Reportagem e vídeo: http://g1.globo.com/sp/vale-do-paraiba-regiao/noticia/2017/01/motociclista-e-arremessado-contra-caminhao-apos-bater-em-carro-veja.html — Para assistir em tela grande, assista no g1 ou clique no link do youtube no vídeo.
Analise os seguintes fatores:
– A moto estava acima da velocidade máxima para aquela rua.
– A moto estava com o farol baixo aceso, mas ele não chama atenção suficiente.
– Se a moto estivesse com o farol alto aceso durante o dia, provavelmente o motorista teria enxergado a moto.
– Na hora em que o motorista olhou pelo espelho, a moto ainda não estava visível.
– O piloto não foi percebido apesar de estar vestindo uma roupa de cor laranja.
Isso mostra que não se pode confiar na melhor visualização por roupas de cores chamativas ou coletes com refletivos obrigatórios para os motoboys — se você rodar em velocidade excessiva.
– Ele bateu violentamente a cabeça contra o asfalto. Se estivesse sem capacete, teria morrido.
– Ele bateu as costas contra o capô do caminhão. Se estivesse sem aquela mochila que funcionou como um protetor de coluna, no mínimo teria ficado paraplégico.
Mas o principal fator causador do acidente foi sem dúvida nenhuma a velocidade da moto.
Pilotar em velocidade acima do recomendável achando que imprevistos não acontecem resulta nisso.
Uma velocidade mais baixa não faria a moto chegar tão rapidamente até o carro.
O despreparo para lidar com uma situação de emergência fez o piloto travar nos comandos, ele não se desvia da trajetória — tenho a impressão de que nem mesmo tenta frear.
O foco voltado totalmente para a situação não permitiu que o piloto visualizasse a possibilidade de ir freando para a contramão.
Em linha reta ele veio e em linha reta ele bateu contra o carro.
E seguiu em linha parabólica até bater no caminhão — um dos mais belos voos em baixa altitude que já vi.
E parabéns ao motorista do caminhão!
Há um outro vídeo* no youtube que mostra que o motorista do caminhão parou ao ver que ia dar кукурузная каша, e foi isso que salvou a vida do piloto. Profissional experiente e responsável é outra coisa.
*Eliminei o link porque o vídeo foi alterado e passou a se comportar de modo estranho.
Rodar em uma velocidade adequada evitaria o acidente e eliminaria a dor do pé quebrado.
Em compensação, nós não teríamos este vídeo para aprender com ele.
E o piloto não teria a felicidade de poder comemorar seu aniversário duas vezes a cada ano.
Atualizando com as fotos enviadas pelo Vinícius:
Um abraço,
Jeff
Nesse acidente, além da velocidade totalmente incompatível com a rua, fiquei com a sensação também que ele trafegava muito próximo aos carros estacionados. Não que fosse ajudar nesse acidente em si, mas em outra ocasião, se alguém abrisse a porta de um carro estacionado por exemplo, daria um pouco mais de chance e espaço de reação.
ResponderExcluirOlá, Robson!
ExcluirEsse é um fator que não observei, realmente ele passa perto demais dos carros. Margem de segurança na distância, na velocidade e na habilidade de controlar a moto são nossas únicas garantias. Quando se abre mão de qualquer uma delas, se alguma coisa imprevista acontecer, desastre na certa.
Importante notar que imprevista não é a mesma coisa que imprevisível.
O fundamental na pilotagem defensiva é você traçar um panorama das coisas imprevisíveis para que, na hora em que acontecerem, você poder lidar com elas como coisas já previstas — isso faz toda a diferença.
Isso a gente só adquire com experiência no trânsito ou vendo os outros passarem por isso.
Um abraço,
Jeff
Eu li que ele trabalha pra prefeitura com rocadeira e que um empresario sensibilizou e ele ganhou uma moto novinha
ResponderExcluirOlá, Felipe!
ExcluirEstou sabendo, já tem postagem com vídeo mostrando a entrega da moto. Mas só vou postar na semana que vem porque as postagens desta semana estão em uma sequência de assunto que não quero interromper.
Um abraço,
Jeff