domingo, 15 de dezembro de 2013

honda é honda e nós somos todos trouxas

Quando comprei minha primeira moto, uma CG 125 zero km em 1979, paguei a metade do valor de um fusca (o carro popular da época) num punhado de canos com motor e rodas. 

Meu pai me dizia que uma moto nunca poderia custar a metade de um carro, mas na sabedoria dos meus 18 anos, meu pai não entendia nada de nada.


Hoje vejo o quanto eu estava errado...


Esta semana saiu uma matéria no g1, a honda lançou uma moto CG 110 na Nigéria, país no centro da África, pelo equivalente a 1500 reais:




Ah, mas é fraquinha, uma velharia, projeto antiquado, farol quadrado, vende barato porque é ultrapassada.

Mas a reportagem menciona muito superficialmente outros modelos, como a CB 125-D.


Como o texto diz, a honda também tem outras motos utilitárias por lá.

Deve ser uma tranqueira que nem a CG 110, você pensa.


Quer conhecer melhor essa moto utilitária, a CB 125-D? 


Taí:



Reportagem: http://blog.motorcycle.com/2011/09/29/manufacturers/honda/2012-honda-ace-cb125-and-ace-cb125-d-627-motorcycles-for-african-market/

Desenvolvida para ser de baixo custo, durável, fácil de usar e oferecer boa economia de combustível. 

Em 2011 a CB 125-D era vendida por 627 dólares, o mesmo preço que a ultrapassada quadrada.


Sabe quais as diferenças entre a CB 125-D e a brasileira CG 125 Fan de 2011?


Dá para ver que o motor tem um projeto diferente do usado no Brasil, mas anda do mesmo jeito.


A principal diferença é que lá custa só 1500 reais. 


Aqui no Brasil, jogando os 60% de impostos e mais o blablablá, se dobrasse de preço custaria 3 mil reais.


E a honda não está fazendo caridade na África. 


Vendendo cada moto por 50 mil ienes no mundo todo (os tais 630 dólares), eles estão tendo bom lucro.


É, pessoal.


No mundo todo, honda é honda.


Menos aqui no Brasil.


E nessa onda, todo mundo embarca vendendo moto de 50 mil ienes a peso de ouro.


Por isso que os fabricantes do mundo todo estão vindo para cá e o Brasil é a bola da vez no mercado de motos.


Somos todos trouxas e nos orgulhamos disso.


Um abraço,


Jeff  

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