Isso que o vendedor fez se chama entrega técnica.
É o momento de explicar as particularidades do modelo para o novo proprietário.
Não é muito diferente do que outras montadoras fazem, quando fazem.
Na melhor das hipóteses, é no máximo algo muito próximo a isso.
Comparada às demais, essa foi uma boa entrega técnica.
O chefe de oficina foi muito profissional e abordou vários pontos essenciais com objetividade — já vi entregas muito menos informativas.
Por exemplo, um ponto positivo foi que ele alertou sobre algumas coisas importantes que poucos comentam, como o desgaste acelerado da embreagem por falta de costume de usar o neutro.
No entanto, ele não falou que esse desgaste ocorrerá sempre que o cabo de embreagem estiver mal regulado...
E não falou o principal, que esse cabo se desregula constantemente nos primeiros milhares de km até estabilizar o comprimento.
E depois ele continua a se desregular, mas em uma taxa bem mais lenta, até chegar a hora da troca.
Ele não disse uma palavrinha sobre o procedimento super simples de regulagem do cabo da embreagem, que elimina o problema de maneira definitiva, instantânea e sem custo.
A regulagem do cabo da embreagem é tão simples que dá para fazer durante uma parada no semáforo sem levantar do banco da moto e sem usar ferramenta.
É algo que o próprio dono pode resolver sem trabalho, mas a oficina da concessionária está lá pra isso, né?
Ops, falei bobagem...
Conforme alertado pelo leitor Ernesto Schramm, o freio traseiro da Fazer é a disco e não precisa de regulagem para andar com garupa. Fui maus aê...
Somente freios a tambor necessitam desse ajuste, afrouxando a regulagem para compensar o arriamento da suspensão.
Nenhuma palavra sobre a necessidade de manter o tanque de gasolina acima da metade da capacidade para evitar danos por aquecimento excessivo da bomba de gasolina...
São procedimentos e dicas importantes que você precisa conhecer e usar pelo resto da vida.
Adiar a regulagem do cabo fará a embreagem ir se desgastando aos poucos em todas as trocas de marcha e até durante o uso normal em casos extremos.
Mas usando o neutro nas paradas, o desgaste por falta de regulagem do cabo não ocorrerá dentro daquele período de 1 ano da garantia.
Ops 2, falei bobagem de novo...
A garantia não cobre o desgaste da embreagem...
Aliás, não cobre um monte de coisas que você pensa que cobre e acha natural que devesse cobrir, mas a montadora considera desgaste por uso normal. Leia as letras miúdas de sua garantia.
Depois que acabar a garantia e o cliente parar de fazer as revisões, na casa de 2 anos, o serviço de troca dos discos de embreagem será necessário e muito possivelmente trará o cliente de volta à concessionária.
Ótima hora para o pessoal de vendas aproveitar para sugerir a troca por uma moto nova "antes que a moto comece a dar muitos problemas".
Essa prática é super difundida e funciona muito bem, todo mundo usa.
Vendedores trabalham por comissão sobre as vendas e concessionárias trabalham por lucros sobre as vendas.
Não estão errados em tentar vender, estão errados quando induzem conscientemente ou não o cliente a gastar mais dinheiro do que precisaria.
O chefe de oficina não está se omitindo quanto a isso. Pelo contrário, está dando uma dica valiosa. Mas poderia ter dito mais.
Muitos vendedores e mecânicos nem sequer têm consciência de que estão fazendo tal coisa, apenas repetem informações que vêm sendo repassadas há anos e já viraram verdades na "sabedoria popular".
Mais errado está o dono da moto que não é curioso, não se interessa em pesquisar e não usa o bom senso para tomar decisões.
As informações sobre a regulagem do cabo estão no manual do proprietário, que geralmente é esquecido em uma gaveta esquecida.
Para a concessionária tudo bem, porque se esse desgaste da embreagem não trouxer o cliente de volta à concessionária, muito provavelmente o mecânico lá do bairro dele virá comprar as peças originais — dono de moto nova gosta de usar peças originais.
E a probabilidade de o cliente voltar logo, agora que a moto começa a dar problemas, será alta...
Outra coisa fundamental:
O cliente que vai retirar uma moto zero km está sob profunda emoção, mil ideias passando na cabeça.
Logo aos 1:25 o chefe de oficina recomenda a troca do óleo mineral a cada 2 mil km e do semissintético a cada 5 mil km.
Curiosamente, isso é melhor do que a yamaha escreve no próprio manual do proprietário.
No manual a yamaha não fala nada sobre essa diferença de prazo para a troca de óleo mineral ou semissintético — joga todos os prazos para 5 mil km:
Inclusive, no manual ela enfatiza o uso de óleo mineral :
Não fala absolutamente nada sobre essa diferença de intervalo de troca para mineral e semissintético no manual do proprietário.
Será que o primeiro dono emocionado retirando sua primeira moto vai se lembrar dos detalhes do intervalo de troca do óleo?
Ou será que ficará em dúvida sobre a hora da troca do óleo e irá consultar o manual?
Ao ler a informação escrita no manual, o que ele irá pensar?
Que ele mesmo se enganou sobre a troca a cada 2 mil km? Errado.
Que o chefe de oficina se enganou sobre a troca a cada 2 mil km? Errado.
Que a concessionária está querendo apenas vender mais óleo? Errado. Ela está querendo apenas que a moto não dê problema durante a garantia.
Ora, se no manual está escrito que o proprietário só precisa fazer as revisões a cada 5 mil km e só precisa verificar o nível e trocar o óleo a cada 5 mil km, isso se tornará um hábito.
Se a yamaha recomenda o Yamalube mineral, se a moto sai de fábrica com o Yamalube mineral e se as primeiras trocas são feitas na concessionária a cada 5 mil km (e o cliente não vê o estado do óleo que saiu do motor), o proprietário pensará:
O certo é mesmo fazer as trocas a cada 5 mil km — por que gastar mais trocando o óleo a cada 2 mil km? Assim economizo 20 reais... Errado.
Resultado:
Para o novato yamaha, óleo = 5 mil km Errado.
(Para o novato honda, óleo = 4 mil km) Errado.
Passou de 10 mil km, meu caro leitor, o problema será seu. Micão.
Não que antes disso também não seja... mas é mais raro de acontecer antes do fim da garantia com a yamaha.
Eles ainda usam um óleo MINERAL de viscosidade adequada para o motor. Mas estão migrando para um semissintético de menor viscosidade 10W-40 (que ainda assim é mais do que a honda usa).
E o motor da yamaha também usa um cilindro revestido de nicasil que é super durável, é quase vitrificado, mas não permite retífica — na hora que desgastou, só trocando o caro conjunto completo.
É por isso que a yamaha AINDA não precisa dar trocas de óleo grátis durante a garantia que nem a honda. Mas se adotarem 10W-30... terão de fazer isso para adiar o abacaxi para depois do fim da garantia.
Interessante que aos 10:05 ele fala sobre a importância de sempre acompanhar o nível de óleo, mas não fala uma palavra sobre o procedimento obrigatório de ligar e desligar o motor.
E não foi esquecimento não, tenho outros vídeos de entrega técnica de outras concessionárias yamaha e de outras montadoras — ninguém explica a necessidade de ligar o motor para conferir o nível de óleo.
Curioso, né?
Por que motivo o chefe de oficina não explica aquele que é o detalhe mais importante do procedimento de medição do nível de óleo das motos?
Por que motivo nenhum representante da concessionária fazendo a entrega técnica explica isso para os clientes — seja qual for a montadora?
Se bobear, capaz de ainda te falarem que "é igual carro, você mede pela manhã sem ligar o motor"... Mentira.
E por que a quantidade recomendada sempre deixa o nível de óleo no mínimo?
Por que as montadoras não dizem logo de cara a quantidade correta?
Mistério, mistério...
Mais uma coisa:
Notou que ele alerta que o proprietário irá começar a pagar as revisões a partir dos 10 mil km?
Ele enfatiza as peças, mas não cita a mão de obra.
O cliente vai pagar todas as peças mais a mão de obra, mas isso ficou subentendido, apenas bons entendedores entenderão. Ou não.
Porque desde a primeira revisão ele já paga tudo que é consumido na moto, só não paga a mão de obra, que nas primeiras revisões é tão ridícula que nem merece mesmo ser cobrada. Você já pagou muitas e muitas onças na sua máquina, a concessionária está abrindo mão de uma. Se for ver nem onça, é só um mico ou arara mesmo.
Então, caro leitor interessado em pegar a primeira moto, fica aí meu conselho:
Antes de ligar a moto para sair da concessionária, pegue o manual e abra na página do procedimento de inspeção do nível de óleo:
Pergunte por que motivo ele não falou que precisava ligar o motor antes de medir... e depois conte pra gente aqui no blog qual foi a desculpa esfarrapada que eles vão dar.
E não deixe de fazer a medição novamente no dia seguinte pela manhã, porque a concessionária te entregará a moto com o motor pré-aquecido e nessa condição toda medição resultará alta.
O nível verdadeiro é obtido na condição determinada no manual, com o motor praticamente frio.
Faça o procedimento ligando e desligando o motor pelo número de minutos determinado no manual e tenha certeza de rodar sempre com o óleo próximo da marca superior do visor de nível, sem exceder. O óleo totalmente quente se dilata e irá exceder o nível máximo, mas essa é uma condição normal já prevista no projeto que não traz problema algum. Mas o pessoal gosta de tacar terror nos novatos... motos rodando com pouco óleo são lucrativas.
Essa estória de que o nível de óleo pode chegar a ficar abaixo do mínimo, partindo de um fabricante, chega a ser indecente.
Não se deixe enganar pelas informações desencontradas de fabricantes e vendedores.
No caso desta entrega técnica, a recomendação do intervalo de troca do óleo feita pelo chefe de oficina consegue ser melhor do que a da própria fabricante...
É uma pena que por atitudes como essas a yamaha esteja aparentemente trilhando o mesmo caminho ladeira abaixo que a honda percorreu.
Um abraço,
Jeff
PS1: Fica registrado meu agradecimento ao leitor Pedra Veloz que me indicou o vídeo, e a todos os leitores que estão se empenhando em me enviar sugestões de postagens, vídeos e fotografias para me tirar da letargia. Estão quase conseguindo, mas continuo resistindo bravamente.
PS2: Uma das próximas será sobre as varetas de medição de nível de óleo, está pendente por algumas fotos e fatos novos, mas não esqueci não.
PS3: Continuo de férias do blog.
Por mim eu passava o ano inteiro de férias. Ficava 2017 inteiro sem pensar em postagem. Mas felizmente existem os assuntos suficientemente revoltantes que fazem a gente escrever, senão ficava só na vagabundiagem.
PS4: Caro pra салями, MotoGP 15 sem chance.
Eu de novo,
Fui. Mas não para onde você pensou.
Olá Jeff, tenho uma dúvida sobre a vareta. Ao verificar o nível, um lado da vareta fica mais "molhado" do que o outro, havendo diferença na medida. Tem algo de errado nisso? Sempre uso o cavalete central e aqueço o motor por uns minutos, de acordo com o manual. Obrigado
ResponderExcluirOlá, Lucas!
ExcluirEssa pequena diferença não chega a ser significativa. O nível não precisa ser exato na casa dos milímetros.
A faixa indicadora mostra o intervalo que você pode usar o óleo, o ideal é não deixar o nível chegar até o mínimo. Medindo do jeito certo, quando chega à metade da faixa eu já reponho o óleo que falta para chegar no máximo. Em uma viagem, é normal usar toda a faixa, mas sem nunca deixar ficar abaixo do mínimo.
Um abraço,
Jeff
Valeu,Jeff; não pensei que este vídeo poderia render um artigo tão bom como este! E obrigado pela menção,mas quem merece nosso reconhecimento é voce.
ResponderExcluirUm grande abraço e mesmo que voce só escreva esporadicamente,ainda assim será proveitoso.Descanse o tempo que quiser,só não abandone o blog,tem um monte de gente precisando ouvir tudo de novo.
Valeu, Pedra!
ExcluirAs postagens com melhor conteúdo sempre resultam da colaboração dos leitores. Até mesmo daqueles que postam comentários falam mal... hehehe...
O interesse da turma é meu maior motivador.
Forte abraço,
Jeff
Corrigindo:
ExcluirAté mesmo daqueles que postam comentários falando mal...
Olá Jeff.
ResponderExcluirQuando peguei minha Intruder o vendedor nao me explicou nem 10% do que esse cara ai falou.
Alias, graças ao seu blog que eu passei a não seguir as recomendações deles...
Quando levo em outra oficina eles só cobram o valor do produto, no caso 18 reais do óleo.
Esse negócio de "revisão" do fabricante é bem duvidoso, você saberia informar o que eles realmente fazem?
Alias, uma inspeção todo dia antes de usar a moto é sempre bem vinda, no mais basta seguir a tabelinha do manual.
Olá, Rafael!
ExcluirObrigado pelo retorno de informações!
A manutenção mais importante que eles fazem nas revisões é o ajuste da folga das válvulas do cabeçote, algo necessário mais ou menos a cada 10 mil km ou imediatamente se perceber um ruído de batida de válvulas (barulho de máquina de costura no cabeçote).
Agora eu percebi o quanto estou velho, acho que ninguém com mais de 40 chegou a escutar uma máquina de costura... antigamente era mais comum que TV. Cacilda, estou velho mesmo...
É um barulho tec-tec-tec bem rápido e um pouco mais alto que o normal, quando estão bem reguladas o ruído é quase imperceptível.
Válvulas mal reguladas por muito tempo podem se danificar por fadiga, podendo em casos extremos se quebrarem e travar / destruir o pistão, um dos problemas mais graves que podem ocorrer com o motor.
As revisões também fazem a troca de filtros e substituição dos elementos de desgaste, como pastilhas e lonas de freio.
Em motos que não usam filtro de óleo do tipo cartucho, espera-se que eles abram e limpem o filtro centrífugo de óleo... a comprovação da execução desse serviço é impossível porque envolve abrir a tampa direita do motor, aí depende de confiar na honestidade da concessionária ou do mecânico particular.
E basicamente, cumprindo a tabela você está fazendo as revisões, eles não fazem nada diferente disso.
Um abraço,
Jeff
Esqueci de incluir a vela de ignição, fundamental. Costuma durar 20 a 30 mil km. E quando trocada, precisa ser calibrada para a folga recomendada. É uma diferença na casa de 0,3 mm, mas deixar de fazer essa regulagem é péssimo para o motor.
ExcluirAcho importante lembrar da troca do esquecido filtro de combustivel.
ExcluirNao fica triste eu tenho 27 e minha esposa 21 e conhecemos uma maquona de costura kkk
Bem lembrado, o filtro de combustível, tão útil e tão pouco valorizado... tadinho dele.
ExcluirVocês conhecem uma máquina de costura? Me passa o endereço, faz tempo que não visito um museu...
Hummm... deixa pra lá.
Não quero virar patrimônio...
Um abraço,
Jeff
Saúde & Paz.
ExcluirPara relaxar.... a maquina de costura que o Jeff se refere é a manual ou quiça (mais moderna) a de pedal. Não a eletrica. (risos)
Ninja.
Já existe máquina de costura elétrica????
ExcluirO que mais faltam inventar, TV a cores??? ;)
Um abraço,
Jeff
Jeff,boa noite.
ResponderExcluirSomente um detalhe.
Você disse que o vendedor não falou nada sobre a necessidade de se alterar a regulagem do freio traseiro ao se trafegar com garupa.
Mas nessa moto o freio traseiro é a disco.
Freio a disco não requer regulagem.
Abraço
Ernesto.
Obrigado, Ernesto! Comi mosca nessa!
ExcluirA propósito, você é o Ernesto do ano passado?
Ainda estou devendo a postagem das Mirage... aguardando o vídeos do Vinícius.
Forte abraço,
Jeff
Eu mesmo.
ExcluirCaramba!!!
Realmente,ano passado!!!
Achou fácil o caminho da volta?
Olá, Ernesto!
ExcluirTranquilo!
Ainda aproveitei para dar uma volta no Shopping! (Aquela saidinha que tem ANTES da Fernão é sacanagem...)
Mas na segunda tentativa foi tranquilo, nem peguei chuva. (Rodar a Aricanduva com a possibilidade de chuva na cabeceira assusta. Felizmente, a chuva ficou mais para o centro de Sampa.)
Até a próxima (este ano ainda!)
Forte abraço,
Jeff
Quando fui retirar a minha o vendedor só me entregou aquele plastico que poe o manual e tudo ja estava la dentro e a moto ja estava no jeitinho pra sair, depois que me entregou eu fiquei tipo ?what? Kkk pedi pro cara descer a moto pq o chao era pintado e eu nao quis arriscar avisou do combustivel e só rs
ResponderExcluirEm compensação, antes de fechar o negócio, o vendedor era totalmente atencioso, não era?
ExcluirÉ sempre assim... Vendedor e tradutor, duas profissões que... opa, não posso falar mal, tenho um amigo meu que já fez as duas coisas... mas está de consciência limpa.
Um abraço,
Jeff
Saúde & Paz.
ResponderExcluirJeff, o engraçado que no manual de minha Virago 2001, o manual orienta ligar...esperar aquecer....e depois fazer a medição; que é da forma de VISOR.
Como lhe envio a pagina??? É 3-17 do manual.
Abraços e boas Aceleradas.
Ninja. Lobo Solitário Moto Grupo
Olá, Lobo!
ExcluirEsse manual não especifica um limite de minutos?
Alguns fabricantes adotam o critério de medição com o motor quente, mas geralmente o fabricante adota o mesmo critério para toda a linha de motos.
Usar o critério de medição a quente para motos estradeiras é uma vantagem, talvez a yamaha tenha tido esse cuidado.
Você pode enviar foto(s) da(s) página(s) do manual através dos emails jefferson.tradutor@gmail.com (consegui recuperar) ou jefferson.tradutor@hotmail.com
Fico no aguardo!
Um abraço,
Jeff
Eu tô no grupo do "entrega técnica é lenda". A vendedora quase nem me entregava o manual, eu que pedi. Por sorte sou um adepto a pesquisa, muita pesquisa, e já sabia maios ou menos o que esperar. Boa parte inclusive por conta de você Jeff, já que descobri o blog pouco antes de comprar a moto (em abril/16) e li todos os posts desde o inicio. Fica aqui meu enorme agradecimento.
ResponderExcluirA única coisa que ainda resisto um pouco, é na maldita regulagem da embreagem. Os limites especificados pelo manual deixam a danada alta demais pro meu gosto, então normalmente deixo pelo meio do caminho, mas já estou preparado pois em algum momento a conta será cobrada.
Olá, Robson!
ExcluirObrigado! Sempre fico muito feliz de saber que o blog foi útil!
Aquele ditado, "o que engorda o gado é o olho do dono" se aplica muito bem a motocicletas...
Um abraço,
Jeff
"PS4: Caro pra салями, MotoGP 15 sem chance."
ResponderExcluirRi muito aqui, obrigado pelo post Jeff, calibrar embreagem é algo que só fiz algumas semanas atrás depois da revisão e achei muito longa para o que estava acostumado. Vou verificar o manual.
Olá, Wesker! Ainda bem que alguém riu!
ExcluirA posição ideal da embreagem vai muito do gosto pessoal e da malandragem do mecânico. Eles costumam ajustar bem alto porque assim ela se desgasta mais rápido, com a alavanca semipressionando os discos ficam patinando entre si. Além de desgastar a embreagem, aquece demais o motor e o óleo evapora mais rápido, carboniza o motor e em dias muito quentes pode ajudar a causar batida de pino que destrói o motor em pouquíssimo tempo.
O certo é manter a regulagem em uma posição intermediária e sempre acionar totalmente a embreagem. Tipo uns 10 mm até a embreagem desacoplar com mais uns 5 a 10 mm até chegar no fim de curso do manete. Assim você garante uma longa vida dos discos e do motor.
Um abraço,
Jeff
Me ajude em mais uma dúvida por favor. Ontem levei pra trocar o óleo, agora acabei de completar, mas notei algo que não tinha percebido antes.
ExcluirNa vareta medidora, 1 dos lados estava no "Max", mas o outro lado ainda não. É uma Titan 150, a vareta é encaixada levemente inclinada, então acho que seja esse o motivo, e a posição de segurar e encaixar faz realmente um lado ficar pra cima e outro pra baixo.
Qual lado devo cuidar? Na dúvida, coloquei só um pouco a mais e deixei assim mesmo, 1 lado pegando no max, o outro na metade mais ou menos.
É assim mesmo? Ou devo completar até ambos os lados ficarem cheios? Ou devo talvez rodar em sentido contrário ao de encaixe só para fazer a vareta dar uma volta no óleo?
Olá, Wesker!
ExcluirNão se preocupe com isso, essa diferença de poucos milímetros é pouco significativa para o nível do óleo. Deve corresponder a mais ou menos 20 a 30 ml, não será essa falta ou excesso que danificará o motor.
Nas varetas das 125 a faixa de medição é grande, cerca de 2 centímetros, então isso representa uns 200 ml.
A vareta das 150 possui uma faixa de medição de 1 centímetro, que corresponde aproximadamente a 100 ml de óleo. Ou seja, medindo do jeito certo ligando e desligando o motor, ou ela indica que tem óleo ou não tem, e aí faltariam cerca de 100 ml para mais.
Não há problema em adotar o critério de lado superior ou inferior da vareta inclinada, o que não pode é deixar chegar perto do mínimo.
Um abraço,
Jeff
Se você girar a vareta uma vez sem rosquear você molhará os dois lados da vareta e não ficará em dúvida.
ExcluirEu de novo,
Jeff
Muito obrigado pela atenção, como sempre!
ExcluirNem sempre eu pude dar a devida atenção aos leitores. Antigamente a publicação de comentários não passava pela moderação e eu não era informado de uma boa parte deles. Muitos comentários passaram batidos sem resposta nas postagens mais antigas e não adianta mais e nem tenho como responder tantos comentários depois de tanto tempo...
ExcluirOssos do ofício. Agora pelo menos fico sabendo de todos os comentários. E o pilantra que estava postando propagandas da concessionária dele nunca mais se atreveu a dar as caras por aqui.
Há malas que vêm para bem.
Um abraço,
Jeff
Amigo porfavor me ajude.
ResponderExcluirTenho uma Dafra Next 250. No manual diz que tenho que usar o óleo 15w50 semi sintetico. Porem não acho esse óleo em lugar nenhum aqui. Ouvi dizer que tem um pessoal usando o 10w40 nas autorizadas porém tb não acho aqui.
Daí fui na autorizada e lá vendem 20w40 kk. Uma fusaca doida.
Nas lojas so encontro esse 10w30.
Pode me ajudar indicando algum ?
Moro em Belém do Pará.
Olá, Rodrigo!
ExcluirNunca use um óleo de viscosidade inferior à recomendada. A honda fez essa besteira de determinar o uso do 10W-30 e o resultado foi todo mundo reclamando dos motores abrindo o bico com baixa quilometragem.
Sua região é muito quente e o 10W-40 também não vai dar conta, o óleo correto é realmente o 15W-50.
Você não precisa se preocupar com o número 15W, ele indica a viscosidade do óleo apenas em temperaturas abaixo de zero.
Para a gente aqui no Brasil, exceto no auge do inverno no RS e SC, o número indicado com W é irrelevante.
Óleos 10W-50, 15W-50 ou 20W-50 terão o mesmo desempenho para proteger e lubrificar corretamente o seu motor. Se o seu motor estiver bastante rodado, caminhando para a velhice, sua moto poderá até usar um óleo 25W-60, que é o que eu uso na minha com quase 100.000 km.
Muita gente está se iludindo em usar óleo menos viscoso 10W-40 ou 10W-30 porque a moto "desenvolve melhor". É verdade, o motor irá girar mais livre porque o óleo é mais fino. Mas a conta virá em pouco tempo na hora de pagar a retífica do motor.
Carros e motos de competição usam óleo super fino. Mas ninguém está preocupado com a durabilidade, o motor só precisa aguentar e vencer uma corrida, a premiação cobre os custos.
Mas quem tem moto para usar de verdade não pode jogar fora o motor indo na conversa dos vendedores que não entendem nada de Mecânica.
Um abraço,
Jeff