que o assunto tenha ficado mais claro.
ExcluirUm abraço,
Jeff
É que na minha cabeça até o momento eu tinha o entendimento de qualquer óleo 5w teria basicamente o mesmo comportamento dada uma mesma temperatura. Só que não foi o que ocorreu no vídeo. Então parece que está aí mais uma artimanha da indústria pra nos tapear. No caso um óleo 50 seria melhor para nós aqui da região mais tropical.
ExcluirBom, todo óleo 5W deveria ter mais ou menos o mesmo comportamento.
ExcluirA menos quando ele é na verdade um 10W vendido em embalagem de 5W...
E sim, óleo 50 praticamente não é usado na Rússia porque as temperaturas lá não necessitam, um óleo 30 ou no máximo 40 faz o mesmo efeito.
Um abraço,
Jeff
Ola amigo, eu posso dizer que seu blog me fez uma enorme economia, mesmo que tenha sido motivo de piadas, pois bem, usei na minha bros 150 2012 oleo 20-50 mineral, sempre 1,3 litros, quando fui na oficina tive que escutar os inumeros argumentos, mas como eu sou madeira de dar em doido, MANDEI COLOCAR OS 300ML. Esse foi meu hábito esquisito para muitos, um vizinho de rua possui uma bros idêntica, só que a dele é vermelha, mesmo ano. Semana passada estava indo ao centro quando vejo ele indo de pé, parei e dei uma carona, perguntei da moto e ele me disse que estava fazendo o motor. A moto dele bateu o motor com 41000 km, com oleo semisintetico 10-30 com trocas de 1000 em 1000km. Ahhh já ia esquecendo, minha moto vai bem obrigado, com seus 61000km e seus 1,3L de oleo mineral 20-50, ocasionalmente sendo completado com trocas de 1500 e 1500km.
ResponderExcluirOlá, Adriano!
ExcluirFico muito feliz com o seu depoimento!
É mais uma comprovação de que tratando o motor bem tratado ele dura mais do que fazendo o que as montadoras mandam fazer e dizem que é o melhor para o motor.
E lamento pelo seu vizinho... o prejuízo é grande e evitável.
Muito obrigado!
Um abraço,
Jeff
mas vejo muito "entendido" batendo o pé que a intruder precisa de 850ml de 10w30 a cada 3000km. aí eles vêm com papo que "quem é você, pois sou motociclista a mais de 10 anos".
Excluirquer saber? que se lasquem! hahahaha
Olá, Rafael!
ExcluirE muitas vezes, esses "entendidos" ainda usam o "argumento" contra quem fala que ele está errado porque não é isso que manda o manual do proprietário:
"O cara quer saber mais do que os engenheiros que projetaram a moto".
Leio muito isso nos comentários de quem fala mal do blog.
(Às vezes dou uma conferida para ver novas criações de gente ingênua e de gente esperta que se faz passar por ingênua.)
Como se os engenheiros que projetaram a moto não tivessem escrito o manual...
Quem entende essa gente?
Um abraço,
Jeff
Um abraço,
Jeff
Mais uma vez, meus parabens Jeff! Mais uma matéria para provar que o que você vem falando é verdade, e serve também para que os críticos do blog possam ver que estavam errados. O que aconteceu com o Adriano, acontece comigo também, a ponto de rirem de mim quando pedi para colocar 1,2 ml no motor da minha crosser. ''Nem na minha 250 eu ponho 1,2 l, imagina nessa 150''. Bem, a gente avisa, quem quiser seguir, que siga.
ResponderExcluirPS: O que voce achou das Royal Enfield Jeff? Bom custo beneficio? Prometem?
Grande Abraço!
Olá, Danilo!
ExcluirObrigado!
Um cara que nunca acreditou quando eu falava no fórum das Kansas que elas precisavam de mais óleo um dia disse no facebook (me contaram) que eu só queria "denegrir" a dafra porque a moto dele tinha chegado a ridículos 30 mil km usando apenas 1 litro de óleo.
Quando nos encontramos pessoalmente na viagem a Ilhabela me ofereci para mostrar como se chegava à quantidade certa para o nível correto, ele se recusou a ver...
Não passou muito tempo, acho que não chegou a 40 mil km, ele voltou lá no facebook para dizer que a moto dele tinha estourado o motor de quebrar pistão e biela, ia ter de trocar tudo.
A vida ensina pelo amor ou pela dor.
Pelo menos ela tenta, né?
Porque muita gente não quer nem aprender.
Ops, quase esqueço de falar das Royal Enfield...
O sentimento que tenho por elas é que são bonitas de se ver para quem gosta do estilo, mas têm a desvantagem do poderoso motor monocilíndrico que causa muita vibração.
Uma CG com esteroides, muitos esteroides.
A cilindrada é suficiente para rodar nas velocidades máximas das estradas, mas a vibração tira o prazer de fazer longas viagens, e aí é o calcanhar daquele grego que esqueci o nome.
Edith fazia a mesma coisa sem vibrar absolutamente nada por ser um motor mais moderno com balanceiro eficiente.
E com mais conforto e gastando menos gasolina, coisas que uma Fazer ou Next também fariam, mas sem o mesmo charme de motos antigas.
Duas vantagens a Royal tem:
Manutenção simples por não ter radiador, bomba de água e chance de misturar água e óleo, e ser absolutamente não visada para roubos.
Quanto ao custo benefício, depende do que o comprador espera da moto.
A cilindrada mais elevada não é sinônimo de alta velocidade, porque para isso é preciso potência do motor.
E como ele trabalha em rotações mais baixas, o motor não gera a mesma potência que um motor moderno.
Em compensação, irá durar muito mais no quesito desgaste.
Acho que eu não compraria.
Vibração do motor é uma coisa que me incomoda bastante desde que comprei minha primeira moto, a CG 1978.
Tanto que o mais longe que fui com ela foi só até Santos.
Um abraço,
Jeff
Complementando:
ExcluirSão motos para quem estiver disposto a todo sábado de manhã conferir o aperto de todas as porcas e parafusos, porque a vibração afrouxa naturalmente esses componentes e os fabricantes não abrem a carteira para gastar com trava química.
Fica a dica.
Tudo de bom,
Jeff
Legal Jeff!! Os testes com as royal realmente trazem a vibração como principal caracteristica. Alguns dizem que são igual britadeiras em alta velocidade kkk Alguns argumentam que ao vibrar, voce ''sente'' mais a moto. O que é um pouco estranho... Achei elas muito bonitas e com preço convidativo, mas um projeto de 1930 com partida eletrica e ABS é meio estranho.
ExcluirOlá, Danilo!
ExcluirSei lá, uma coisa é você encontrar uma moto de 1930 encostada numa fazenda no interior e trazer ela de volta à vida.
A velha dama terá sua cota de ranzinzinces, mas faz parte do pacote, o grande barato é que você estará rodando com uma moto de quase 90 anos.
Mas comprar uma moto zero km e passar pelos mesmos perrengues tendo a oportunidade de rodar com outra coisa... não faz minha cabeça.
Um abraço,
Jeff
Desculpe a intromissão. Só pra lembrar que o tal grego do calcanhar era Aquiles.
ExcluirObrigado!
ExcluirEsse mesmo!
Um abraço,
Jeff
Opa, abraço em dobro!
ResponderExcluirBelo artigo Jeff. Me convenceu a mudar do Mobil semi sintético 15W50 para o Motul 15W50. E ainda quero testar o Castrol 10W50 que dizem ser concorrente direto do Motul.
ResponderExcluirUma pergunta, já ouviu falar do óleo Elaion sintético 10W50? Procurei informações técnicas dele mas não encontrei.
http://ypf.com.br/wp-content/uploads/2015/09/3938-IMG-Fr-Azul-E-Moto10W50.jpg
Já ia me esquecendo. Suas postagens e minha vontade de ajudar a galera que não sabe das sacanagens das montadoras já ajudou bastante gente no fórum da ER6N do facebook (algumas tretas aconteceram tb, faz parte). Consegui tirar as dúvidas do pessoal e alguns até ignorando a informação de quantidade de óleo informada no manual e passaram a observar somente o nível pelo visor conforme vai completando.
E já apareceu umas 3 motos lá com motor ferrado com 40 mil Km. Alguns insistem em dizer gasolina ruim (pode até ser mas duvido mto), eu chego na voadora dizendo que o principal problema é falta de óleo hahahahah.
Abraços!
Olá, Daniel!
ExcluirGasolina ruim causa batida de pino, aposto que ninguém notou isso acontecendo... porque não aconteceu.
Já a falta de óleo original de fábrica e de concessionárias é uma assassina silenciosa de motores... e ninguém suspeita.
Não conheço esse óleo Elaion. A YPF é a petroleira estatal da Argentina, mas desconheço o tipo de petróleo que eles usam para produzir lubrificantes.
Um abraço,
Jeff
E aí Jeff, queria que você me ajudasse numa duvida... Á uns dias atraz minha moto soltava um pouco de fumaça quando tava fria, mais quando esquentava parava de fumacar. Agora após parar de andar e com motor super quente, percebi que saia um pouco de fumaça também. Uma moto fumacar com o motor quente é sinal de muito desgaste? É preciso trocar quais peças? Um dia tava fazendo revisão na concessionária falei q minha moto tava fumaando um pouco e ele me ofereceu o kit cilindro comoleto... disse q não vende pistão, anéis, ou outra peça do kit separados. Oq você acha? Se eu trocar o kit cilindro será que minha moto irá parar de fumacar? Qual a melhor opção original ou paralelo?
ResponderExcluirMinha moto não fumaça muito e tambem não baixa muito óleo. É porque sou muito chato não me sinto bem em ver minha moto fumando... ela tá com 51 mil km e sempre usei óleo 20W-50.
E aí jeff, queria q vc me ajudasse... minha cg 150 tem um probleminha. Á um tempo atraz ela fumacava um pouco na partida a frio, só quando o motor tava frio. Agora percebo que continua fumando um pouco mesmo com o motor já quente... isso é sinal de que está precisando de retifica? Sempre uso óleo 20W-50. Na concessionária eles me ofereceram o kit cilindro completo, e trocando iria resolver o problema.será que trocando minha moto irá parar de fumar? É melhor por um original ou paralelo?
ResponderExcluirAbração...
Olá, Maicon!
ExcluirA coisa não precisa ser tão grave a ponto de trocar cilindro não.
Comece mudando de marca de óleo. Tem óleo por aí com muita propaganda, inclusive recomendado por fabricantes, que começa a fumar.
Minha CG 1978 zero km fumava aos 5 mil km e só usava o óleo caro recomendado na época pela fábrica, foi só trocar de marca de óleo que nunca mais fumou.
Se a questão da fumaça não for resolvida e continuar incomodando, o cilindro original pode ser retificado, aí colocando novo pistão e anéis para a nova medida o problema desaparece.
Você só precisa trocar o cilindro quando ele não permitir novas retíficas, aí vira sucata.
O pessoal gosta de oferecer a troca do cilindro completo porque não dá trabalho, é tirar um e colocar outro, não precisa levar, esperar ficar pronto e buscar.
Então trocam como se ele fosse descartável porque o valor do serviço fica muito mais caro com menos trabalho para o mecânico.
Além disso, se o cilindro colocado na sua moto for recondicionado, você corre o risco de trocar um conjunto a caminho da primeira retífica e receber um em fim de vida, tipo última retífica.
Alguém sai no lucro e você sai no prejuízo.
Um abraço,
Jeff
Acho que não é por causa do óleo, eu uso lubrax, e gosto muito... já usei mobil, mais não gostei porque parece ser menos viscoso que os outros da mesma viscosidade. Queria comprar peças originais para o motor, mais como eu disse antes, eles só vendem o kit completo. Vou ver se encontro o pistão e anéis e tambem vou aproveitar e trocar os retentores de válvulas.
ResponderExcluirComo é feita essa retifica do cilindro? Eles desgastam o cilindro e colocam um pistão e anéis com o diâmetro alguns milímetros maior? Minha moto tem o motor original, nunca foi retificado.
Outra coisa, acho que o kit cilindro que vende na concessionária não é mais possível fazer retifica uma vez danificado, parece que na caixa vem marcando " cilindro 4mm maior" ou é pistão se não me engano... alguma coisa semelhante... Creio que eles já vendem o kit com o diâmetro maior pra não ser possível fazer novas retificas...
você tá certo, minha moto não está com o motor tão desgastado a ponto de trocar o cilindro...
vou levar em um bom mecânico e mandar fazer retifica... não vou levar mais em concessionárias pra eles querer me empurrar peças caras sem necessidade.
Jeff só mais uma dúvida....
peças para motor só presta as que vende na concessionária ou eu posso usar outras marcas ? Terá a mesma durabilidade? A marca que vende na honda é a Hamp.
Olá, Maicon!
ExcluirÉ, não deve ser o óleo não. Lubrax não fuma.
Exato, a retífica aumenta o diâmetro do cilindro em alguns décimos e o novo pistão e anéis se encaixam no espaço maior.
Cada retífica consome 0,25 mm do diâmetro, se o desgaste for muito grande pode ser necessário partir direto para 0,5 mm.
Caramba, 4 milímetros maior?
Eu nem sabia que dava para alargar tanto assim o cilindro...
O motor é projetado para passar por essas operações, se a concessionária está querendo te empurrar conjunto completo de cilindro é caso para ir no PROCON.
Existe um mercado de peças não originais, mas não dá para saber a qualidade, varia de fornecedor para fornecedor. A concessionária tem a obrigação de trabalhar com peças autorizadas pela honda, e essa marca é deles, já vi na concessionária aqui perto de casa.
Não é curioso que eles tenham uma marca que não é a própria deles dentro da própria concessionária?
Boa sorte com sua máquina!
Um abraço,
Jeff
Agora ta ae a prova final, quem quiser estragar usando oleo que não presta em sua moto, que use. Esse video mostra aos olhos que primeiro, o dinheiro comanda, segundo, não dá pra acreditar muito nas empresas de motocicletas, elas sempre tentam nos ludibriar!
ResponderExcluirNem nas montadoras, nem nas petroleiras...
ExcluirAbração,
Jeff
Eh nois Jeff, abrass!
ExcluirSaúde & Paz.
ResponderExcluirDois detalhes:
1º. Tenho uma CG 1987 a 10 anos está Comigo. Quando comprei-a, fumava. Troquei de oleo so uso o LUBRAX JASO MA API/SL 20W50. Acabou as fumaçinha, barulho do motor melhorou, etc etc... Tenho tambem uma Virago 535-2001, uso o mesmo oleo.
2º- Sobre a Royal Enfield.
Acessem e leia o depoimento de uma proprietario de uma desde 2012.
https://www.elbando.com.br/2017/04/28/testando-as-novas-royal-enfield/
Abraços.
Ninja- Lobo Solitario Moto Grupo
Olá, Ninja!
ExcluirOutro dia estava no email com o Felipe trocando ideias sobre essa moto.
Depois de ler o depoimento, e descobrir que estavam lançando por um preço competitivo com motos de menores cilindradas, e não fazendo a burrada do lançamento há alguns anos, quando tentaram vender a preço de Bonneville, estou simpatizando cada vez mais com elas...
Como disse para ele, nunca direi que dessa água não beberei...
E tomara que eles façam muito sucesso no nosso mercado.
Já conferi o manual do proprietário na internet e ele é muito objetivo quanto ao procedimento de medição e quantidades, resta saber se não tem pegadinha.
Quanto à questão da vibração, vale lembrar que a Kansas original vibra um pouquinho, e foi só colocar um pinhão com um dente a mais que o motor passa a trabalhar em uma faixa de giros confortável em quinta marcha e a vibração do motor desaparece totalmente.
Pode ser o caminho das pedras para os proprietários de Royal.
Um abraço,
Jeff
ótima leitura nessa minha madrugada!
ResponderExcluirmais uma postagem para eu usar como prova para aqueles que eu me importo, aquelas "pessoinhas" eu deixo se ferrar mesmo kkkk
Olá, Jeff!
ResponderExcluirSou piloto há pouco mais de um ano e desde então - ou deveria dizer: desde o manual - seu blog tem sido leitura constante pra mim. E graças a você tenho podido fazer um melhor "balanço" entre o que diz o manual e o que acontece na prática (por exemplo, o uso de gasolina aditivada).
Mas claro que a melhor parte pra mim tem sido não fundir o motor do Darth Vader (meu pônei) ao seguir mais seus conselhos do que o manual - ou certos fóruns, por aí.
Tenho usado o Lubrax 20W-50, mineral e tenho tido bom desempenho - já levando em conta que Darth Vader é um pônei de 50cc da Shineray, que ando boa parte do tempo com sobre-peso e que rodo muito mais do que ele foi projetado (ou assim acho).
Cheguei a experimentar o semissintético Lubrax 10W-30 mas não gostei - e aprendi aqui o porquê de não ter gostado: a partida, às ~630 h é ótima, mas depois de meio-dia Eu escuto o óleo chacoalhando dentro do motor(!) coisa que não acontece quando estou usando o mineral.
Outra coisa que notei também no uso do semissintético foi que rodados uns cento-e-poucos quilômetros o nível baixa drasticamente (200 ml). Uma vez completos esses ml, coloco mais 100~200 ml aos quinhentos quilômetros e troco o óleo por volta dos 1500 km recomendados ou pouco depois.
Certa vez, numa troca de óleo - sempre no posto, porque eu sou preguiçoso e não compro as ferramentas pra fazer isso eu mesmo - mandei colocar o litro todo, do mineral, e só precisei adicionar mais um pouco já perto [mentira: foi depois dos 1000 km!] da troca.
Daí me surgiu a dúvida: se o manual manda colocar apenas 800 ml, que compartimento secreto é esse que suga esses 200 ml após rodar um pouco, deixando o motor com barulho de "tô quase vazio"?
Agradeço muito sua disponibilidade em compartilhar conhecimento, ainda mais desse tipo: crítico para a sobrevivência urbana!
Grato!
Abraço, Max;
Olá, Max!
ExcluirE foi graças a essa dúvida que você chegou aqui, certo?
Porque essa é uma das questões que mais insisto aqui no blog, procedimento de medição ensinado nas concessionárias não é o que vem escrito no manual, e ultimamente empresas como a dafra se encarregaram até mesmo de eliminar o procedimento correto do manual...
Não sei como a shineray age quanto a isso, se você puder enviar um print da página do procedimento de troca e medição do nível de óleo poderei fazer uma postagem elucidativa.
Meu email é jefferson.tradutor@gmail.com ou jefferson.tradutor@hotmail.com
Obrigado por acompanhar o blog, e um abraço,
Jeff
Boa noite Jeff.
ResponderExcluirMais uma vez passando informações bacanas pro pessoal que como eu esta aprendendo a importancia do uso de um oleo certo para o motor da moto. To com uma CG160 que veio com o oleo "Honda 10w30 semisintetico" que vou substituir pelo "YPF Elaion 10w50 sintetico" e irei passar os resultados para vcs.
Obrigado, Divino95!
ExcluirTenho certeza que você não se arrependerá!
Um abraço,
Jeff