segunda-feira, 28 de setembro de 2020

A covid e eu

Olá, pessoal

Conforme prometido na postagem da semana passada, explico os motivos para o blog ficar fora do ar durante seis meses.

Bom, minha saúde não andou lá essas coisas, e minha moto andou menos ainda.

Passei a tomar muitos remédios novos depois de uma consulta em março, e tive vários sintomas que atribuí inicialmente aos efeitos colaterais daquelas pandorgas.

Mas vendo agora, acho que foi mesmo covid.

Fui a uma consulta em março que estava agendada há meses. Ela ocorreu poucos dias antes da decretação da quarentena obrigatória — o salão de espera do Hospital Municipal tinha centenas de pessoas sem máscaras, o vírus já estava circulando na população, hoje acredito que peguei o bicho ali mesmo.

Na época em que escrevi a despedida do blog eu já estava com os sintomas e cheguei a pensar que não sobreviveria à pandemia, achava que aquele adeus seria para sempre... 

Não cheguei a ter falta de ar a ponto de procurar um médico, mas teve umas duas ou três semanas em que faltou fôlego, eu não conseguia nem levantar da cama, se tivesse piorado um pouco mais, teria buscado a internação.

Senti dores que não eram as típicas da artrite, mas pareciam percorrer os nervos e veias das pernas como fogo. Minha pressão permaneceu ainda mais anormalmente alta que de costume, apesar de toda a medicação. 

Devo ter pegado a forma branda da covid porque tive muito pouca tosse, alguns espirros e alguma tremedeira. Não percebi febre, mas posso ter delirado que não tive. 

No pior estágio a fraqueza nas pernas aumentou, depois melhorou um pouco, mas mesmo depois disso as dores continuaram implacáveis, era analgésico forte todo dia várias vezes ao dia, ou eu não dormia.

Fiquei semanas sem capacidade de fazer força nem conseguir ficar de pé por mais de 5 minutos.

Resumindo, foi muito bem mais do que uma "gripezinha".

Nesse meio tempo fiz pesquisas e, muitos koalas depois, felizmente sem necessidade de internação, resolvi tentar combater as sequelas com meios naturais porque já estava entupido de remédios fortes.

Vi uma reportagem a respeito das qualidades anti-inflamatórias do curry, uma mistura de temperos orientais conhecida há 500 anos em Portugal como caril e que alguns amigo confundem com cúrcuma (né, Daniel?)

Cúrcuma é a mesma coisa que açafrão-da-terra.

Curry/caril é uma mistura de pó de açafrão-da-terra mais cardamomo, coentro, gengibre, cominho, casca de noz-moscada, cravinho, pimenta e canela além de outros como alforva, pimenta-de-caiena, cominhos finos, noz-moscada, pimenta-da-jamaica, pimentão e alecrim, conforme a preferência. Fonte: wikipedia

Passei a consumir curry e canela em pó diariamente e comecei a ter melhoras significativas. 

Além disso, percebi que minha dieta tinha falta de um alimento fundamental para manter os níveis de vitaminas do grupo B: feijão. Dez entre dez brasileiros preferem feijão.

Com esse negócio de cozinhar em casa só no micro-ondas, o feijão tinha ficado de lado e as marmitex marmitexes quentinhas de comida chinesa (adoro) não vêm com feijão... 

Beribéri é o quadro de sintomas por falta de feijão vitamina B, e também tive falta de vitamina C, frutas também não acompanham quentinhas. Vitamina C ajuda a combater a artrite porque facilita a absorção de colágeno.

Depois que enriqueci a dieta (infelizmente, só a dieta), minhas dores diminuíram muito, a ponto de não depender mais de remédios. Também não sinto mais problemas de inflamação recorrentes, combatidas com outro remédio que tinha passado a tomar.

A pressão também se mantém mais baixa porque agora cozinho sem usar sal, mas com muitos temperos tipo alho, salsinha e cebolinha, todos apontados como anti-inflamatórios naturais.

Agora estou bem melhor e mais otimista quanto ao futuro. Até deixei de usar repelente de koala!

Mas chega de falar de mim, que sou um assunto nada interessante, só comento essas coisas na esperança de que minha experiência ajude mais alguém a se livrar de problemas de saúde semelhantes aos meus.

Na próxima postagem, voltarei a falar de motos.

Vou contar minha última viagem (no bom sentido — a última viagem que fiz antes da pandemia) onde tudo que podia dar errado deu pior ainda, e tudo por um motivo bobo e evitável.

Um abraço, se cuidem, e cuidem uns dos outros,

Jeff

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