sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Mecânicos de confiança e manuais de proprietário

Estávamos eu e meu amigo Felizbão cafezando na padoca lá de Santa Catarina (já tem uns 3 anos) quando entrou um cara de capacete na mão.

Como sempre faço, tento alertar o maior número de pessoas para que não tomem prejuízo e não corram riscos.


Perguntei para o sujeito se eu já tinha falado sobre o nível de óleo da moto, e ele disse que já.


Fiquei contente e perguntei se tinha feito diferença...


Ele fez aquela clássica torcida de boca acompanhada daquele gestinho de desprezo com a mão, como quem empurra no ar uma coisa sem importância, e juro que vi um balãozinho em cima da cabeça dele dizendo isso é besteira.


A resposta dele foi:

Nem olhei, eu levo a moto na oficina e deixo na mão do mecânico.

Felizbão fez um jóinha de aprovação e soltou um sorridente "é isso aí!"

Como eu tento me convencer de que sou uma boa pessoa e me esforço (só um pouquinho) para não desejar mal a ninguém, torço para que esse sujeito (e meu amigo Felizbão) levem sempre suas motos a bons mecânicos.

Depois que o tal sujeito foi embora, Felizbão quis provar que eu estava errado e começou uma pesquisa na internet. 


Felizbão disse que é a coisa mais fácil encontrar muita gente disposta a ajudar os novatos com postagens ou vídeos ensinando a trocar o óleo da moto:


Pô, Felizbão...

Kansas com 1 litro de óleo???

Falei para ele que eu tinha uma Kansas e que colocar só 1 litro de óleo e medindo do jeito certo não chegava nem no mínimo da vareta... o dono dessa moto já perdeu esse motor há muito tempo.

Ou então passou pra frente achando que deu azar, que é o que todo mundo faz...

Felizbão não se convenceu e continuou sua pesquisa, e me veio com essa postagem de um mecânico bastante experiente:
Trocar o óleo da moto e colocar apenas 900 ml de óleo, nem uma gota a mais, não colocar o litro todo, apenas 900 ml, enroscar a vareta e pronto, pé na tábua e boa viagem...

E ele enfatizou bastante os 900 ml...


— Pois é, Felizbão...

O cara é mecânico de motos, ganha a vida consertando motos, só faltou aproveitar para fazer propaganda da oficina dele, né?

Dizer algo como: 

Quando sua moto tiver algum problema, me procure.


Hummm... 900 ml e nem uma gota a mais? 

Tá serto, vai nessa que é suça...

Outras pessoas simplesmente arrotam na internet o que pensam que sabem, falam para fazer procedimentos em total desacordo com o manual do proprietário, e criticam quem fala para ler o manual... contradição total. 

Ignorância ou má fé. Ou burrice mesmo.

O tal blogueiro tipo Teo Pereira é o escriba que vos tecla neste momento. Esse comentário patético foi postado em algum lugar do blog que nem me lembro mais.
A propósito, "arrotos errôneos" seria um bom nome para uma banda de rock. 

Felizbão, Felizbão... você pelo menos conferiu o que diz a fabricante da moto?


Afinal as concessionárias autorizadas entendem — ou deviam entender — melhor do que ninguém da sua moto.


Lá eles seguem — ou deviam seguir — as instruções da fabricante e fazem tudo direitinho. 


Pelo, menos, é o que se espera que façam.

Olha só o que o novo manual da CG 125 fala sobre a quantidade do óleo na página 59:


Bom, essa informação é mais recente que a do mecânico experiente lá de cima.

E entre colocar 900 ml e 1 litro, se eu fosse você, colocaria 1 litro e verificaria o nível de óleo, como manda o fabricante.

Agora o curioso é que a fabricante fala para medir, mas não fala nada na mesma página sobre como medir o nível logo depois de trocar o óleo. Facilitava, né?


Felizbão não se conteve:

— Bah, não tem mistério, é só tirar a vareta, limpar e colocar de novo... todo mundo sabe disso. 

Uma única vez eu medi assim logo depois de colocar 1 litro de óleo e o nível deu lá em cima, bateu certinho...


— Felizbão, algum dia você leu o manual?


— Não precisa, moto é tudo igual e todo mundo sempre colocou 1 litro de óleo. Todo mundo faz assim desde sempre.

— Tá bom, Felizbão... só que eu não sou assim. Eu leio o manual para ver se não tem alguma informação a mais, alguma pegadinha que ninguém notou até agora.

E olha lá a instrução, ele fala para você sair da página 59 e voltar duas páginas para ler a página 57.

Felizbão disparou:

— Orra meu, baita asneira... 
Conferir o nível do óleo para quê? 

Se eu acabei de colocar 1 litro de óleo, como manda o manual? 


1 litro é 1 litro, né?

Não pode colocar mais que 1 litro, então vou medir pra quê?


— Não, amigo Felizbão, você não leu a informação mais importante.

Ela está bem ali, tão discreta que você nem deu bola — porque está na página 57.


O que você encontra escrito lá na página 57?

Na página 57 você encontra uma grande ATENÇÃO falando sobre o consumo de óleo durante a utilização da motocicleta.

— Bah, minha moto é nova, não faz fumaça, não queima óleo, n
ão tem nada a ver isso aí... 

Acabei de trocar o óleo, nem liguei o motor, como é que vem falar em óleo consumido? Se liga, meu!


Perda de tempo, cara! 


— Engano seu, Felizbão leitor feliz que só lê a primeira linha!

Não se afobe! 


Se o manual mandou voltar e ler, faça o que o manual diz... 


Leia tudo, apesar de a informação aparentemente ser contraditória — pode ter alguma coisa ali que você ainda não percebeu...

Lá também está escrito que para ver o nível do óleo não é só retirar e conferir a vareta — o vendedor mentiu para você.


Se o motor estiver frio, você tem que ligar o motor. 

Aquele dia que você conferiu e o nível deu lá em cima, você não mediu do jeito certo como fala no manual...

A fabricante mandou ligar e desligar o motor, e colocar mais óleo que a quantidade recomendada até atingir o nível correto, então é isso que você tem que fazer — no seu interesse, não pule essa etapa.


E continue lendo, que o texto continua na página 58.

— Mais perda de tempo, meu!

A página 58 fala sobre colocar óleo se o nível estiver "abaixo ou perto da marca inferior".


Isso nunca que vai acontecer porque eu acabei de colocar a quantidade recomendada pelo fabricante, 1 litro de óleo, e o nível fica lá em cima, um dia eu conferi. 


— Conferiu direito, Felizbão?


Tem certeza disso?


Você põe sua mão no fogo de que você está certo?


Olha lá, hein? 


O mecânico lá de cima não inventou aqueles 900 ml, essa era a quantidade que a honda mandava colocar nas primeiras CGs... e aí?


Apesar de isso ser falado em outra seção e parecer ser um assunto totalmente diferente, o manual diz que se o nível estiver baixo, você precisará completar até o nível máximo da vareta, certo?


Se o manual mandou verificar, não custa verificar, né?


E se por acaso ele estiver baixo?

Ah, mas ali fala que só precisa ligar o motor se estiver frio, e quando eu troquei o óleo a moto tava quente, então não preciso ligar o motor pra conferir...


Errado, muito errado, meu caro desconhecedor de noções básicas de Mecânica. 


Ao colocar o óleo ele fica todo lá embaixo no cárter e o nível parece lindão na vareta / visor. 


Mas você precisa ligar o motor para encher a bomba de óleo, os dutos e o filtro de cartucho (caso das suzuki e várias motos de grande cilindrada) ou o filtro centrífugo (hondas, dafras, traxxes, shinerays, etc. de pequena cilindrada).

Só aí é que você vai ver o nível correto da maneira que a fabricante determinou — e não do jeito que te ensinaram. Errado.

A propósito, você lembra quem foi que te ensinou que para medir o nível era só tirar a vareta e medir igual se faz nos carros?


Porque todo mundo parece receber essa informação, e eu não consigo descobrir de onde ela vem...


Como é que ela se espalhou pra todo mundo, apesar de nos manuais de proprietário estar escrito coisa diferente?

Se você lembrar quem te falou isso, promete que me conta quem te passou essa informação errada? E de onde essa pessoa tirou isso?


Fico grato antecipadamente. 


Mas voltando à vaca fria:


Uma coisa que você não sabe, e isso não é informado no manual, 
é que depois de ligar o motor o óleo vai abaixar bastante na vareta / visor... e é aí que mora o perigo. Poxa, por que não informam isso? Economia de tinta? Economia besta, só uma dúzia de palavras. 


Então o Felizbão me disse: 


Mas se o fabricante falou para colocar 1 litro e eu fiz o que ele mandou, coloquei a quantidade recomendada de 1 litro, é besteira conferir, não é


1 litro é 1 litro...

Para ficar na segurança e não no achismo, só por via das dúvidas:

Experimente fazer a coisa exatamente como está escrito no manual logo de manhã cedo no dia seguinte que você trocou o óleo ou a moto voltou da revisão da concessionária... ou chegou zero km.


Se por acaso (por mero acaso) o nível estiver baixo, você já aproveita para fazer aquilo que está escrito no manual: complete até a marca superior.


Porque no manual está escrito que se o motor funcionar com pouco óleo ele será danificado. 


O que não está escrito no manual é que um motor com pouco óleo pode travar ou perder a potência no meio da estrada, com grande chance de causar um acidente. 


Taí uma Kansas que rodava só com 1 litro colocado na concessionária, viu só o que aconteceu lá no alto da serra de Ubatuba?


Motor fundido com apenas 7.623 quilômetros, ainda na garantia com óleo sempre trocado em concessionária...

Essa Kansas não era da nossa turma, nós a encontramos por acaso parada no acostamento bem na hora em que o motor fundiu. 

Naquele feriadão as nossas Kansas com 1,4 litro de óleo foram de São Paulo até Trindade no Rio de Janeiro — e voltaram numa boa.

— O que acontece é o seguinte, Felizbão (disse eu):

Na hora da troca com o seu motor totalmente quente, você coloca o óleo e ele se dilata, fica alto na vareta medidora ou enche o visor de nível de óleo.

Mas as galerias, bomba e filtro (e até o radiador de óleo nas motos que usam) estão vazios.

Depois que você liga o motor, o nível abaixa e abaixa muito, e demora um tempão para voltar a subir.


Mas isso não é tudo:

Experimente medir o nível no dia seguinte pela manhã exatamente como o manual manda fazer — com o motor totalmente frio, e aquecendo no máximo por apenas 5 minutos como manda o manual
(porque 5 minutos mal dá para aquecer o motor, o óleo não chega a se dilatar totalmente).  

Se por um "acaso misterioso" você encontrar o nível lá embaixo, perto da marca de nível mínimo, ou até abaixo dela, não deixe de completar exatamente conforme orientado pelo seu manual de proprietário do seu modelo de moto.


Depois você volta aqui e diz o que você descobriu por si mesmo, e não porque eu falei.


Mas deixo uma dica:


Não espere o nível ficar abaixo ou perto do mínimo não... nem sei porque as fabricantes recomendam isso...


Elas mesmas falam que rodar com o óleo baixo prejudica o motor.

Aquela faixa que tem na vareta ou no visor de nível de óleo se chama faixa de segurança.


Rodar com o óleo no nível mínimo ou abaixo da faixa de segurança não traz nenhum benefício para o motor. 


Se eu fabricasse motos, nunca que eu recomendaria para um cliente meu esperar o óleo chegar ao mínimo ou abaixo dele.
Afinal, sou um cara honesto.

Recomendaria reabastecer de óleo assim que o nível chegasse na metade da faixa para não dar chance de o motor rodar com óleo baixo e esquentar demais.

Uma vez a minha moto, com o óleo no nível certo, foi obrigada a ficar uns 5 minutos ao lado de um caminhão com outro atrás colando o para-choque. 

Eu não conseguia ultrapassar, nem sair da frente... o jeito era acelerar ao máximo porque o cara atrás estava rebitadão.

Assim que deu brecha, fui para o acostamento. 

O motor estava tão quente que não dava mais para mudar as marchas, mais um pouco que ficássemos ali, o motor travava e nós tínhamos virado notícia: "motociclista perde controle e é atropelado".

Se o nosso motor quase travou com a quantidade certa de óleo, um motor com nível baixo certamente teria se travado.

E por isso que é tão importante manter o nível de óleo sempre lá na marca de nível superior. 

Eu só gostaria que a honda* explicasse o motivo de o manual do proprietário não mandar SIMPLESMENTE LIGAR O MOTOR DEPOIS DE ABASTECER antes de conferir o nível de óleo.**

Se essa informação estivesse no manual, ninguém rodaria por aí com o óleo no mínimo e os motores durariam muito mais.

*Cito a honda por ser a autora do manual usado para explicar o procedimento confuso e incompleto, mas todos os outros fabricantes fazem coisa parecida.
** Esta postagem foi escrita ainda em Santa Catarina há uns 3 anos. Depois disso a honda atualizou os manuais e agora o procedimento diz exatamente aquilo que eu cobrava aqui.

A honda e demais fabricantes certamente sabem o que fazem, e devem ter seus motivos pra isso — quem sou eu para falar alguma coisa, né?

Sou apenas um consumidor motociclista que comprova as coisas na prática porque é o meu patrimônio e a minha vida que estão investidos nessas máquinas.

Agora, Felizbão, se depois de tudo que eu falei, você não ficar disposto a pelo menos conferir na sua moto o que eu estou dizendo, faça o seguinte:


NÃO FAÇA NADA!


Não se preocupe com isso, saia por aí despreocupado e dizendo que eu sou um imbecil que não conhece o manual do proprietário.


Que tenho total falta de conhecimento de motores (apesar de ser técnico em Mecânica Industrial com especialização em Manutenção de Máquinas).

E que invento coisas porque tenho a imaginação fértil...

E continue levando a moto lá no seu mecânico de confiança.

Afinal nível de óleo é uma coisa pessoal, cada um coloca quanto óleo quiser, continue fazendo como sempre fez porque acha que é o certo — apesar de o fabricante dizer o contrário... a moto não é minha mesmo! 


Não sou eu quem vai estar em cima da sua moto se o motor fundir no alto da serra ou travar no meio de uma BR... 


E quando sua moto tiver problema, não me procure.

Felizbão não se conteve:

— Ah, vai me dizer que você é louco de botar mais óleo do que o fabricante manda?


Sou sim, porque não sou burro.


O fabricante manda colocar mais óleo até atingir o nível correto.

E fiz e continuo fazendo muitos bons amigos graças a essa minha "loucura" de obedecer o manual do proprietário.

Amigos tão loucos quanto eu e que um dia resolveram sair de São Paulo e dar um pulinho nas três fronteiras com suas Kansas 150, todas com 1400 ml de óleo...

...apesar de o manual do fabricante mandar colocar apenas 1 litro (e o sac da empresa dizer que não pode colocar nem uma gota a mais do que 1,2 litro, que é a capacidade máxima declarada por eles).

A propósito, fomos e voltamos metendo o pé na tábua enrolando o cabo e fizemos uma ótima viagem, e estamos rodando até hoje sem retificar o motor, ok? 

E depois disso Jezebel ainda trouxe minha mudança para Floripa na garupa... me levou daqui até o Rio de Janeiro... me levou daqui a Ilhabela... Santo André e Campinas várias vezes... 83 mil km de bons serviços.* 

*83 mil km na época que criei a postagem... agora em 2017 ela está na casa dos 100 mil km, e poderia estar com uns 110 mil km se nesse meio tempo eu não tivesse rodado 10 mil km cravados com a Edith, minha saudosa Fenix Gold...

— Ô, loco, meu! 


Tua moto anda com 1 litro e 400 de óleo? 


E não estourou retentor, não estourou junta, não deu vazamento?


— E por que iria estourar, por que iria vazar, Felizbão???


O motor das Kansas comporta todo esse óleo porque é maior que o motor das CG Titan e Fan.



Esse óleo extra é necessário para lubrificar o balanceiro, onde cabem uns 200 ml de óleo a mais do que nas CG. 

Com 1400 ml ela roda com o nível de óleo correto conforme o manual, e não com excesso.


Motor com o nível de óleo certo funciona bem que é uma beleza.


Felizbão foi embora e, sinceramente, não me pareceu convencido.

Escutei ele murmurando alguma coisa que me pareceu que ele dizia que eu era um débil mental...

Felizbão, Felizbão... 

Um dia ele vai descobrir na moto dele que não vale a pena deixar de ler o manual do proprietário.

Um abraço,

Jeff

47 comentários:

  1. Uma coisa que eu realmente não entendo. Veículo no brasil é caro, pq não dar a devida atenção? Se fosse nos países ricos que com 3 meses de trabalho já é possível trocar de veículo eu até entenderia o desleixo...
    Minha moto vai 2,2 litros e o manual pede 1,9. Depois de 4 mil Km e com 1 reabastecida de óleo no meio do caminho, retirei o total de 2,1 litros. Fiquei feliz com o resultado.
    Abraços!

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    1. Olá, Daniel!

      Uma moto 150 lá fora custa 2 mil reais, com os salários deles, são praticamente descartáveis. Aqui custa o triplo, e salário é só 1/3...

      Ou seja, proporcionalmente nossas motos custam quase 9 vezes mais do que lá fora... e a moçada faz a alegria das fabricantes sendo descuidado com a manutenção mais básica: nível de óleo e regulagem da corrente.

      Ou tem muita gente se aproveitando das mamatas e ganhando dinheiro fácil para jogar fora desse jeito, ou tem muito sujeito burro demais por aqui...

      Hummmm.... acho que matamos a charada...

      Um abraço,
      Jeff

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  2. Jeff, bom dia
    Inicialmente, parabéns pelo ótimo trabalho que você faz. Compartilho as postagens em grupos de moto, mas vejo que a grande maioria simplesmente ignora, como tantos que você relata. Confiando piamente em mecânicos (com a ressalva dos bons) e numa leitura equivocada do manual.
    Se eu puder te dar uma sugestão e o faço com toda a humildade, é apenas procurar ser mais sucinto. Eu também trabalho com a escrita e seguidamente vejo que há como reduzir o tamanho do texto, de forma a tornar a leitura mais dinâmica, possibilitando ao leitor identificar prontamente quais são meus argumentos e conclusão.
    Não me leve a mal, pois estou falando por já ter sido chamado a atenção pelo mesmo caso e até hoje me pego relendo meus textos para conferir se consegui ser conciso ou não.
    Assim, novamente parabéns pelo trabalho, abração e um ótimo final de semana.

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    1. Olá, leitor!

      Obrigado pela dica!

      Sei que meus textões estão na contramão da internet hoje...

      Mas escrever para mim é um prazer, é uma forma de compensar a falta de oportunidade de conversar com as pessoas no dia a dia.

      Meu trabalho me prende aqui na frente do computador por dias e dias sem folga aos sábados e domingos, só paro quando bate o cansaço.

      Aquela história da tradução entregue no menor prazo, menor preço e maior qualidade...

      Como sou obrigado a ser conciso nos textos de trabalho, poder soltar o verbo aqui no blog e me comunicar com as pessoas é minha válvula de escape.

      As postagens começam curtas, mas as ideias vão surgindo e uma coisa puxa a outra... é complicado.

      Mas agradeço pelo comentário positivo, sei que foi feito com a melhor das intenções, melhorar minha comunicação com os leitores.

      Hummm...

      No fundo, no fundo mesmo, não quero admitir que estou cada vez mais velho e resmungão... hehehe...

      Um abraço, e obrigado por acompanhar o blog,
      Jeff

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  3. Jeff, já viu a chopper road 150?
    É o manual mais louco que eu já vi. Louco de estranho...
    Pode ser que te interesse dar uma avaliada.
    Boa leitura!
    https://haojuemotos.com.br/models/chopper-road-150/

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    1. Hahahaha.... bota louco nisso...

      Literatura técnica que vem do Japão já costuma ser um pouco problemática devido à diferença da estrutura entre os idiomas ocidentais e orientais.

      Os orientais pensam e constroem suas frases de maneira diferente, e isso sempre é um problema na hora de traduzir para o modo de se expressar ocidental.

      Os japoneses têm contato mais próximo com o Ocidente há décadas, mas os chineses estão chegando agora.

      O choque cultural oriente-ocidente aparece em coisas como "rubi brilhante exibindo nobreza inegável", "estilo selvagem com imaginação ilimitada"... é um marketing tipicamente oriental.

      Aí você junta essa barreira da língua na tradução do Chinês para o Inglês, que serviu de base para a nossa tradução em Português, com o total desconhecimento de Mecânica e de motocicletas de quem traduziu, e você obtém pérolas como "coluna de direção inflexível", "superfícies de estrada complexas", "iniciar a moto", "churrasqueira" (!), "plástico que desaparece" (que tal "plástico que desbota"?)...

      Mas tem algumas particularidades técnicas interessantes que irão virar uma postagem, te agradeço pela dica.

      Tem algumas coisas mostradas ali como vantagens, e não é bem assim.

      Já fica o alerta:

      Desconfio que essa moto não possa usar óleo mineral, mas a JTA/JTZ tem parceria com a mobil e recomenda tanto mineral quanto semissintético.

      Vou pesquisar o assunto na hora em que explicar o motivo.

      Um abraço,
      Jeff

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    2. Ficarei de olho nas próximas postagens pra saber mais sobre isso!
      Outra coisa que chamou minha atenção foi novamente as divergências sobre óleo. Na troca 800. Mas lá na última página fala 1,2 hehe.
      Abraços

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    3. Ahhhh.... eu não tinha achado o link do manual, comentei apenas sobre o site...
      A mesma picaretagem da Intruder (que aliás, é montada pela haojue na China...)

      Fala em 800 ml na página 32 que é onde o pessoal procura a informação, e depois naquela página 46 que ninguém lê diz que é 1 litro ou 1,2 litro...

      Mais uma confirmação do esquema montado para tapear os proprietários.

      Obrigado novamente pela dica!
      Um abraço,
      Jeff

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  4. Jeff,parece que fui eleito para achar confusao mesmo! Se ja´ nao bastasse tropeçar no video da BMW agora baixei o manual de serviço da Fazer 250 blueflex 2012 e nao mostra a quantidade de oleo que se acha quando se completa o nivel depois da troca de oleo! La'esta 1,55 lt quantidade maxima, 1,35lt troca sem filtro e 1,45lt com filtro! Um absurdo! Veja i Link do blog casio mecanico: https://drive.google.com/file/d/0B9zatwSDIwKXS2VpaWhQRi1pUHM/view
    Mas na Fazer de 2005 tem o limite do Radiador onde diz que e'1 litro!! Veja: https://drive.google.com/file/d/1zfUgJKYGwQO8q4qd7t0oDKaN_2gGL_3YsIcbUsHoanOmKd3FdfdshWqzosB9/edit
    So'que esta informaçao foi omitida no manual da fazer 2012! Ou sera'outra confusao minha?

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    1. Olá, Pedra!

      Agora minha cabeça pirou...

      Se cabe 1 litro no radiador, fica só 0,5 litro no cárter com o motor em funcionamento? É muito pouco!

      Ou será que esse motor pede 2 litros e ninguém descobriu até agora?

      Não me parece ser o caso, porque não ouço reclamações de motor da Fazer com problemas por falta de óleo. Uma diferença tão grande aconteceria o que acontece nas Kansas, motor fundindo com menos de 10 mil km.

      Realmente, é uma informação muito bizarra essa de que cabe 1 litro de óleo no radiador, quando a capacidade de óleo total é no máximo na casa de 1,5 litro, o que inclui o radiador escoado...

      Pior que não conheço nenhum dono de Fazer para tirar essa dúvida...

      Quanto mais fico sabendo desse universo, mais eu piro...

      Um abraço, e obrigado por mais esse material de pesquisa,
      Jeff

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    2. Eu tenho uma Fazer 2008, preciso confirmar a informação.
      Acredito que vá 1,45 litros na troca com filtro. Eu coloco 1,5 e sempre ta 1 mm acima do máximo na vareta. Até agora tudo normal.

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    3. Valeu, Daniel!
      É grande a chance que aquela informação de 1,0 litro no radiador tenha sido um erro daquele manual.

      Para caber 1 litro de óleo ali naquele espaço, todo o volume do radiador teria que ser puro óleo. É só comparar o tamanho do radiador com uma lata de 1 litro de óleo...
      Não seria a primeira vez que um erro passa batido pela revisão desses manuais...

      Um abraço,
      Jeff

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    4. Olá senhores, tenho uma Fazer 250 2008 e não deve caber mais do que 100 ml de óleo naquele radiadorzinho, com certeza é erro de digitação do manual. Sempre coloco 1,5 litro de óleo, com ou sem filtro, e o nível sempre bate no máximo medindo da forma correta. Motorzinho está uma delícia, com 52 mil km rodados, não fuma e não baixa 1 gota de óleo mesmo andando no pau da goiaba. Abraços.

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  5. eae jeff, essa é a vida, tem sempre um tarado pra falar asneiras pra nós que tentamos ajudar.
    aliás estou lhe devendo algumas fotos de uma troca de óleo na intruder.
    troca só de óleo sem trocar filtro e colocando os 850ml gravados na carcaça pra ver onde o nível fica (se é que aparece no visor)

    mais uma semana e mando as fotos. prometo.
    abraço

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    1. Olá, Patrick!

      Coleciono um monte desses "argumentos" contra colocar mais óleo no motor, e de todos o mais bizarro é esse de que "não pode colocar porque o manual não manda"...

      Quando justamente o manual MANDA colocar, e isso está escrito com todas as letras!

      Mas o pessoal prefere acreditar no que ouviu do vendedor na concessionária do que ter o trabalho mental de ler e entender o texto da fabricante.

      E o jogo continua, eles ganhando rios de dinheiro e o povo se lascando de verde e amarelo. (Pareceu comentário político, mas foi endereçado às montadoras, apesar de totalmente aplicável ao que vemos nos jornais todos os dias...)

      Fico no aguardo das fotos!

      Estou novamente com caixa lotada no gmail, melhor enviar para o endereço jefferson.tradutor@hotmail.com

      Um abraço,
      Jeff

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    2. Só lembrando, os 850 ml aparecerão no visor enquanto você não ligar o motor.

      Mas fazendo o procedimento do manual, eles desaparecerão. Seria interessante ter fotos das duas situações.
      Obrigado e até lá,
      Eu de novo

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  6. Quando desdenham eu já mudo de assunto. É bem como você comenta que falam: "vai vazar pelo retentor", "o mecânico têm experiencia", "tá no manual", "óleo mineral é ultrapassado", "o correto é o que está gravado no casco do carter".

    Essas pessoas não querem ouvir.

    Na minha 2ª troca de oleo eu fiz fora da Suzuki justamente por causa das denuncias do seu blog. Levei na oficina e pesquei o mecânico: "que óleo e qual quantidade?"
    "1 litro de 20w50".
    Manda ver!
    Até agora a Intruder está cada dia melhor.

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    1. E olha que é 1 litro e 100, hein? Hehehe...

      1,1 litro na troca sem filtro e 1,2 litro na troca do filtro:

      http://minhaprimeiramoto.blogspot.com.br/2016/07/troca-de-oleo-da-intruder-125-e-uma.html

      Um abraço,
      Jeff

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  7. eee olha as foto da minha intruder ae essa semana prometo que tem mais fotos.

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  8. Ahnnnn... se não me engano, não dá para postar fotos nos comentários... não vou conseguir olhar sua Intruder...

    Fotos só para jefferson.tradutor@hotmail.com ou jefferson.tradutor@gmail.com

    Abração,
    Jeff

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    1. Ah, saquei... as fotos na postagem.... vacilei legal...

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    2. tentei responder o comentário do rafael ali em cima e o blogger bugou duma maneira medonha, que saiu aqui como um comentário novo. e olha que cliquei ali onde diz "responder" logo abaixo do comentário dele.

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    3. continua igual, mas coloquei um escape de cbt(trator) nela.

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    4. E o blogspot está cada vez mais dando falhas desse tipo. Volta e meia clico para responder um comentário e ele abre uma página de admin...

      E os botões nem ficam perto um do outro para ter a desculpa de que a página atualizou e desceu na hora de clicar...

      Um abraço,
      Jeff

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  9. Fala Jeff, como eu sempre digo isso é resultado do nosso péssimo sistema educacional onde as pessoas não conseguem interpretar o que estão lendo. Muitos mecânicos experientes fazem a mesma coisa (errada) há 20 anos e pra eles e para seus clientes está tudo bem, afinal, ele é muito experiente certo? hehehe #sqn...
    Aproveitando o ensejo, fiz uma viagem de 4k km com meu novo (nem tanto) i30 da Hyundai. A troca de óleo foi feita usando o 5w30 e após rodar uns 3 mil km nas partidas a frio o barulho de tucho é alto e preocupante. Como vou trocar o óleo hoje vou botar um 10w40 sintético pra ver para esses barulhos irritantes na partida a frio (e tem demorado para parar, o que me deixa preocupado). Acho que na época o que aconteceu foi justamente o contrário. A CAOA queria corrigir um problema e os proprietários incautos exigiram o uso do 5w30 (o que é muito pouco viscoso) e pode ter dado mais barulhos ainda. Bom, verei o resultado e já te falo por aqui. Abraços!

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    1. Olá, Takashi!
      É exatamente o que penso que aconteceu. A CAOA adaptou a viscosidade do óleo para a realidade nacional e os proprietários "entendidos" viram o manual no exterior e, tapeados pelas argumentações do mercado, exigiram o uso de óleo igual ao do exterior.

      Para a CAOA, foi melhor ainda.

      Sabe o que é engraçado?

      Se existisse internet amplamente difundida nos anos 80 e 90, os donos de honda "entendidos" iriam exigir o mesmo óleo usado no Japão...

      Coisa que a honda acabou fazendo agora nos anos 2010 e deu no que deu...

      Informação sem capacidade de interpretação dá um prejuízo...

      Falando nisso, teve notícias de seu primo sobre os procedimentos de troca de óleo lá no Japão?

      Um abraço,
      Jeff

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    2. Bom, óleo trocado pelo 10w40 semi sintético (não achei sintético) API SN da Havoline. Resultado: Motor rodando mais macio sem a aspereza na aceleração. Quanto ao barulho de tuchos ele ainda está lá quando dou partida. Amanhã cedo com o motor frio eu vejo se vai bater muito.

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    3. Na experiência de uso do óleo mais viscoso no carro anterior, ele tinha eliminado o ruído de tuchos, não tinha?

      A melhor viscosidade para o nosso país tropical sempre será 50. São as leis da Física.

      Um abraço,
      Jeff

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    4. O caro anterior nunca bateu tuchos. Quanto ao óleo mais viscoso creio que o 10w40 se comportou melhor com o motor a quente. Menor aspereza e mais maciez ao rodar. Acelerando ele não senti aquele ruido metálico qua dava antes. Menor ruido = maior proteção, menos peças de debatendo lá dentro hehehe

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    5. Perfeito, vamos ver o resultado com o tempo. O Havoline eu sempre achei um ótimo óleo. Aliás, é a base do Yamalube, se não for exatamente o mesmo óleo.
      Um abraço,
      Jeff

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    6. Fala Jeff, após partida pela manhã com o motor frio os tuchos de debatem por no máximo 10 segundos e logo após eles param. Como você mesmo disse, as leis da física estão lá quer queira ou não. O motor roda muito mais liso e macio com o 10w40.

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    7. Olá, Takashi!
      Essa é uma experiência que você poderá fazer futuramente quanto a essa questão dos tuchos baterem na partida.

      Os tuchos hidráulicos são pequenos êmbolos que funcionam sob pressão do óleo lubrificante, é normal levar alguns segundos para serem preenchidos e chegarem ao tamanho correto, eliminando a folga de válvulas e o barulho resultante desse desajuste momentâneo.

      Fazer um pouco de barulho nos primeiros momentos é uma condição normal de funcionamento de motores com tuchos hidráulicos, já que eles se esvaziam de óleo em paradas prolongadas.

      Então você tem duas condições para gerar ruído de tuchos: 1) a folga de válvulas incorreta por falta de pressão para encher as câmaras dos tuchos, e 2) o atrito a seco entre os tuchos e os balancins e cabeças de válvulas.


      Trabalhar alguns segundos com a folga de válvulas incorreta não representa desgaste ou dano para o motor, mas trabalhar com atrito sim.

      A experiência é:

      Eles se esvaziam tanto e ficam tão barulhentos quando usam um óleo mais viscoso, como o 15W-50?

      Porque o pessoal afirma que o óleo mais viscoso "demora mais para subir" até os tuchos...

      Isso só acontece quando a bomba está completamente vazia, mas carros têm válvula de retenção para não deixar a bomba ficar vazia...

      Quem conhece o funcionamento de bombas sabe que a partir do primeiro giro ela já está enviando óleo pelas galerias, apenas demora umas poucas voltas para o sistema acumular pressão. Isso é quase instantâneo, a menos que você esteja em um clima com neve, quando a bombeabilidade do óleo é muito influenciada pelas temperaturas negativas.

      Em nosso clima, não consigo visualizar a bomba tendo mais dificuldade para bombear um óleo xxW-50 do que um xxW-40 ou xxW-30.

      Então eu questiono essa informação do óleo "demorar para subir". Pelo menos, nas condições climáticas do Brasil em 99,9% do ano e regiões.

      Em compensação, a maior viscosidade garante melhor lubrificação inicial dos tuchos secos, o que no meu entender é melhor para proteger o motor naqueles segundos iniciais do que deixar os tuchos secos batendo lá dentro.

      Você nem precisará se "arriscar" colocando um óleo xxW-50.

      Se o meu raciocínio estiver correto, o barulho de tuchos batendo diminuirá sensivelmente em partidas depois de noites muito frias.

      O que será uma evidência de que a viscosidade mais elevada protegerá o motor ainda mais.

      Um abraço,
      Jeff

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  10. Possuo uma Honda Bros 150 2014, depois de acompanhar o blog, comecei a fazer o que o manual pedia quanto à completar o óleo quando necessário. Porém, ao levar minha moto para troca de óleo, meu mecânico e muito amigo meu percebeu a quantidade de óleo que baixou e me perguntou tou por que eu tinha colocado óleo a mais, disse a ele que tava apenas seguindo a recomendação do manual da minha moto; ele não discordou, mas achou diferente pelo fato da maioria não ter cuidado deixando até baixar excessivamente o óleo do motor, estando sujeitos à futuras travas e desgaste prematuro do motor.

    Parabéns por suas postagens Jeff.

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    1. Obrigado, Rodrigo!
      E pode apostar que no dia em que ele abrir a tampa do cabeçote para regular as válvulas, irá elogiar o motor sem borras e crostas de óleo queimado...
      O pessoal sempre se espanta, não está acostumado a ver motores bem cuidados.
      Um abraço,
      Jeff

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  11. O leitor Brian Freitas comentou no facebook:

    Cara, muito obrigado pelas informações do seu blog! Me ajudou muito na hora de escolher a minha pimeira moto (que é uma Suzuki Intruder maravilhosa por sinal!) e também nas trocas de óleo dela (por conta dessa informção do nível do óleo, eu faço questão de trocar o óleo. Tenho até receio de deixar na mão dos mecânicos por aí!).
    Aproveitando essa desconfiança de mecânicos, você conhece algum mecânico em SP capital para indicar?
    Peguei minha filhota usada, de um dono que aparentemente cuidou bem dela, mas queria fazer uma revisão geral nela por garantia mesmo, já que ele me entregou com 53000 rodados e eu já estou usando bastante para o trabalho e curso (100km por dia).
    Muito obrigado pelo excelente trabalho que você tem feito aqui!!

    Eu que fico feliz de o blog estar sendo útil, Brian!

    Não caindo no conto da quantidade recomendada, e mantendo sempre o nível correto, os motores da suzuki são bastante confiáveis. Aliás, como a imensa maioria das motos bem lubrificadas.

    Nas poucas vezes que precisei de um mecânico aqui em Santo André eu recorri ao Enoch na avenida Queirós Filho, 738.
    Um abraço,
    Jeff

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  12. Oi Jeff... Lendo essas postagens, me levanta duas dúvidas que não me lembro te terem sido discutidas aki no blog, e acho que vc eh a pessoa certa pra me ajudar...

    Pois bem, a primeira eh o seguinte, fazer a medição do nível do óleo em dias extremamente frios (diga-se de passagem geadas), seguindo todo o procedimento de aguardar dois minutos depois de ter desligado a moto para poder fazer a leitura, não daria um nível errado?

    Digo isso pq, o frio deixa o óleo mais viscoso, não? Mais viscoso, maior a demora pra ele escorrer pro cárter... Logo, daria um nível baixo...

    Isso deve ser pior nessas motos novas que usam um óleo extremamente fino...

    E por fala em óleo fino, surge a minha segunda dúvida, e peço a sua ajuda e sua dica a respeito...

    Essas motos novas, que estão na garantia, usando esses óleos finos demais pro nosso clima, vc recomendaria usar esse óleo até o fim da garantia, ou trocaria o óleo por um mais grosso por conta própria?

    Valeu...

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    1. Olá, Allt!
      No inverno tudo precisa demorar um pouco mais. O que no verão você faz em dois ou três minutos, no inverno precisa de cinco para o motor esquentar melhor. Mesma coisa na hora de o óleo descer, é conveniente esperar um ou dois minutos a mais que o normal.

      Mas nunca passando de 5 minutos, que o motor não é projetado para trabalhar sem ventilação nas aletas do cilindro e cabeçote.

      Sobre aguardar o fim da garantia, é uma decisão pessoal.

      Tive 3 motos, duas zero km e uma comprada ainda na garantia com 3.350 km.

      A primeira, uma CG 1978, eu tratava na concessionária até descobrir que o único óleo projetado para motos e recomendado pelos rigorosos critérios de engenharia da fabricante era muito pior que o óleo que o meu pai usava no carro dele — abri mão da garantia em 6 meses.

      A segunda moto é a Jezebel, fiz uma única revisão em concessionária, os mecânicos regularam válvulas e ficaram surpresos que o cabeçote estava limpo sem borra de óleo queimado... nunca mais voltei lá.

      E a terceira foi a Edith, já comprei abrindo mão da garantia porque só existia uma concessionária no Brasil inteiro.

      Qualquer problema que você tenha com a moto, vai descobrir que a garantia é linda no papel, mas um pesadelo na prática.

      Motor fundiu porque a concessionária não colocou óleo suficiente/não te orientou corretamente quanto aos cuidados com o nível e medição? Não é coberto de boa vontade pela garantia, a menos que a coisa seja muito escancarada, como aqueles proprietários que o motor estoura na primeira viagem e botam a boca no mundo.
      Problemas de bateria não são cobertos pela garantia. Problemas no sistema elétrico, a culpa será do alarme que você instalou na concessionária, mas que não é coberto pela garantia... Para mim, garantia é só uma desculpa para manter o cliente ao alcance dos vendedores.

      Claro que abrindo mão da garantia você terá de garantir a manutenção correta por conta própria, e a imensa maioria dos proprietários não faz ideia disso. Por outro lado, também não temos garantia nenhuma de que os serviços prometidos pelas concessionárias sejam realizados, como a limpeza do filtro de óleo interno, que envolve uma operação de desmontagem parcial do motor...

      Como um mecânico que trabalhava em concessionária me disse outro dia:

      Você não faz ideia das coisas que rolam lá dentro... e mais não disse.

      Pior que eu faço... mas não dá para generalizar, nem todo mundo é desonesto. O problema é que a gente nunca sabe quem é quem.

      Sobre essa decisão de abrir mão da garantia, tem que ser tomada pelo dono da moto depois de pesar as opções e adotar aquela que o deixa mais confortável.

      Não adianta fazer uma coisa e depois ficar se remoendo de apreensão.

      Um abraço,
      Jeff

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  13. Olá Jeff!Otimo post novamente!! Referente ao motor da fazer no post acima, talvez eu possa ajudar. Não tenho fazer, mas tenho uma crosser 150 que é o mesmo motor da fazer 150. O manual diz expressamente que a troca de oleo deve ser feita com 1l sem o filtro e 1l e 100ml com filtro. Não entendo muita coisa de mecanica, mas não obedeci e sempre coloco 1l e 200ml na troca, com filtro ou sem filtro. Não acho que 100ml a mais vai prejudicar o motor. Quando fui medir o oleo do jeito correto, deu quantidade maxima na vareta... Felizmente! Ao menos não tenho noticia de motores yamaha travando por falta de oleo, eles são honestos dessa forma, o que não acontece com a instrução de apertar correntes, ja que o manual fala expressamente para o usuario estar FORA DA MOTO quando a corrente for apertada..claro, não obedeci tbm kkkk

    Abraços Jeff!!

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    1. Olá, Danilo!

      Até agora, o que constatei é que enquanto a quantidade recomendada por honda, suzuki e kawasaki deixam o nível no mínimo, ou abaixo do mínimo (dafra), a yamaha deixa o nível no meio da faixa de medição.

      Digamos que é menos pior do que aquilo que as outras fazem, mas se o dono não ficar atento à reposição, será prejudicado também.

      Outra coisa que pesa a favor da yamaha é o cilindro com nikasil, mais durável. O que também pesa contra, porque não permite retífica, o que aumenta os custos.

      E o que é imperdoável é tentar convencer o pessoal a usar o bom Yamalube, que nem semissintético é, por longos e inaceitáveis 5 mil km...

      Parece que cansaram de não vender peças de reposição e querem recuperar o tempo perdido.

      Sobre a corrente, realmente a faixa recomendada por todas as fabricantes parece destinada a apressar o desgaste. Falam em 20 a 30 mm (ou 25 a 35 mm), quando deveria ser 30 a 40 mm (ou 35 a 45 mm) medidos sem ninguém sobre a moto.

      A situação muda muito e a vida útil da corrente acaba bastante comprometida, exigindo troca muito antes do que seria possível.

      Um abraço,
      Jeff

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    2. De fato Jeff, os 5 mil km são recomendaveis 3-5 mil km, mas como tambem não confio, eu troco o oleo de 1000 em 1000km, ou em 1500. A moto fica maravilhosa e o cambio fica liso! Ja começo a estranhar a moto nos 1500 sem trocar, imagina 5mil, não sei como tem gente que consegue tanto assim kk

      PS: Se não incomodar jeff, me tire uma duvida que não está relacionada ao topico. Qual as consequencias de colocar mais peso na moto do que o recomendado? A moto empena? O quadro parte? As vezes levo um amigo meu em casa, e ele sozinho pesa 110kg, eu peso 78..Tenho receio as vezes de acontecer algo...quais as consequencias??

      Obrigado!

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    3. Olá, Danilo!

      Além da suspensão, os principais sacrificados são o câmbio e a transmissão final.

      Jezebel rodou com uns 220 kg por cerca de 1.000 km, além de rodar com 130 kg todos os dias...

      O resultado foi que precisei trocar o câmbio com pouco mais de 50.000 km por causa disso.

      Apesar de indicar uma capacidade máxima de 150 kg, os cálculos de vida útil são feitos considerando que raramente você transportará todo esse peso.

      O cálculo é feito com base no transporte diário de um piloto de 75 kg e o transporte eventual de garupa, totalizando 150 kg.

      Então somente com o piloto de 75 kg ela atingirá o máximo da vida útil, e transportando garupa de 75 kg todos os dias ela atingirá somente a metade da vida útil (aproximadamente) porque todos os componentes farão mais força o tempo todo.

      Esses são números ideais, na prática um amortecedor irá estourar prematuramente ao passar por um buraco/lombada, a corrente, coroa e pinhão irão precisar de trocas frequentes, e se o chassi for fraco como o de alguns lotes de Kansas, a moto poderá até se partir ao meio.

      Lembre que honda e yamaha já fizeram recall para troca de quadro, Biz e Crosser 150. E esse é o modelo da sua moto...

      Aliás, quadro de CG partindo ao meio entre entregadores de botijões de gás não são raros justamente por conta do excesso de peso diário.

      Mas considere o seguinte:

      Mesmo parada na garagem, sua moto sofrerá a ação do tempo... então o negócio é usar com sabedoria.

      Maneirar na velocidade, aceleração e frenagens, e passar lentamente nos obstáculos, usar sempre marchas reduzidas para acelerar a moto pesada, são atitudes que diminuem o esforço sobre os componentes do chassi, motor, câmbio e transmissão final.

      Um abraço,
      Jeff

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  14. Entendi Jeff!! Valeu pelas infos! Grande abraço!

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  15. Olá Jeff, me tire uma dúvida, o procedimento de verificação do nivel de oleo dos motores ybr 125 é um pouco exato para o procedimento, mesmo assim faço o procedimento q a honda pede, 3/2min dae verifico o nivel, já mandei msg para o sac yamaha mas não tive retorno ainda, sendo assim vc teria algum relado quanto tempo seria o correto para esses motores?

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    1. Olá, David91!
      O procedimento de medição não precisa ser uma coisa exata nesse nível.

      A ideia é que você ligue o motor para que o óleo circule lá dentro, é algo que em 2 minutos você atinge em qualquer motor. 5 minutos em dias muito frios está de bom tamanho.

      O fundamental é começar com o nível perto da marca de máximo e repor o óleo na medida em que é consumido, fazendo a troca quando o óleo atingir um nível de contaminação suficiente e sem ultrapassar os limites previstos no manual.

      A yamaha costuma recomendar uma quantidade que deixa o nível de óleo no meio da vareta, ao contrário de outras empresas que deixam o nível no mínimo e abaixo dele.

      Um abraço,
      Jeff

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  16. Olá Jeff.

    Abasteci minha CBX 200 com cerca de 1,4l de óleo, porém está vazando (aparentemente por alguma junta do cabeçote ou válvulas). O problema seria isso mesmo? É normal vazar um pouco? E aproveitando a deixa, o acelerador dela parece meio emperrado (não ganha muita potência conforme acelera). Estou pensando em regular o carburador, mas não sei muito bem onde fazer isso e suspeito que seja a queima que está muito rica, pois a vela está muito preta. No manual de serviço diz que o padrão do parafuso é 2 voltas, mas seria em qual sentido? Qual seria esse parafuso? Tem como me dar uma luz?

    Obrigado.

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    1. Olá, Thiago!

      A regulagem consiste em fechar o parafuso sem forçar para não danificar a sede de alumínio, depois recuar 2 voltas.

      As Strada pararam de ser fabricadas em 2002. Se esse carburador for original, considere a possibilidade de trocar por um novo, carburadores não são eternos e os problemas vão se acumulando.

      Tem muito mecânico cavalo por aí que aprende o serviço (ou não) nas motos dos clientes e o seu carburador já pode ter passado por poucas e boas.

      O motor também, você tem ideia da quilometragem real dele?

      A quantidade correta de óleo não causa vazamentos. O motor da minha moto não vaza por junta nenhuma, e está bem rodado.

      Quanto a ser normal, depende da intensidade do vazamento.

      A junta gotejar e ficar molhada não é normal, mas a junta ficar levemente umedecida de óleo é normal, ele se infiltra e transpira pelo material poroso da junta.

      Boa sorte com sua moto,
      Jeff

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