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quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020

O acidente da T-9

No dia em que o blog voltou a ser publicado, ocorreu um acidente trágico em Goiânia que eu creio que valerá a pena entender como aconteceu para que ajude a evitar que ocorra com outros motociclistas:


Reportagem: https://g1.globo.com/go/goias/transito/noticia/2020/02/11/motociclista-morre-apos-acidente-de-transito-no-setor-bueno-em-goiania.ghtml

Segundo a reportagem do G1, a moto bateu contra a traseira de um carro que parou para um pedestre passar, apesar de o semáforo estar aberto para carros e motos.

E numa atitude rara, as autoridades de trânsito admitiram que o acidente pode ter sido causado pela sinalização confusa no local, com duas faixas de pedestres em um intervalo de 10 metros.

Na verdade, a situação é ainda pior, são três faixas de pedestres em menos de 50 metros:


Imagem: Google Maps

A primeira faixa fica antes do cruzamento da avenida T-9 com a rua T-30, e o semáforo fica posicionado lá na frente, depois do cruzamento e da segunda faixa.

Essas duas faixas têm semáforos para pedestres sincronizados com o semáforo principal do cruzamento.

A terceira faixa, aquela que não deveria existir, está 10 metros à frente, não possui semáforo para pedestres, e foi onde ocorreu o acidente.

Por que ela está lá? 

Para atender ao fluxo relativamente grande de pessoas que se dirige à emissora de TV e se recusa a caminhar 10 metros a mais para atravessar a avenida na faixa do cruzamento porque... pedestres são e continuarão sendo pedestres.

Foi nessa faixa redundante que a motorista parou para a passagem de alguém.

Culpada a motorista?

Não. 

O pedestre pode ter atravessado distraído, podia estar falando ao celular (muito comum), pode ter ameaçado atravessar correndo para bater cartão, pegar o ônibus... há mil motivos para a motorista decidir parar o carro naquela faixa de segurança.

O principal motivo: 

Motoristas (e motociclistas) são obrigados a respeitar a faixa de pedestres.

Quem atropela alguém na faixa acaba arcando com a indenização por danos físicos e morais com agravante de não prestar a devida atenção à sinalização local — e também acaba arcando com o pagamento dos honorários do advogado da vítima.

Seria diferente se o pedestre estivesse fora da faixa — nessa situação, mesmo que a moto estivesse andando no corredor com o trânsito parado, o pedestre seria responsabilizado por contrariar o artigo 69 do Código de Trânsito Brasileiro: culpa exclusiva da vítima. Fonte: https://www.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/busca?q=ATROPELAMENTO+DE+PEDESTRE+NA+TRAVESSIA+DE+FAIXA

Mas note que a vítima somente seria responsabilizada se a moto estivesse em velocidade compatível com as condições no momento — passar que nem doido pelo corredor cai naquela área cinzenta e aí a sentença dependerá da interpretação do juiz, muito possivelmente o motociclista será responsabilizado.

Como o acidente da T-9 poderia ter sido evitado?

Três fatores, o primeiro e o principal deles:

1) Foco na pilotagem. Foco exclusivamente na pilotagem.

Testemunhas afirmam que o motociclista cumprimentou outro motoboy no cruzamento.

Essa distração por uma fração de segundo ao buzinar para um amigo fez toda a diferença.

O que poderia ter ficado somente em uma freada brusca, uma desviada de emergência, eventualmente até uma colisão leve, acabou resultando em um acidente fatal — totalmente evitável se o foco do piloto estivesse voltado exclusivamente para o trânsito.

Já postei este vídeo em uma postagem antiga, mas ele ilustra tão bem um acidente deste tipo que vou repeti-lo aqui, olhada lateral e acidente aos 1:13:

Esse acidente do vídeo só não foi fatal porque a motinha não estava na mesma velocidade que aquela outra que fez a ultrapassagem logo antes do acidente.

Então aí entra o segundo fator que poderia ter salvado uma vida:

2) Manter-se dentro de limites de velocidade razoáveis. 

Para quem trabalha com a moto, não há caixinha extra que compense um único acidente, não se mate para fazer mais uma ou duas entregas por dia, o risco não compensa. 

E não tenho a informação, mas um terceiro fator pode (ou não) ter influenciado o desfecho do acidente da T-9:

3) Capacete firmemente afivelado.

Motoboys costumam rodar com o capacete desafivelado ou frouxo para facilitar o trabalho — desafivelar e prender novamente o capacete rouba alguns segundos a cada entrega...

Mas o capacete é a última barreira entre seu cérebro e o asfalto ou a traseira de um carro — na hora do acidente, o capacete mal afivelado é a primeira coisa que voa e não dá tempo de fazer mais nada. 

Capacete voou, você já era.

Então sempre considere esses 3 pontos quando for sair com sua moto, seja a trabalho, seja a passeio. 

Um abraço aos leitores, e meus sentimentos à família do motociclista de Goiânia,

Jeff

segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Quando a vida imita muito mal as artes

Irmãos Metralha reclamando de ir para a cadeia por motivo absurdo:
Imagem traduzida de http://tiahblog.blogspot.com.br/2016/01/

Será essa a nossa realidade no Brasil em 2018?
Imagem e reportagem: https://g1.globo.com/carros/noticia/pedestres-e-ciclistas-poderao-ser-multados-a-partir-de-2018.ghtml

A novidade é que agora estão querendo multar os pedestres que atravessarem a rua fora da faixa, e também os ciclistas abusados... (beem... hummm...)

Como é previsível, será uma multa muito difícil de ser cobrada, já que depende de a infração ser comprovada e também de o infrator ser identificado.

Como farão a identificação? Pedindo os documentos?

E se o pedestre se negar a fornecer o RG por não querer produzir uma prova contra si mesmo, como garante a Constituição?

Irão colocar o pedestre contra a parede, revistando e conferindo os documentos?

Já vi esse filme... e não gostei.
Imagem: http://elinorflorence.com/blog/if-day-ww2-winnipeg

Não, não foi na Europa de 1940. 

Foi aqui mesmo no Brasil nos anos 1970. 

Bastava ter cabelo comprido (naquela época eu tinha, e era comprido) e você era parado e revistado pelas otoridades. Ter cabelo comprido era coisa de subversivo e maconheiro. Mais ou menos o que fazem com os motociclistas hoje. Tá de moto, é ladrão até prova em contrário. Otoridades não gostam de quem destoa da manada. Otoridades não gostam de quem contesta a autoridade de quem não tem, e se valem da truculência para impor seu ponto de vista. Tanto à esquerda quanto à direita.

E mesmo que identifiquem o 'infrator', como as otoridades cobrarão essa multa?

Mandando pra cadeia quem se recusar a pagar?

Impedindo de receber a aposentadoria quem tiver multas em aberto?

Foi a esse governo policialesco, opressor, escorchante e "democrático" a quem delegamos o poder de nos representar via voto?

A quem esses governantes representam, além de eles mesmos?

Não me entenda mal, o caos no trânsito precisa ser combatido — pedestres e ciclistas desatentos colocam suas vidas em perigo, e também as nossas.

Como motociclistas, somos tão vulneráveis quanto pedestres e ciclistas, e frequentemente eles nos envolvem em situações perigosas.
Imagem e reportagem: http://www.obemdito.com.br/regiao/moto-atinge-pedestre-e-e-colhida-por-picape-dois-morrem/13565/

Bom, nós também volta e meia não fazemos nossa parte...
Imagem e reportagem: https://g1.globo.com/distrito-federal/noticia/motociclista-e-pedestre-morrem-apos-atropelamento-em-frente-ao-palacio-do-planalto.ghtml

Mas o caminho para solucionar o problema não está em multar alguém que nunca foi ensinado a atravessar uma rua, alguém que nunca aprendeu sobre os perigos do trânsito...

Alguém não habilitado a ser um pedestre.

Se o trânsito não for ensinado nas escolas, não será multando e oprimindo nosso povo que teremos um trânsito mais seguro.

Chega dessa palhaçada de querer arrancar dinheiro do povo de todo jeito!

Qual será o próximo passo?

Tatuar RG e CPF no braço dos cidadãos?
Ê ô ô vida de gado... povo marcado, ê... povo feliz...

Colocar chip no povo?

Monitorar nossos celulares?

Nos obrigar a usar roupas com números?

E não falo dos números das camisetas dos Irmãos Metralha, mas de algo muito mais sinistro de 80 anos atrás.

Algo tão velho que poucas pessoas estão vivas para lembrar o que não pode ser esquecido jamais...
Imagem: https://en.wikipedia.org/wiki/Identification_in_Nazi_camps

Conhecer a História serve para não deixar repetir os erros do passado.

Pode parecer exagerado comparar esse excesso de interferência do governo na vida das pessoas com o que aconteceu na Europa nazista.

Mas ninguém percebeu o que ocorria na Alemanha até ser tarde demais.

Se cedermos, permitiremos que o governo se torne (ainda mais) uma máquina gigantesca que age impune e sem fiscalização, impondo o que bem entende a todos nós.

Um governo que desrespeitará nossos direitos mais básicos — como o direito sagrado de ir e vir, o direito de nos associarmos em paz e com liberdade, o direito de recusar injustiças.

Se cedermos a tudo, seremos sufocados e transformados em meros autômatos pagadores de impostos.
Imagem: Pink Floyd, The Wall  Paradoxal, né? Usar um vídeo criticando o ensino para falar sobre a necessidade de Educação. 
É que não se trata de robotizar o povo, mas de conscientizá-lo para que vivam uma vida melhor. Ou pelo menos, mais longa.

Autômatos pagadores de impostos e multas que trabalham a vida toda por um salário indigno.

E que não recebem de volta nada que valha alguma coisa — como Educação, Saúde, Segurança, Justiça, Aposentadoria Digna, Malha Viária Decente e Trânsito Seguro.

Apenas corrupção.

Um abraço,
Jefferson

sexta-feira, 24 de março de 2017

Taí uma coisa que não se vê todo dia....

E eu pensava já ter visto de tudo na vida...

Carro trepando em moto é a primeira vez.
Imagem e reportagem: http://g1.globo.com/pb/paraiba/noticia/2016/09/carro-fica-em-cima-de-pneu-de-moto-apos-acidente-em-campina-grande.html

Espero que não vire moda...

A moto parou para um pedestre na faixa e o carro conseguiu essa proeza.

Ou a moto que merece o crédito, sei lá...

Quando for parar em uma faixa de pedestres, fique atento aos carros atrás de você.

Nem sempre é possível parar com segurança.

Pode ser necessário não parar totalmente.

Se tiver um carro vindo muito perto atrás de você, freie o suficiente para não atropelar o pedestre e alivie momentaneamente a frenagem na sequência.

Isso pode dar tempo necessário para o motorista evitar essa intimidade forçada com sua moto.

Em caso de risco de atropelamento — o seu atropelamento — é melhor arriscar tomar uma multa do que uma fratura. Ou uma trepada.

Um abraço,

Jeff

domingo, 26 de fevereiro de 2017

Um atropelamento que poderia ter sido evitado de três maneiras

É por isso que eu insisto aqui no blog:

Pilotar em excesso de velocidade elimina sua margem de segurança para os imprevistos.
Imagem, vídeo e reportagem: http://g1.globo.com/sp/santos-regiao/noticia/2017/02/imagens-flagram-avo-e-neta-sendo-atropeladas-por-moto-no-litoral-de-sp.html

Na hora em que aparece um pedestre atravessando a rua, só dá tempo de cravar o olhar no perigo.

A moto vai para onde você olha — e é por isso que a moto acertou as pedestres em cheio.

Quais seriam as três maneiras de evitar esse atropelamento?

1) Pilotar com margem de segurança, a uma velocidade compatível com o local — você não pode pilotar em velocidade de rodovia em uma rua ou avenida urbana.

2) Prever e estar preparado para situações como essa — sempre antecipar a possibilidade de pedestres aparecerem por trás de veículos bloqueando a visão.

3) Treinar manobras de emergência para aplicá-las automaticamente no reflexo sem precisar pensar.

Um piloto que pratica a pilotagem defensiva manobraria para tentar passar por trás daquelas pessoas.  

Pedestres atravessando a rua de maneira descuidada são imprevistos previsíveis...

Não seja pego nessa armadilha.

Espere pelo inesperado — você nunca sabe quando, mas certamente algum um dia um pedestre tentará atravessar na sua frente.

E não só pedestres podem aparecer de repente: animais domésticos nas cidades e selvagens nas estradas não têm hora para aparecer.

Sua única saída é se precaver e usar o bom senso — você será o único em condição de evitar o atropelamento.

Que este vídeo pelo menos sirva de lição para evitar que você passe por isso.

Muito triste por ter de postar isto em pleno carnaval,

Jeff

domingo, 15 de janeiro de 2017

Pedestres na faixa de pedestres

Faixa de pedestres existe para ser respeitada.

Não faça como este cara aqui (o outro cara, não o filmador):


Furar o sinal vermelho achando que dará tempo de cruzar é um cálculo feito levando em conta a capacidade de aceleração dos carros.

Esse cálculo esquece de levar em conta a agilidade dos pedestres — assim como as motocicletas, pedestres são ágeis e difíceis de perceber...

Mas não é só o motociclista que se descuida em relação à faixa de pedestres.

Nesta outra situação aqui, quem você acha que foi a culpada?



Os pedestres se sentem seguros em atravessar na faixa e se esquecem da segurança — assim como os pedestres, motocicletas são ágeis e difíceis de perceber...

Independente de a pedestre ter atravessado de maneira tão apressada e desatenta, quem terá de responder o processo será o motociclista.

Ele poderia ter previsto a possibilidade de alguém aparecer por trás do furgão.

Uma pequena maneirada no acelerador teria evitado o atropelamento.

Aconteceria o que aconteceu com o leitor Rafael Machado (que relatou essa experiência na postagem Nada como começar o ano com uma postagem impactante e incluí aqui porque é exemplar:

Nessa última quarta-feira eu fui buscar uma peça com a Biz da empresa. 

Passando por uma avenida o trânsito nem estava ruim e eu (como sempre) estava andando tranquilo.

Nisso uma senhora resolve atravessar na faixa... SEM OLHAR SE VINHA MOVIMENTO!!!

Freei em cima dela e fui direto pro chão.

Já levantei falando "minha senhora! como tu atravessa sem olhar?!?!".

Fui pro canteiro central avaliar minhas condições físicas enquanto ela ia embora como se nada tivesse ocorrido.

Os motoboys me ajudaram logo em seguida e tive que seguir viagem...

Machuquei meu ombro direito, canela direita e as falanges dos dedos, mas nada muito grave (na Biz não ocorreu nada).

Agora veja que eu estava devagar. 

Se fosse outro mais rápido ou de carro poderia ter sido muito mais trágico!

Não fiquei triste pelo incidente, mas muito triste pela falta de consideração dessa senhora.

No fim, mais uma lição aprendida.

O depoimento do Rafael mostra uma situação muito parecida com a do último vídeo, mas sem obstáculo à visão:

Não basta nem andar devagar... pedestres são imprevisíveis e toda a atenção é necessária.

Agora que você já sabe disso, fique atento para não se envolver em um acidente extremamente perigoso.

Maneirar na velocidade fez a diferença entre atropelar e frear sem encostar na pedestre.

Ele caiu, mas evitou o pior.

Não queira carregar para sempre o sentimento incômodo de que poderia ter evitado um atropelamento apesar da culpa do pedestre.

Experiência própria.

E é por isso que martelo tanto sobre pilotagem com segurança aqui no blog — não queira passar por essa situação.

Eu garanto, ela ainda te faz mal depois de quase 40 anos.

Um abraço,

Jeff

quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

Nada como começar o ano com uma postagem impactante

Um ótimo vídeo mostrando o risco que é andar no corredor, principalmente em rodovias e vias expressas nos subúrbios de grandes cidades.

Você imagina o que vem depois da curva?


Pois é, né?

Você nunca sabe quando um pedestre irá dar a cara pra bater.

A gente tende a pensar que não encontrará pedestres em vias de alta velocidade, mas a realidade é diferente.

Na periferia das grandes cidades é comum encontrar pessoas que não estão com sua melhor capacidade de avaliação zanzando pelas rodovias e vias expressas.

São crianças correndo atrás de pipas, correndo atrás de bola, bêbados, noiados, drogados de todos os tipos, desesperados, suicidas, manifestantes, assaltantes... a lista sempre aumenta.
Reportagem: http://g1.globo.com/sp/santos-regiao/noticia/2017/01/homem-morre-atropelado-em-sp-ao-entrar-em-rodovia-para-salvar-cao.html — Acidente ocorrido em 12/01/17 na rodovia Padre Manoel da Nóbrega em Mongaguá.

Famílias inteiras vivendo no limite da sobrevivência se abrigam debaixo de viadutos ou barracos às margens da pista sem qualquer noção de perigo vivendo no mais absoluto desespero.

Usuários de drogas buscam essas áreas isoladas para seu consumo e podem vagar pela pista ou cruzá-la a qualquer momento.
Reportagem: http://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2017/02/23/interna_gerais,849731/motociclista-e-pedestre-morrem-em-acidente-no-anel-rodoviario.shtml

Pessoas buscando a sobrevivência vendendo água "mineral" ou balinhas arriscam a vida no corredor percorrido pelas motos.

Você viu o que pode acontecer em uma fração de segundo.

Então vá com calma ao se aproximar de zonas urbanas ou rodar por locais que favoreçam a ocupação por pessoas sem outra opção de trabalho, moradia ou sabe lá Deus o que eles têm na cabeça. 

Para se proteger, não pilote no corredor — parado ou em movimento — e mantenha uma distância prudente dos outros veículos.

Se uma encrenca acontecer logo à frente, ficar atrás de um carro te dará a chance de escapar para o acostamento ou corredor.

Aliás, se o trânsito parar de repente, você DEVE escapar para o corredor ou acostamento, senão quem vem atrás irá te acertar em cheio — e ficar de moto no meio de um engavetamento geralmente é fatal.

Entre optar pelo acostamento ou corredor, este último sempre será a alternativa mais arriscada porque pode haver outras motos rodando por lá.

E como você viu no vídeo, em caso de queda o risco de atropelamento é enorme

Mas cada caso é um caso e é por isso que você precisa pilotar sempre pensando em alternativas para usar na hora do sufoco, é a famosa "pilotagem defensiva".

O vídeo também mostra uma característica típica de pedestres.

Ao contrário de algum ser irracional atravessando a pista, humanos tentam instintivamente evitar o atropelamento.

Pedestres costumam travar de pavor ou então pulam para evitar o perigo, o que dificulta muito evitar um atropelamento.

Em uma decisão rápida, um pedestre que começa a atravessar e dá de cara com a moto pode pular para trás, justamente o lado que você tenta tirar a moto.

Aproveitando, não posso deixar de comentar:

Fiquei admirado com a falta de solidariedade dos motociclistas de hoje...

E somente dois motoristas pararam...

Antigamente podíamos contar mais com a ajuda das pessoas.

Te cuida, porque se depender dos "irmãos" motociclistas de hoje você estará sozinho na hora em que for para o chão,

Jeff

quinta-feira, 7 de julho de 2016

Não é só moto que fica oculta atrás de postes e árvores

Outro dia vimos mais um acidente em que uma moto ficou encoberta por árvores no canteiro central — é um dos acidentes mais comuns envolvendo motos.

Mas o acidente mais comum mesmo é este aqui:



Atropelamento por motos é a ocorrência mais comum, sempre associado a duas coisas que você vê no vídeo:

1) Ocultamento atrás de postes e árvores — quando o motociclista vê, já está atropelando.

2) Excesso de velocidade do motociclista. 

Essa é uma rua típica de velocidade máxima de 40 km/h.

A moto está bem acima disso, pelo menos a 60 km/h.

Para o motociclista não parece que andar a 60 em uma rua de 40 seja algo perigoso.

Mas ninguém sabe a hora em que um pedestre vai sair de trás de um poste e atravessar na sua frente.

Ou uma criança vai sair de trás de um carro.



Pilotar atento e dentro dos limites de velocidade faz um bem danado para todo mundo.

Um abraço,

Jeff

quinta-feira, 2 de junho de 2016

Ciclistas ocultos na faixa de ônibus

Olá, pessoal!

Aí vai a primeira postagem gerada nesta nova etapa do blog! Estou preparando uma especial para contar sobre a volta de Jezebel, mas ainda dependo de algumas fotos... vai ter de esperar um pouquinho.

Vamos lá:

Tem coisas que a gente vê melhor quando não está andando de moto.

E em um desses dias em que eu andava de ônibus, tive oportunidade de ver uma cena interessante.

Estou no ponto de ônibus quando vejo um grande perigo para nós, motociclistas:
 
 
Imagem: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidiano/67731-ciclistas-adotam-cameras-para-denunciar-motoristas.shtml

Pois é, um ciclista.

Na faixa exclusiva para ônibus, uma fila desses grandalhões começou a reduzir a velocidade para parar no ponto, e escondido atrás do primeiro deles vinha um ciclista totalmente à direita, andando perto da calçada.

Na verdade, vinha aquele que considero o pior dos ciclistas: o cara de meia idade com bicicleta esportiva, completamente equipado.

Gente que anda assim costuma se arriscar ainda mais no trânsito. Tem habilitação para carros e não anda de moto porque acha a motocicleta muito perigosa. Pensa que aquele capacete o protege de verdade. Acha que sabe tudo e não sabe nada.

Não deu outra:

Assim que o ônibus à frente dele começou a reduzir a velocidade, o ciclista saiu de trás do ônibus para fazer a ultrapassagem sem diminuir a velocidade. Ciclista detesta frear a bicicleta.

Como tinha experiência no trânsito, o otário respeitável cidadão desmotorizado deu aquela olhadinha rápida para ver se não vinha nenhum carro, e se mandou como deu.

Olhou para ver se não vinha nenhum carro na faixa ao lado, mas não o suficiente para ver uma motocicleta no corredor.

Não fosse o motociclista cravar os freios, o ciclista feliz tinha ido se ralar no asfalto e o motoqueiro infeliz tinha caído na frente da roda do segundo ônibus.

Errou o ciclista?

Claro que errou, o ciclista é sempre o culpado ele não podia mudar de faixa daquele jeito.

Mas o motoqueiro também errou, o motociclista é sempre o culpado ele não pode trafegar sempre pelo corredor, ainda mais com o trânsito em movimento.

Ao se posicionar entre os carros e os ônibus, a moto fica exatamente no ponto cego de todo mundo, a começar pelos motoristas de ônibus e carros.


E principalmente, fica no ponto cego dos ciclistas doidos para mudar de faixa sem perder o embalo, e dos pedestres querendo atravessar a rua pela frente dos ônibus.

Os ciclistas e pedestres ficam totalmente encobertos pelos outros veículos e, quando você menos espera, eles cortam sua frente ou trombam contra sua lateral, levando você para o chão.

Então já sabe, nas proximidades de pontos de ônibus esse tipo de coisa acontece com muito mais frequência, então fique atento a essa possibilidade e evite passar perto de coletivos para evitar surpresas desagradáveis como essa de sair rolando abraçado a um barbudo suado logo pela manhã.

Um abraço, porque eu não pedalo,

Jeff

sexta-feira, 17 de julho de 2015

Vídeo para motociclistas e ciclistas


Ao final da página você encontrará um vídeo de dez minutos.

São dezenas de tombos e colisões principalmente de motos, mas também algumas de bicicletas, e alguns atropelamentos de motos e de bicicletas.

Alguns acidentes podem chocar pelo impacto, mas você não verá sangue escorrendo na tela.

É triste quando alguém se machuca, mas se existe um registro do fato, que ele sirva de exemplo para que outras pessoas não cometam os mesmos erros.

Veja como a maioria dos acidentes é causada pelos próprios motociclistas (e ciclistas) abusando da velocidade ou da habilidade que pensam ter.

No caso das bicicletas, os acidentes ilustram como elas são vulneráveis no trânsito — se nós com nossos faróis, buzinas, motores roncando e freios mais eficientes só um pouquinho não conseguimos nos defender 100%, coitados dos ciclistas.

Você verá que um erro que aparece muitas e muitas vezes é o do pessoal se esbaldando em faixas que parecem estar livres, e ultrapassando tentando ultrapassar pela direita e quebrando a cara de verde e amarelo.


Ou melhor, de vermelho e azul, já que a maioria das cenas foi filmada na Россия.  


Vale a pena assistir para aprender a não entrar nessas situações.


Um abraço,

Jeff

terça-feira, 12 de maio de 2015

Deficientes e deficiências


Esta semana fiquei chocado com estes dois vídeos, então postei links aqui para refletir sobre o assunto.



Fazia tempo que eu pensava em uma postagem para comentar sobre a maneira com que os motoristas e motociclistas não estão preparados para lidar com as pessoas com algum tipo de deficiência.

Ao pilotar, você pode ser surpreendido por pedestres atravessando fora da faixa e também em cima da faixa, e até com o farol verde para você.

Por que os pedestres fazem isso?

Ora, qualquer pessoa erra. 

Mas as pessoas com deficiência não fazem essas coisas por erro... elas estão impossibilitadas de agir de outra maneira.

Há pessoas com dificuldades de locomoção. No meu caso 
Com a chegada da idade, fica mais difícil mover as pernas com a velocidade de outrora (alguém ainda fala outrora?)

Cada passo exige esforço para tirar o corpo do lugar, e vítimas de acidentes vasculares cerebrais (AVC, o popular "derrame") de um dia para outro passam a ter dificuldade extrema para andar e realizar tarefas diárias.

Mesmo assim, precisam continuar a viver. Ir à padaria todos os dias, ou sacar dinheiro no banco da rua central da cidade, por exemplo. 

E na hora de atravessar uma avenida, o tempo de abertura do semáforo para pedestres pode não ser suficiente para a travessia. Pode ser menos sacrificado atravessar fora da faixa. 

Há um senhorzinho no meu bairro que sobrevive catando papelão com sua carrocinha. Ele consegue mover as pernas 5 centímetros de cada vez, não consegue andar rápido mesmo... mas ele precisa ir atrás da sua sobrevivência, e não dá para fazer isso sem atravessar as ruas.

Também pode ser que a pessoa simplesmente não perceba ou entenda o funcionamento da sinalização. 

Há vários graus de deficiência mental, alguns mais severos do que outros. Particularmente, acho o termo inadequado... Einstein podia ser um gênio da Física, mas era um desastre atravessando a rua.


Imagem: Peabody e Sherman, Dreamworks LLC

Na imensa maioria das vezes, pessoas nessas condições agem com a maior inocência, como crianças grandes, sem ver a maldade com que as outras pessoas já estão tão acostumadas. 

Tão acostumadas que nem se lembram mais que um dia também foram crianças.

Outros deficientes mentais são agressivos e partem para a agressão gratuita por motivos fúteis.

Todas essas pessoas estão nas ruas, e você como motociclista ou motorista, precisa estar atento à possibilidade de cruzar com uma delas, atravessando na faixa ou fora dela. Dirigindo um carro ou pilotando uma moto.

Nessa situação inesperada, o que você não pode fazer é travar o olhar no problema e seguir em frente sem saber o que fazer.

Ponha na cabeça que você encontrará essa situação um dia — e treine para ter reações rápidas para desviar ou frear com segurança. Aquele atropelamento do vídeo era totalmente evitável.

Pratique reações de emergência com sua moto nas manhãs de domingo. 

Nas artes marciais, você treina o corpo para agir de maneira condicionada, por reflexo, sem precisar pensar.

No dia a dia, o treinamento poderá te tirar de situações inesperadas como a do primeiro vídeo.

Mas tome cuidado com o que você treina. Ações reflexas podem trazer grandes problemas se você não tiver sabedoria para controlá-las.

Um abraço,

Jeff