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quarta-feira, 4 de março de 2020

O porquê das bicicletas mortais

Acidente trágico registrado em Nova Andradina no Mato Grosso do Sul:
Imagem e reportagem: https://g1.globo.com/ms/mato-grosso-do-sul/noticia/2020/02/27/menino-irlandes-de-6-anos-morre-atropelado-por-carreta-enquanto-andava-de-bicicleta-em-ms.ghtml

Conforme a reportagem, a carreta vinha pela avenida Antônio Joaquim de Moura Andrade (trecho urbano da BR-376) e passou por cima da bicicleta ao fazer uma conversão para entrar na rua Espírito Santo.

Por uma daquelas coincidências que a gente chega a pensar que não pode ser apenas coincidência, a imagem desse cruzamento no google Maps mostra exatamente uma carreta, no caso um bitrem, fazendo essa conversão:
Imagem: Google Maps

E essa imagem mostra exatamente porque bicicletas não devem circular por avenidas e rodovias.

Calma, ciclistas, eu explico:

Motos conseguem acelerar e ultrapassar caminhões, e conforme as leis de trânsito, essas ultrapassagens são feitas sempre pelo lado esquerdo dos veículos.

Ultrapassagens pela direita são proibidas porque são armadilhas mortais.

Mas as bicicletas estão condenadas a circular no lado direito das ruas, sempre sendo ultrapassadas — é o pior lado, o lado com a sarjeta, o lado sujo e mais esburacado.

No lado direito, o ciclista sempre corre o risco de se desequilibrar e cair embaixo do rodeiro de um ônibus ou caminhão — veículos grandes dificilmente conseguem fazer ultrapassagens respeitando a distância mínima de 1,5 metro das bicicletas.

Como eles são muito largos, isso os faria ocupar duas faixas, uma situação difícil de administrar do alto da cabine.  

E o pior de tudo:

Raros são os ciclistas com alguma noção da realidade do trânsito (e de suas leis).

A imensa maioria deles não faz a menor ideia da dificuldade que os motoristas têm para enxergar outros veículos pelo espelho do lado direito, ainda mais uma bicicleta magrela.

Não sabem que do alto da cabine de um caminhão não dá para ver uma bicicleta do lado direito, a bicicleta fica totalmente oculta pela lateral da porta.

Mesmo que o motorista olhe pelo espelho, ele não verá a bicicleta — o ponto cego do espelho de um caminhão é grande o suficiente para impedir a visão de ciclistas, motos e até carros inteiros.

Manobrar um caminhão, ônibus ou carreta em uma esquina é uma operação complicada que exige toda a atenção do motorista.

Note na foto como o caminhão é obrigado a ir para a faixa do meio da avenida e entrar na contramão da rua lateral para que a traseira e o(s) reboque(s) consiga(m) passar rente à calçada do lado direito — sem que as rodas subam na guia.

Quanto maior o veículo, mais difícil sua condução, mais pontos a observar, mais estressado seu condutor.

Toda a atenção do motorista está focada em calcular a manobra para não colidir com outros veículos nem derrubar postes e árvores nas esquinas — nem atropelar pedestres, que se movem muito mais devagar que uma bicicleta.

Para fazer essa conversão mostrada na foto, o motorista é obrigado a quase parar a carreta.

E é aí que a bicicleta cai na armadilha mortal:

O ciclista avança pelo lado direito livre, sem ser visto pelo motorista, e se coloca no caminho das rodas do ônibus, caminhão ou reboque.

Mesmo que pare antes da esquina, o ciclista não imagina que o reboque se moverá para cima dele sem que o motorista o veja.

Durante a conversão, o espelho do caminhão está apontando em direção à traseira do cavalo-mecânico e não para os reboques — o motorista só conseguirá ver a traseira da carreta (não o meio) se dobrando sobre o assento do passageiro. Antigamente um ajudante ocupava esse assento para servir de olhos para o motorista, mas sabe como é, né? Salário de ajudante diminui o lucro da transportadora.

Nesse momento, o motorista não espera que apareça uma bicicleta (ou uma moto) se enfiando pelo lado direito e fazendo uma ultrapassagem proibida durante a manobra do caminhão ou ônibus.

No instante em que o ciclista percebe o grande veículo virando na sua frente, ele já está caindo na frente de alguma das rodas.
Imagem e reportagem: https://g1.globo.com/sp/ribeirao-preto-franca/noticia/2020/01/04/caminhao-de-lixo-passa-por-cima-de-ciclista-ao-acessar-posto-de-combustivel-em-batatais-video.ghtml

Mesmo que o motorista pare imediatamente, um atropelamento fatal só precisa de meia volta do pneu, e isso é uma fração de segundo, mesmo em baixa velocidade.

Então, o(a) ciclista é sempre culpado(a) pelo acidente?

Não dá para falar em culpa.

Ciclistas muitas vezes são crianças ou adolescentes sem qualquer vivência no trânsito.

Ou idosos.
Reportagem: https://g1.globo.com/ms/mato-grosso-do-sul/noticia/2020/02/06/idoso-em-bicicleta-morre-apos-ser-atingido-por-caminhao-em-mato-grosso-do-sul.ghtml

Mesmo motociclistas habilitados cometem o erro de tentar ultrapassar um veículo grande pela direita... foi vendo um acidente desse tipo lá em Floripa que decidi criar o blog.  

Então ciclistas, não encarem essa crítica com revolta e mimimi de perseguição, mas com análise dos fatos — hoje motociclista, eu também já fui ciclista e motorista, vi muita coisa que não queria nesta vida.

Assim como não quero ver acidentes de moto, não quero ver acidentes com ciclistas. Ou pedestres. Ou carros.

Mas o fato é que bicicletas e trânsito pesado não combinam.

Os perigos já são grandes demais para nós, que rodamos com nossas motocicletas mais estáveis e equipadas com motores e freios mais eficientes, e respeitamos as leis de trânsito. Bom, quase todos...

Mas pedalando pela direita os ciclistas estão numa desvantagem enorme que, sinceramente, não vejo como poderão reverter.

Não dá para ensinar leis de trânsito para crianças, não dá para confiar na capacidade de julgamento de quem não conhece os perigos do trânsito.

Ou as bicicletas saem de vez das avenidas e rodovias, ou continuaremos a ver cenas tristes como esta.

Um abraço,

Jeff

segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Quando a vida imita muito mal as artes

Irmãos Metralha reclamando de ir para a cadeia por motivo absurdo:
Imagem traduzida de http://tiahblog.blogspot.com.br/2016/01/

Será essa a nossa realidade no Brasil em 2018?
Imagem e reportagem: https://g1.globo.com/carros/noticia/pedestres-e-ciclistas-poderao-ser-multados-a-partir-de-2018.ghtml

A novidade é que agora estão querendo multar os pedestres que atravessarem a rua fora da faixa, e também os ciclistas abusados... (beem... hummm...)

Como é previsível, será uma multa muito difícil de ser cobrada, já que depende de a infração ser comprovada e também de o infrator ser identificado.

Como farão a identificação? Pedindo os documentos?

E se o pedestre se negar a fornecer o RG por não querer produzir uma prova contra si mesmo, como garante a Constituição?

Irão colocar o pedestre contra a parede, revistando e conferindo os documentos?

Já vi esse filme... e não gostei.
Imagem: http://elinorflorence.com/blog/if-day-ww2-winnipeg

Não, não foi na Europa de 1940. 

Foi aqui mesmo no Brasil nos anos 1970. 

Bastava ter cabelo comprido (naquela época eu tinha, e era comprido) e você era parado e revistado pelas otoridades. Ter cabelo comprido era coisa de subversivo e maconheiro. Mais ou menos o que fazem com os motociclistas hoje. Tá de moto, é ladrão até prova em contrário. Otoridades não gostam de quem destoa da manada. Otoridades não gostam de quem contesta a autoridade de quem não tem, e se valem da truculência para impor seu ponto de vista. Tanto à esquerda quanto à direita.

E mesmo que identifiquem o 'infrator', como as otoridades cobrarão essa multa?

Mandando pra cadeia quem se recusar a pagar?

Impedindo de receber a aposentadoria quem tiver multas em aberto?

Foi a esse governo policialesco, opressor, escorchante e "democrático" a quem delegamos o poder de nos representar via voto?

A quem esses governantes representam, além de eles mesmos?

Não me entenda mal, o caos no trânsito precisa ser combatido — pedestres e ciclistas desatentos colocam suas vidas em perigo, e também as nossas.

Como motociclistas, somos tão vulneráveis quanto pedestres e ciclistas, e frequentemente eles nos envolvem em situações perigosas.
Imagem e reportagem: http://www.obemdito.com.br/regiao/moto-atinge-pedestre-e-e-colhida-por-picape-dois-morrem/13565/

Bom, nós também volta e meia não fazemos nossa parte...
Imagem e reportagem: https://g1.globo.com/distrito-federal/noticia/motociclista-e-pedestre-morrem-apos-atropelamento-em-frente-ao-palacio-do-planalto.ghtml

Mas o caminho para solucionar o problema não está em multar alguém que nunca foi ensinado a atravessar uma rua, alguém que nunca aprendeu sobre os perigos do trânsito...

Alguém não habilitado a ser um pedestre.

Se o trânsito não for ensinado nas escolas, não será multando e oprimindo nosso povo que teremos um trânsito mais seguro.

Chega dessa palhaçada de querer arrancar dinheiro do povo de todo jeito!

Qual será o próximo passo?

Tatuar RG e CPF no braço dos cidadãos?
Ê ô ô vida de gado... povo marcado, ê... povo feliz...

Colocar chip no povo?

Monitorar nossos celulares?

Nos obrigar a usar roupas com números?

E não falo dos números das camisetas dos Irmãos Metralha, mas de algo muito mais sinistro de 80 anos atrás.

Algo tão velho que poucas pessoas estão vivas para lembrar o que não pode ser esquecido jamais...
Imagem: https://en.wikipedia.org/wiki/Identification_in_Nazi_camps

Conhecer a História serve para não deixar repetir os erros do passado.

Pode parecer exagerado comparar esse excesso de interferência do governo na vida das pessoas com o que aconteceu na Europa nazista.

Mas ninguém percebeu o que ocorria na Alemanha até ser tarde demais.

Se cedermos, permitiremos que o governo se torne (ainda mais) uma máquina gigantesca que age impune e sem fiscalização, impondo o que bem entende a todos nós.

Um governo que desrespeitará nossos direitos mais básicos — como o direito sagrado de ir e vir, o direito de nos associarmos em paz e com liberdade, o direito de recusar injustiças.

Se cedermos a tudo, seremos sufocados e transformados em meros autômatos pagadores de impostos.
Imagem: Pink Floyd, The Wall  Paradoxal, né? Usar um vídeo criticando o ensino para falar sobre a necessidade de Educação. 
É que não se trata de robotizar o povo, mas de conscientizá-lo para que vivam uma vida melhor. Ou pelo menos, mais longa.

Autômatos pagadores de impostos e multas que trabalham a vida toda por um salário indigno.

E que não recebem de volta nada que valha alguma coisa — como Educação, Saúde, Segurança, Justiça, Aposentadoria Digna, Malha Viária Decente e Trânsito Seguro.

Apenas corrupção.

Um abraço,
Jefferson

terça-feira, 17 de outubro de 2017

A falta de visão que o caminhoneiro tem de motos e bicicletas

Três vídeos com a visão do caminhoneiro para você entender a dificuldade que é ver uma moto no trânsito:



Te poupei todo o tempo que ele ficou preso sem poder sair da garagem porque os manés não deram vez... 

Se quiser e tiver 7 minutos para perder, veja a tensão que ele passa já no começo do dia de trabalho só para sair da garagem.

E agora vendo a cabine, note como os veículos, principalmente moto e bicicleta, aparecem pequeninos nos espelhos.

Elas desaparecem totalmente quando entram no ponto cego da cabine: 

A moto já sumiu do espelho, mas ainda não está visível na janela da porta.

Imagem: Vídeo https://youtu.be/MZPLsoPDmII aos 07:33

Esta imagem foi feita aos 7:33, note que a moto ainda não apareceu e o ciclista de camisa preta permaneceu oculto à frente da coluna e do visorzinho da câmara de ré em cima do painel (coisa ainda rara por aqui).

Se o motociclista ou o ciclista tentassem aproveitar o trânsito lento para costurar na frente do caminhão, dificilmente seriam percebidos a tempo de evitar um esbarrão suficiente para derrubar a moto ou bicicleta debaixo da roda dianteira.
Imagem: Vídeo https://youtu.be/eHoRMhq_uaI aos 7:15. Esse vídeo foi incluído na postagem Nunca ultrapasse um veículo lento pela direita com outros bons exemplos de situações complicadas com caminhões e caminhoneiros.

Fica ainda mais fácil não perceber motos e bicicletas porque os caminhoneiros aproveitam esses momentos de trânsito quase parado para checar os compromissos do dia...

E veja o espelho do lado direito:

É praticamente impossível enxergar uma moto nos espelhos do lado direito — esse é o motivo de ultrapassagens pela direita serem proibidas.

O segundo vídeo é bem legal, mostra a rotina diária de um caminhoneiro de carga líquida, a moto aparece aos 4:55Recomendo fortemente não assistir os primeiros 30 segundos do vídeo, se você assistir não conseguirá desassistir, depois não reclame, quem avisa amigo é.


Eu avisei, não avisei? Teimoso!

O que vale destacar aqui é que cargas líquidas são as mais perigosas.

Mudanças bruscas no volante desequilibram a carga, esses caminhões tombam com mais facilidade, então não conte com a possibilidade que um deles venha a desviar de você em uma emergência.

Entre botar fogo (ou despejar leite) num quarteirão inteiro, perder o patrimônio de meio milhão e arriscar parar no hospital ou além, mais alguns meses sem faturar o frete de cada dia — ou atropelar um motociclista imprudente — adivinha qual a melhor mais tentadora opção para o caminhoneiro?

Neste terceiro vídeo, é apenas um furgão, mas a dificuldade de visualização nos espelhos é a mesma.

Note como o espelho direito raramente é monitorado.

O espelho direito somente é olhado no momento em que o motorista quer voltar para a pista de veículos lentos depois de ultrapassagens.



A imensa maioria dos motoristas não procura por motos no espelho, motos só são lembradas na hora de falar "cara, desculpa, não te vi!"...

E motos têm o péssimo mau hábito de rodar bem acima da velocidade dos outros veículos, causando surpresas.

Se um motociclista apressado resolve se enfiar pelo lado direito de um caminhão ou ônibus, e até mesmo um carro ou uma moto pilotada por mim, ele não será visto.

Dificilmente haverá tempo de evitar um susto — ou um acidente bem feio.

Note que tanto no furgão quanto nos caminhões as colunas da cabine encobrem tranquilamente uma motocicleta e até um carro inteiro.

Agora você entende porque tem tantos vídeos no youtube de caminhões arrastando carros por aí.



Ao compreender a dificuldade que é dirigir um veículo com mais de quatro rodas, ainda mais os grandalhões, você aprende a respeitá-los.

Assim você não cria situações difíceis para eles e extremamente perigosas para você.

Um abraço,
Jeff

sexta-feira, 17 de março de 2017

Novidades que poderemos ver em breve

São 5 novidades para bicicletas, mas 3 delas têm boa chance de serem adotadas pela indústria de motocicletas nas próximas décadas.

A primeira é o pneu que não fura. 

Não aposto no pneu furadinho (o Evertires), mas aposto naquele outro que é maciço (o Nexo).

Você pode se perguntar porque algo tão simples nunca foi pensado para motos, já que o risco de acidente gravíssimo com um pneu furado é enorme para as motos.

E o motivo é justamente a confiabilidade em motocicletas.

Um pneu todo perfurado como aquele aguenta uma bicicleta, mas corre o risco de se desintegrar por fadiga com o peso e a velocidade de uma moto. 
Imagem: Vídeo acima https://www.youtube.com/watch?v=9Rp9OXe7ftA

Mesma coisa os pneus puramente maciços. 

Eles absorvem mal as irregularidades do piso, se aquecem mais e também podem se esfarelar com o uso.

O único jeito é usar compostos de borracha e plásticos de alta tecnologia e fazer testes de rodagem por muito tempo para ter certeza que esses problemas foram solucionados.

Por isso aposto que em 20 anos (se o agente laranja recém empossado não acabar com o planeta), nossas motos estarão usando pneus desse tipo.

A segunda invenção nem é novidade no mundo das motos.
Imagem: Vídeo acima https://www.youtube.com/watch?v=9Rp9OXe7ftA

Suspensões articuladas foram as primeiras a serem usadas em motocicletas nos primórdios do século passado.


Imagem: MOTOUSA.com
Aí veio a segunda guerra mundial e houve um grande avanço na fabricação de sistemas de amortecimento para trens de pouso de aviões. Eles de novo!

Graças à produção em larga escala, as suspensões telescópicas se tornaram suficientemente baratas para uso nas motos.

Mas suspensões articuladas nunca desapareceram totalmente.

Além das Harley e Indian, que as usaram por mais tempo, até hoje suspensões articuladas não telescópicas são usadas em customização:
Imagem: http://4ever2wheels.com/2014/03/70s-choppers/

E volta e meia alguma montadora faz experiências com inovações articuladas, como a yamaha e honda nos anos 80.
Imagem: http://www.odd-bike.com/2013/03/yamaha-n-d-ffe-350-forkless-two-smoker.html

Alguns poucos modelos de série mais recentes também as utilizam, mas elas não são adotadas em larga escala devido ao custo e por maior tendência a provocar oscilações e perda de controle.

A bmw usa uma suspensão dianteira toda estranha em alguns modelos, a tal de Duolever
Imagem: http://canadamotoguide.com/images/stories/archives/CMG_test_rides/05_BMW_K1200S/technical/

Dizem que é superior, e como o preço não é problema de venda para eles...

Para conhecer outros tipos de suspensões, visite a página da wikipedia ou o site de onde tirei a imagem acima.

A terceira novidade é capaz de aparecer ainda mais cedo...
Imagem: Vídeo acima https://www.youtube.com/watch?v=9Rp9OXe7ftA

Quadros luminosos são algo meio futurista, tipo Blade Runner (passado no futuro distante de 2019).

São uma bela contribuição para a visualização de bicicletas, mas dependem de quadros plásticos.

E motos com quadros feitos de plástico não estão tão distantes assim. E o alumínio transparente já foi inventado...

A airbus (aquela airbus) já mostrou um quadro de motocicleta feito totalmente de plástico obtido por impressão 3D.
Imagem e reportagem: http://gizmodo.uol.com.br/lightrider-moto-impressao-3d/

A ideia é fazer uma moto elétrica, mas a motorização ainda não existe, então não dá para chamar de protótipo.

Graças à impressão 3D, o quadro sai pronto da máquina com uma leveza incomparável e resistência similar à do aço graças aos reforços "orgânicos".

Digo orgânicos porque essa estrutura cheia de reforços e espaços vazios é similar à de um osso.


Pois é, ossos são ocos. 

Bizarro, né? Mais custom que isso, só colocando uma caveira.

As últimas duas novidades do vídeo não teriam chance com as motocicletas.

O suporte de parede até seria mais útil para as motos, porque espaço em garagem de prédio pode ser bem mais difícil de achar que na varanda da casa de campo.

Mas não dá para usar com motos por dois ou três motivos: gasolina, óleo, fluido de freio e líquido de arrefecimento. Continuo ruim de conta. 

E a trava que também é farol e lanterna não se aplica a motos.

Ainda bem.

Então essas são as novidades.

Pneu que não fura, moto elétrica, quadro iluminado... admirável mundo novo.

Vivemos no futuro, só não percebemos.

Um abraço, e cuidado com DeLorean voadores,

Jeff

quinta-feira, 2 de junho de 2016

Ciclistas ocultos na faixa de ônibus

Olá, pessoal!

Aí vai a primeira postagem gerada nesta nova etapa do blog! Estou preparando uma especial para contar sobre a volta de Jezebel, mas ainda dependo de algumas fotos... vai ter de esperar um pouquinho.

Vamos lá:

Tem coisas que a gente vê melhor quando não está andando de moto.

E em um desses dias em que eu andava de ônibus, tive oportunidade de ver uma cena interessante.

Estou no ponto de ônibus quando vejo um grande perigo para nós, motociclistas:
 
 
Imagem: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidiano/67731-ciclistas-adotam-cameras-para-denunciar-motoristas.shtml

Pois é, um ciclista.

Na faixa exclusiva para ônibus, uma fila desses grandalhões começou a reduzir a velocidade para parar no ponto, e escondido atrás do primeiro deles vinha um ciclista totalmente à direita, andando perto da calçada.

Na verdade, vinha aquele que considero o pior dos ciclistas: o cara de meia idade com bicicleta esportiva, completamente equipado.

Gente que anda assim costuma se arriscar ainda mais no trânsito. Tem habilitação para carros e não anda de moto porque acha a motocicleta muito perigosa. Pensa que aquele capacete o protege de verdade. Acha que sabe tudo e não sabe nada.

Não deu outra:

Assim que o ônibus à frente dele começou a reduzir a velocidade, o ciclista saiu de trás do ônibus para fazer a ultrapassagem sem diminuir a velocidade. Ciclista detesta frear a bicicleta.

Como tinha experiência no trânsito, o otário respeitável cidadão desmotorizado deu aquela olhadinha rápida para ver se não vinha nenhum carro, e se mandou como deu.

Olhou para ver se não vinha nenhum carro na faixa ao lado, mas não o suficiente para ver uma motocicleta no corredor.

Não fosse o motociclista cravar os freios, o ciclista feliz tinha ido se ralar no asfalto e o motoqueiro infeliz tinha caído na frente da roda do segundo ônibus.

Errou o ciclista?

Claro que errou, o ciclista é sempre o culpado ele não podia mudar de faixa daquele jeito.

Mas o motoqueiro também errou, o motociclista é sempre o culpado ele não pode trafegar sempre pelo corredor, ainda mais com o trânsito em movimento.

Ao se posicionar entre os carros e os ônibus, a moto fica exatamente no ponto cego de todo mundo, a começar pelos motoristas de ônibus e carros.


E principalmente, fica no ponto cego dos ciclistas doidos para mudar de faixa sem perder o embalo, e dos pedestres querendo atravessar a rua pela frente dos ônibus.

Os ciclistas e pedestres ficam totalmente encobertos pelos outros veículos e, quando você menos espera, eles cortam sua frente ou trombam contra sua lateral, levando você para o chão.

Então já sabe, nas proximidades de pontos de ônibus esse tipo de coisa acontece com muito mais frequência, então fique atento a essa possibilidade e evite passar perto de coletivos para evitar surpresas desagradáveis como essa de sair rolando abraçado a um barbudo suado logo pela manhã.

Um abraço, porque eu não pedalo,

Jeff

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

A experiência com a bicicleta elétrica e o alerta quanto ao patinete elétrico

Depoimento do leitor Paulo Basseti, ex-usuário de bicicleta elétrica feito na postagem Começou a ceifa:

Oi Jeff: Acompanho seu blog há um tempo e já li todas as postagens! Me ajudou muito a compreender o mundo das duas rodas e principalmente na direção defensiva! 

Sou habilitado para carro há 26 anos, mas somente agora senti a necessidade de um novo veículo em casa. 

No início parti para a bike elétrica por ser mais "ágil" e econômica, não precisar de IPVA, DPVAT, etc... 

Mas percebi logo o perigo das mesmas pois os motoristas não têm noção da velocidade que elas atingem, comparada com as bikes normais e cortam a frente, fecham o cruzamento ou simplesmente nos ignoram e partem pra cima.... 

Levei alguns sustos e resolvi vendê-la, tirar a habilitação A e comprar uma biz pra aprender a pilotar e quem sabe depois passar para uma moto melhor. 


Bikes elétricas são um perigo maior que as motos comuns, mesmo sendo pilotadas com cuidado, imagine desrespeitando as normas do trânsito? 


Só acrescentando, é muito comum ao utilizar as bikes elétricas, menosprezar os equipamentos de segurança, pois não há a obrigatoriedade da lei, apenas o bom senso e amor à vida.... Aí o perigo e as perdas aumentam. 


No momento estou feliz com minha biz (até rimou...) sinto que sou mais respeitado no trânsito do que quando andava de bike. 


Um abraço, e parabéns pelo seu blog super informativo!! Continue assim!! 

Imagem e reportagem: http://www.jtribunapopular.com.br/artigo/carro-e-bicicleta-eletrica-colidem-no-centro-de-marechal-rondon

Agradeço sua colaboração, Paulo!

Seu alerta é muito importante, porque não existe nada como a própria experiência para dar ênfase àquilo que comentamos.

Ter vivenciado esse perigo que muitas pessoas não percebem — o de que motociclos e motonetas são mais perigosos do que motocicletas — e compartilhar essa experiência com os leitores que estão pensando em adquirir sua primeira moto ou motoneta ou bicicleta motorizada é muito importante.

Se um único leitor tiver sua vida salva pela leitura de seu depoimento, será uma grande vitória.

E tenho a esperança de que serão muitos!

As propagandas só enfocam o lado bacana desses veículos...

Quantos pais não estão arrependidos de não terem percebido os riscos mais cedo...

Transcrevo o comentário do leitor Jef 55:

Aqui na minha cidade tem um monte de crianças de 10 até 18 andando de bike motorizada.

Ando a 50 km/h e já acho rápido na cidade, ele passa + rápido ainda e chama a gente pro racha.

A mentalidade dele é outra não tem medo por isso não tem limite.

Molecada realmente não tem noção, por isso que precisa chegar aos 18 para ter habilitação, e aí os pais subvertem as regras entregando veículos submotorizados que serão usados por seus filhos no meio do trânsito.

Depois se lamentam...

Triste.

Aproveito para reforçar o alerta quanto às bicicletas elétricas também quanto a outro brinquedo que não é brinquedo, o patinete elétrico:


Fico embasbacado de ver os pais precisando de alertas como esses...

Um abraço,

Jeff