sábado, 30 de agosto de 2014

Tem uma cobra na minha moto!

Se a sua moto passa a noite ao ar livre, cuidado para não ter a surpresa de encontrar uma cobra enrolada logo pela manhã.


Reportagem: http://g1.globo.com/sc/santa-catarina/noticia/2014/08/cobra-e-retirada-de-dentro-de-painel-de-motocicleta-no-sul-de-sc.html — Onde leu-se carro, leia-se motoneta.

Essa aí apareceu ontem em uma cidade aqui perto.

Motos são quentinhas e as cobras gostam de passar a noite aconchegadas junto a elas. E quem não gosta?


Reportagem: http://g1.globo.com/ro/rondonia/noticia/2013/06/cobra-se-esconde-dentro-de-motocicleta-em-guajara-mirim-ro.html

As cobras gostam de ficar junto ao painel...


Reportagem: http://oglobo.globo.com/rio/cobra-sobe-em-moto-assusta-entregador-no-jardim-botanico-2713517


E também perto do motor.


Reportagem: http://www.radiocacula.com.br/noticias/policial/motociclista-encontra-cobra-enrolada-no-pedal-da-moto-e-leva-maior-susto

Ou do painel E do motor: 


Reportagem: http://www.olhardireto.com.br/noticias/exibir.asp?id=171164

Você nunca sabe quando uma cobra resolverá dar as caras.



 Vídeo: Diário Digital — http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=579815

Esta aqui tinha mais juízo que o piloto e resolveu se mandar antes que acontecesse uma encrenca a 250 km/h.


Ok, uma cobra na moto é algo meio raro.


Ratos e camundongos são bem mais comuns e têm o péssimo hábito de roer e romper os cabos de comando e a fiação elétrica de motos e carros.



Fonte: http://www.hardmob.com.br/carros-motos-and-som-automotivo/501843-achei-rato-eletricista-de-autos-hoje.html

Então, caso sua moto não funcione pela manhã nem com as dicas daqui do blog, ou algum componente elétrico deixe de funcionar, dê uma conferida se aqueles fofinhos transmissores de leptospirose e peste bubônica não aprontaram contigo.


E trate de se livrar deles — ratos atraem cobras.

Talvez seja melhor contar com um gato perto de sua moto durante a noite.



Imagem: http://my.englishclub.com/profiles/blogs/my-traumatic-cat-experience?id=2524315%3ABlogPost%3A3757997&page=3

Hummm... 


Pensando bem, gatos atraem sucuris.


Um abraço,


Jeff

Cuidado com o golpe do celular [atualizado]

Lembra do celular TIM que você comprou porque podia falar ilimitado com qualquer aparelho da TIM por R$0,25?

Pois é, essa era a promessa da operadora na hora de vender o aparelho e o chip.


Mas hoje pela manhã encontrei a seguinte mensagem no meu celular:


29/08/2014

19:24
Urgente!
48xxxxxxxx, voce tem direito a falar ILIMITADO c/qq TIM local e DDD c/41! So R$29,90/mes! Ligue *255 agora gratis e mude p/o Liberty Controle Express! Vc ainda recebe R$10 a mais de credito p/usar como quiser!
<De>
4141

O que isso significa?


Que a operadora mudou a regra no meio do jogo e agora teremos de pagar para ter o direito que sempre tivemos? 


Ou é um golpe usando a estrutura e o nome da operadora para arrancar 29,90 reais/mês de milhões de desavisados?

Ou a tim está usando uma estratégia de marketing questionável para aumentar os rendimentos contando com a falta de memória do pessoal?


Ou talvez signifique que eu entendi errado e o que era 25 centavos por chamada agora é 30 reais para um número livre de chamadas... 

Sei lá, estou cada vez mais paranóico. Preciso parar de postar logo cedo de manhã.

Em todo caso:

Fique de olho para ver se estão mesmo cortando seus direitos, se é um daqueles anúncios tipo "se colar" ("não fomos nós, foi o próprio cliente que optou por mudar de plano e pagar pelo privilégio") ou se é mesmo um golpe para canalizar dinheiro para uma conta que apenas parece ser da operadora.

Se for golpe, pode ser modificado para aplicação em nome de qualquer operadora.


Das opções acima, quem me conhece sabe no que eu acredito. 

Um abraço,


Jeff

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Troca de óleo a cada 12 mil km?

Respondendo aos leitores Bruno Vieira e Narcio Baldi (ao final):

Disse o Bruno:

"Eu pretendo comprar uma NC700x, tenho lido muitos posts seus inclusive sobre o óleo honda e vejo que procede muito, essa moto é arrefecida a líquido e tem o giro baixo, mas a troca de óleo são 12 #@~$%& MIL KM, e você fala muito sobre motos de baixa cilindrada, queria saber sua opinião a respeito desta..."

Caramba, 12 #@~$%& MIL KM?

E eu pensava que já tinha visto de tudo em todos esses anos nessa indústria vital...

O motor das NC 700 é derivado do motor do carro honda Fit; na verdade, é metade do motor do Fit para mover uma moto, veículo bem mais leve, e também não é uma moto para altas velocidades.

A NC 700 é uma moto que cairia muito bem para meu perfil de viajante ocasional; gosto da ideia da baixa rotação e pouca vibração (=conforto) em velocidade de cruzeiro, junto com a economia e suposta facilidade de manutenção de um motor de base automotiva.

Fonte: http://motorcycle.honda.ca — Cotação do dólar canadense em 29/08/2014 igual a 2,065 reais por CAD.

O dia em que ela for vendida no Brasil pelo equivalente a R$14.556,18 mais impostos canadenses de 7%, eu compro uma.

Como na moto o motor não fará tanta força quanto no carro, eles aumentaram a tolerância para o intervalo de troca do óleo para 12 mil km (o Fit pede troca de 10 mil em 10 mil km).

Mas... não se pode transpor os parâmetros dos motores projetados para uso no Japão, terra fria, e feitos para usar gasolina japonesa (gasolina de verdade) sem fazer a tropicalização do projeto. Esse é o erro (erro?) que toda a indústria vem cometendo na última década, um possível motivo é explicado lá embaixo.

Os motores automotivos estão penando com isso.

O seguinte comentário publicado por Marcos nas perguntas do Yahoo em 2011 sintetiza (sem trocadilho) muito bem o problema dos óleos sintéticos:

Amigo, todos estão certos na teoria, mas na prática é outra história. Comprei um Palio Zero KM e no seu manual a troca deveria ser feita com 15 mil km. 


Pois bem, com 7 mil km o filtro antichama entupiu e a compressão jogou o óleo todo para fora do motor pela vareta de nível, que desapareceu.

Se você trabalha todo dia com o carro e roda mais de 15 mil km em menos de um ano, pode trocar a cada 10 mil km; senão, trocar a cada 5 mil km ou a cada 12 meses independente da quilometragem rodada. 

Tive várias Mareas 2.0 e enquanto segui o manual só levei prejuízo. Troquei o sintético por semissintético e as trocas de 20 mil km do manual para 5 mil km e nunca mais tive problemas. 

Esse óleo tem a tendência de virar uma borra e entupir as galerias de lubrificação. Pesquise na net os pepinos do motor 1.0 16V da VW em função dos lubrificantes.

Marcos - Yahoo - Troca de óleo sintético a cada qts km? 
https://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20111129094707AAZb6Ae

Pois bem, fui pesquisar (na verdade, eu já conhecia o problema, só fui obter dados comprováveis):
Imagem: Montagem sobre pesquisa google sobre revista quatro rodas oleo motor vw

E tive a sorte de encontrar na padoca o ex-proprietário de um vw Gol geração 5 modelo 2012 com motor 1.0, comprado zero km.

Logo aos 1000 km ele descobriu que o motor ficou barulhento porque tinha ficado sem óleo, nível abaixo do mínimo da vareta, o lubrificante tinha ido embora através dos anéis dos pistões.

Sabe lá o que é abrir um motor para reparo aos 1000 km? Pois é.

Disseram que foi erro de montagem, as aberturas dos anéis estariam alinhadas, permitindo o óleo passar mais facilmente. Conversa.

490 reais na troca do óleo sintético e sempre inspecionando e completando o nível. Aos 11 mil km o problema aconteceu de novo, e aí ele não quis mais saber do carro.

Esse problema aconteceu às toneladas, foi até assunto de denúncias e reportagens da Quatro Rodas.


Denúncia: http://quatrorodas.abril.com.br/autoservico/autodefesa/motor-barulho-508778.shtml

Solução apontada pela vw:
http://quatrorodas.abril.com.br/autoservico/autodefesa/deslizes-gol-517846.shtml

No final, a vw disse que o problema era a gasolina e o óleo do motor, e "sem culpar os clientes", mas culpando, afirmou que cometiam desatenção quanto a um item que é vital:

1) O excesso de álcool da nossa gasolina (que é uma w3*&@, estou fazendo uma postagem sobre isso) teria atacado e degradado o óleo do primeiro enchimento — hahaha, até parece que o problema ocorre apenas no primeiro enchimento... 

2) "O manual do proprietário da volkswagen classifica a repetição de trajetos curtos como “uso severo” e diz que, nesse caso, as trocas de óleo devem ocorrer na metade do prazo."

Veja que isso foi denunciado em outubro de 2009 e supostamente resolvido em dezembro do mesmo ano; no entanto, esse meu conhecido teve problemas com um modelo 2012 — o que prova que não é só o primeiro enchimento, não é só diminuir o intervalo de troca como dito nas reportagens da Quatro Rodas.

A viscosidade inadequada do óleo é parte importante do problema — os carros novos fumando e batendo o motor que você vê por aí todo dia o comprovam.

Lendo a declaração da vw sobre o manual do proprietário, você sacou o detalhezinho?

Gente, não é só o manual da vw, todos os fabricantes de autos e motos classificam trajetos curtos frequentes como uso severo

Percebeu a nhanha?

Quem de nós, proprietários, faz trajetos longos? Quem de nós faz uso que não seja classificado como severo?

Os motoboys? 

Não, a condição deles é de uso severo, são trajetos curtos e em alta velocidade.

Os viajantes? 

Quem de nós viaja o tempo todo? Que eu saiba, viajantes de longo percurso são só os caminhoneiros e motoristas de ônibus rodoviários.

Na prática, todo mundo faz pequenos percursos, e muitas vezes com trânsito bastante congestionado — a verdade é que todo mundo, queira ou não, faz o que eles chamam de uso severo de carros e motos — e portanto sempre deveria reduzir os intervalos de troca recomendados indicados nos manuais de proprietário à metade, isso é que é. 

Só que a responsabilidade por essa decisão é jogada toda para o consumidor, que não lê o manual. Coca-cola é isso aí.

Não seria mais lógico e racional determinar o intervalo de troca com base na quilometragem mínima, tipo 5 mil km para óleo sintético, sendo que essa quilometragem poderia ser prolongada em caso de uso leve (não severo)? 

Ah, mas aí ninguém teria problema de motor; e se os motores não pifam, como ficam as vendas de peças e motos e carros novos? 

Somente quando a coisa fica muito feia para o fabricante, a ponto de precisar trocar motores em garantia durante as revisões, e aparece uma denúncia publicada na Quatro Rodas e surge uma decisão judicial ordenando o recall é que eles tomam uma atitude, como fez a vw. Apenas o suficiente para sair dos holofotes.

youtube: Gol g5, porque seu motor estourou, explica VW!!

Cem carros, e eu tive a sorte de encontrar um. Então tá.

A imensa maioria de donos de vw, fiat, ford, gm, renault, peugeot, honda, etc. continuam rodando por aí com seus motores fumando e fazendo braac-clac-clac-clac a cada arrancada, e na hora de retificar seus motores vão achar que tiveram azar.

E nem vão poder reclamar, porque não leram o manual, a culpa foi deles, dirá o fabricante.

Não caia nessa de trocar o óleo da moto aos 12 mil km. Reduzindo à metade, isso dá 6 mil km para o pouco confiável óleo sintético de baixa viscosidade — óleo sintético de viscosidade correta para a temperatura do Brasil (20W-50) não deveria causar problemas, descontando o alto custo. 

Você arriscaria usar o sintético 10W-30 por mais de 5 mil km depois de saber o que aconteceu com os fiat Palio, Marea e os vw Gol acima? Fora os outros (é só pesquisar, ninguém escapa).

E olha que eles usam óleo 5W-40, que já é mais viscoso em temperatura normal do que o famigerado 10W-30... se ele não aguentou o tranco em motores arrefecidos a líquido, imagina um óleo ainda mais fino em motores arrefecidos a ar, como são as CG 125/150 e as CB 300 e XRE 300...

Para óleo mineral 20W-50, em motos arrefecidas a líquido, 3 mil km está de bom tamanho, se é que aguentará tudo isso. Por que motos têm motor de alta compressão e alta rotação.

Quando eu era um filhote nos anos 60 do século passado, começou a história de que os "novos" óleos minerais de então prometiam rodar 5 mil km sem troca. 

Os motores daquela época eram verdadeiramente de baixa compressão e rotação (taxa de compressão na casa dos 7:1, no Fit é 10,4:1), marcha lenta na casa das 450 rpm e máxima perto das 2500 rpm (no Fit é perto das 6 mil rpm) — e mesmo assim se sentia a diferença no rendimento do motor quando o óleo passava dos 3 mil km.

Essa aceitação de parâmetros irreais é coisa da nova geração de engenheiros que não tem vivência prática das condições reais brasileiras — teoria que eu já defendia e que foi confirmada na reportagem da Quatro Rodas: 

"Há quem fale no efeito das ondas migratórias que ganharam força na Volkswagen brasileira no início da década. A matriz buscou alinhar nossos produtos ao padrão mundial (sobretudo depois de a Fiat assumir a liderança de vendas) e trouxe alemães até para cargos intermediários. 

Planos de demissão voluntária incentivaram a saída de funcionários experientes, rumo a montadoras recém-chegadas. Na visita à fábrica da Anchieta, não foi difícil topar com jovens de jaleco impecável e sotaque carregado, que falam entre si em inglês ou alemão. 
(...) 
Até que ponto a presença estrangeira é parte dos pequenos problemas e até que ponto é parte das grandes soluções, é difícil dizer."

Aproveitando para responder ao leitor Narcio Baldi:

"Tenho uma intruder 800, o manual recomenda SAE API SE ou SF, 10w40 que deve ser semissintético. Se eu migrar pro 20W-50 mineral, pode afetar a bomba de óleo?"

O problema não ocorre na bomba de óleo, ocorre nas galerias que podem ficar entupidas com borra se você misturar óleo sintético com mineral. 

Caso você opte por abandonar o óleo sintético / semissintético e passar a usar óleo mineral de viscosidade adequada ao clima brasileiro (20W-50), lave o cárter com o novo óleo mineral, eliminando completamente os restos do óleo velho a fim de evitar a formação de borra por incompatibilidade química.

Um abraço,

Jeff

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Que importa uma morte ou outra se os lucros vão bem?

Reportagem completa: http://g1.globo.com/sc/santa-catarina/noticia/2014/07/vereadores-de-pomerode-dizem-que-lei-seca-atrapalha-cultura-local.html 

As blitze (plural de blitz) para cumprimento da Lei Seca prejudicaram os negócios dos empresários e vendedores de bebidas da cidade de Pomerode, Santa Catarina.

O que eles fizeram?

Acionaram os vereadores para questionar (e cortar) as horas extras dos fiscais, já que o horário normal de trabalho é o comercial e não as madrugadas em que os ebriosos beberrazes bebaços avinhados borrachos voltam para casa.

Resultado, acabou a fiscalização noturna dos bebuns ao volante.

Que morram famílias inteiras vítimas de acidentes de trânsito causados por bêbados ao volante, o que importa é manter os velhos hábitos, manter a tradição e não prejudicar os negócios, não é, senhores? 

Reportagem completa: http://g1.globo.com/sc/santa-catarina/noticia/2014/08/pai-e-filho-morrem-em-acidente-na-br-101-em-balneario-camboriu.html — Balneário Camboriú é cidade vizinha de Pomerode; infelizmente, beber e dirigir é parte da cultura local brasileira...

O motociclista atropelado pelo motorista bêbado acima tinha 53 anos, e o filho 24. Por coincidência, as mesmas idades que eu e minha filha. 

Poderíamos ser nós nessa notícia. Poderia ser qualquer um de nós, e com maior chance ainda, poderiam ser os cidadãos pomerodenses.

Até mesmo familiares desses aí que estão incomodados com a fiscalização antitemulentos podem ser vítimas de bêbados ao volante, mas isso não os sensibiliza.


Reportagem: http://g1.globo.com/sc/santa-catarina/noticia/2014/08/caminhoneiro-embriagado-pede-informacoes-policial-e-e-preso.html — Mafra fica a 2 horas de Pomerode...

Afinal, as blitze contra bêbados ao volante "atrapalham a cultura local"...

Ora, façam o favor, até a cidade de Sucupira seria mais sensata. 

Até Odorico Paraguaçu teria mais sensibilidade do que esses empresários e políticos de Pomerode.

Não "atrapalhar a cultura local" quer dizer ganhar grana não se importando com as consequências, não é, senhores empresários e políticos?

E olha que a cidade é líder regional em "crimes envolvendo embriaguez ao volante".

Impedir esses irresponsáveis que bebem e saem dirigindo antes que prejudiquem outras pessoas é a finalidade da lei seca ao volante.
Vídeo e reportagem: http://diariocatarinense.clicrbs.com.br/sc/geral/noticia/2014/08/video-mostra-motociclista-embriagado-na-br-101-em-itajai-4583754.html

E não só ao volante, ao guidão também. 

Dirigir e pilotar depois de beber é uma atitude criminosa que precisa ser combatida, e não estimulada.

Os empresários e políticos dessa cidade não pensaram em alternativas, como carona solidária ou serviço de entrega de pacotes clientes embriagados em suas casas — foi mais fácil cortar o bem pela raiz. 

São atitudes como essa tomada por esses empresários e políticos pomerodenses (mas podiam ser de qualquer cidade do Brasil) que me deixam deprimido.

Haja remedinho para tanto absurdo...

Um abraço,

Jeff

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Já ouviu falar da emenda da corrente?

Outro dia uma moto perdeu a corrente bem na nossa frente.

Mas essa corrente não se soltou por falta de regulagem; a corrente perdeu a emenda e a corrente foi ejetada aberta para fora da moto.



http://www.remotox.com.br
A emenda da corrente é essa peça aqui, ó:

Todos os outros elos da corrente são rebitados, mas a emenda é um elo desmontável mantido fechado por uma trava elástica de aço-mola encaixada em ranhuras nos pinos da emenda.


Além dos passos diferentes das correntes, que aumentam em proporção à potência do motor, cada moto usa uma quantidade de elos diferente e específica em função do comprimento da balança.


Não é viável manter estoque de correntes fechadas na medida exata para tantos modelos, então a emenda resolve o problema, além de facilitar a instalação na moto.


Na hora de instalar a corrente, se não tiver uma do tamanho exato, sai mais barato cortar alguns elos de uma corrente um pouco maior e usar a emenda para fechá-la.

No entanto, a emenda costuma ser o elo mais fraco da corrente, justamente por não ser rebitada. 


É o elo que tende a se deformar mais rápido.


Quando acontece de a trava se soltar
(porque as ranhuras se desgastaram, porque a corrente sofreu um esforço que a deformou) e a emenda pular fora, a corrente fica no chão e a moto vai embora só no embalo, você fica sem tração. Torça para o caminhoneiro atrás de você ser cuidadoso.

Normalmente essa ruptura da corrente não trava a roda, mas pode acontecer de a corrente se embolar no pinhão e quebrar a tampa do pinhão.


Se você for muito azarado, ela pode até trincar a carcaça do motor, e aí... o conserto fica caro, muito caro — será necessário trocar a carcaça e gravar novamente o número do motor, fazer vistoria, tudo demorado e burocrático.


O sujeito que perdeu a emenda na porta da oficina estava revoltado. Ele disse que em 34 anos de moto nunca viu coisa igual, aquela corrente em particular já era a quarta vez que perdia a emenda.


Coincidência demais não é coincidência.


Ou é peça de má qualidade, ou é desalinhamento de roda/quadro causando esforço excessivo sobre a corrente. Ou corrente mal regulada, estou fazendo uma postagem sobre isso.


Quando for comprar uma relação, pense se vale a pena economizar na hora de pagar o preço.


Correntes baratas, sem retentores, se desgastam mais rápido e exigem regulagem mais frequente. E provavelmente estarão equipadas com emendas baratas e de má qualidade (aço vagabundo).

Uma economia de 20 ou 30 reais pode te dar muito prejuízo.


Ou muita dor de cabeça.


Uma emenda desgastada geralmente dá sinais de que irá pular fora, a corrente faz um clac cada vez que a emenda passa pelo pinhão (onde é mais esforçada). 

Não espere ela pular fora para providenciar a substituição — da emenda ou de toda a corrente, se ela ou a coroa/pinhão estiverem desgastados. 


Uma emenda de corrente é um item pequeno e barato (15 reais), e dependendo de como você usa a moto, pode valer a pena sempre ter contigo uma emenda com trava de reserva. Em viagens, por exemplo. 
(Valeu pela dica, Cassius!)


Imagem: Montagem sobre figura de http://www.dansmc.com/rearchain.htm

Ao instalar uma nova emenda, sempre use uma trava elástica nova. 

E tome cuidado com o sentido de instalação:



A abertura da trava sempre deve apontar para trás em relação ao movimento da corrente, como se a trava fosse uma seta.


Um abraço,


Jeff

terça-feira, 26 de agosto de 2014

Nunca subestime uma anta apressada

Sábado pela manhã nós voltávamos para casa acompanhando o fluxo do trânsito, mantendo nossa área de segurança.

Ou seja, estávamos posicionados ligeiramente à direita da pista para impedir que algum abestado nos ultrapassasse pelo espaço próximo à sarjeta e depois nos fechasse para ultrapassar o carro à frente.


Pois é, isso não impediu um mocorongo abobado de tentar fazer essa manobra totalmente burra. 


Já comentei aqui que não se ultrapassa pela direita, nunca. 


Além de ser o lado pelo qual os motoristas não esperam que alguém vá fazer uma ultrapassagem, enfiar sua moto no lado sujo da pista pode trazer surpresas como os bueiros assassinos.


Pois então, tinha uma dessas armadilhas bem no alto da curva, bem no local onde o atoleimado patético resolveu fazer a ultrapassagem.


Não encontrei nenhuma foto que dê uma ideia exata do que seja aquele bueiro na sarjeta, a coisa mais próxima que encontrei foi isso aqui:


Imagem: http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/transito/noticia/2014/08/asfalto-de-rodovia-cede-e-provoca-acidente-entre-tres-caminhoes-no-rs.html

Tá bom, tô exagerando.

Encontrei uma foto sim, o bueiro afundado é exatamente este aqui (thanks, google street view!):


Imagem: Google Street View

A parte mais funda da grade está a uns 30 centímetros abaixo do nível da pista. E do lado de cá da grade tem um buraco que vai direto até o centro da Terra.

O mondrongo passou rente ao bueiro, na área de asfalto recapeado. Para desviar da encrenca, o aparvalhado teve que jogar a moto adivinha pra cima de quem?


Jezebel e eu tivemos que desviar bruscamente do infeliz, que na confusão teve que frear e ficou para trás. 


Se a roda dianteira dele tivesse caído nesse buraco, ele teria sido jogado de boca no chão, podendo quebrar não só o nariz, queixo e todos os dentes (mesmo de capacete integral), como talvez o pescoço. 

O impacto teria sido bem mais forte do que este aqui:


Imagem: 4GIFs.com

Ele poderia ter ficado tetraplégico ou morrido por causa dessa manobra idiota.

Imediatamente Jezebel e eu fechamos o caminho por ali e fizemos um gesto irreproduzível de interpretação dúbia para que ele, se quisesse passar, o fizesse pelo lado certo.

Tenho certeza de que ele não aprendeu nada, amanhã estará fazendo tudo de novo. Mais dia, menos dia, estará nos jornais. 

Quanto a você, aprenda com essa situação:


Ao se deslocar, mantenha sua área de segurança.



Imagem: Adaptação de http://www.indomotorcycle.com/2011/02/royal-enfield-classic-chrome-and-bullet-500/royal_enfield_classic_chrome_05/

E nunca subestime os manés que não sabem o quanto é perigoso rodar perto da sarjeta.

Não seja derrubado por eles.

Um abraço,

Jeff

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Atenção nos espelhos

Olha só porque nos cruzamentos você precisa sempre parar com a primeira marcha engatada e o olho no espelho:


Imagem: http://g1.globo.com/sc/santa-catarina/noticia/2014/08/caminhao-ultrapassa-sinal-vermelho-e-atinge-motocicleta-em-itajai-video.html

Agora você entende o motivo daquela lei (que você achava besta) de parar a moto com o pé no freio e as mãos nos comandos. 

E também porque não se pode atravessar uma rua ou cruzamento sem conferir se realmente todo mundo parou ou vai conseguir parar.

Assista o filme e leia a reportagem no g1.


O caminhoneiro alega que os motociclistas pararam no amarelo e ele não conseguiu frear o caminhão. Então tá.


O que se vê no filme é que os motociclistas estão parados no vermelho há um bom tempo; o caminhoneiro é que achou que os motociclistas não iriam parar e só tentou frear o caminhão quando já não dava mais tempo ou a má condição dos freios não permitiu.

Fica o alerta para você:

Antes de parar em um semáforo, tenha noção de quem está atrás de você. E não falo de sua garupa.

Monitore pelo espelho a condição do trânsito na sua retaguarda.

O mais prudente é parar um pouco deslocado, deixando espaço para alguém que venha atrás e por algum motivo não consiga parar.

E fique em primeira marcha com a mão na embreagem e pronto para acionar o acelerador e poder sair rápido se as coisas se complicarem para o seu lado.

Foi um milagre o caminhão passar derrubando as motos sem machucar gravemente nenhum dos três ocupantes.

E talvez mais incrível seja o teleporte do ciclista que quase foi colhido em cheio pelo caminhão.

A sorte deles é que Deus é brasileiro.


Tirinha: http://www.umsabadoqualquer.com do Carlos Ruas, um cara legal.

Um abraço,

Jeff

domingo, 24 de agosto de 2014

Macetes das honda CB 300, XRE 300, Twister e Tornado

Atualização: Tem novidade importante sobre este assunto na postagem Dona honda e demais fabricantes, agora a casa caiu. A quantidade de óleo dos motores da antiga Twister, Tornado, CB 300 e XRE 300 nunca foi apenas 1,5 litro — a honda está colocando 1,8 litro na novíssima CB Twister, apesar de o manual dizer que o motor é para no máximo 1,4 litro... Não deixe de ler aquela postagem!

Para ver um vídeo explicando como funciona a lubrificação do motor e entender a importância de manter o nível e o tipo corretos de óleo, visite a postagem O vídeo definitivo sobre o óleo do motor da sua moto.

Respondendo à pergunta do leitor Hércules Júnior sobre particularidades da CB 300:

Olá, Hércules! Obrigado por acompanhar o blog, agradeço sua mensagem de apoio!


Um dos fatores que mais contribui para a trinca do cabeçote das CB 300 e XRE 300 é rodar com óleo insuficiente porque ninguém lê e ninguém faz o procedimento correto do manual do proprietário — todo mundo pensa que é só tirar a vareta e medir, e não é isso que está escrito no manual — eu explico mais abaixo, depois de falar do motor e válvulas.

Os motores da CB 300 e também da XRE 300 são uma evolução do motor base CB 250 (Twister e Tornado), com a diferença que possuem 5 marchas, enquanto as anteriores possuíam 6 marchas.

A cilindrada e as válvulas de admissão e escape (as peças que controlam a entrada de mistura ar/combustível e a saída de gases queimados do cilindro) foram aumentadas, resultando em menor espessura do metal do cabeçote entre as sedes de válvulas, e entre estas e o alojamento da vela de ignição.

Como a espessura do metal nesses pontos é ainda menor que nas 250, o cabeçote tem uma tendência maior a trincar nessas pequenas áreas:


Imagem: Baseada na discussão no fórum CB300 online
http://www.cb300online.com.br/forum/viewtopic.php?f=12&t=16442

Essas trincas permitem a saída indevida dos gases durante a explosão, prejudicando o funcionamento do motor, causando vazamentos de óleo, carbonização do cilindro, etc.

O dimensionamento dessa parede metálica do cabeçote está no limite técnico do que é viável, então rodar com a moto fora das condições para a qual foi projetada pode agilizar o aparecimento do problema.

Esse tipo de trinca também era (ou é) comum nos motores dos fuscas 1600 (cujo cabeçote aumentou o tamanho das válvulas a partir do motor 1200 para o 1300 e depois 1500), também resfriados a ar (ou seja, motores que trabalham normalmente mais quentes do que motores arrefecidos a líquido)

A melhor solução para um cabeçote trincado é sua troca (válvulas, molas, etc. podem ser reaproveitadas, mas sempre é preferível trocar tudo), peça cara e só encontrável nas concessionárias. 

A outra é a soldagem do cabeçote, de resultado incerto e duvidoso — o calor concentrado deforma o cabeçote, e a emenda pode ficar pior que o soneto.

Em uma tentativa de sanar o problema da trinca frequente do cabeçote, a partir de 2013 a honda adotou um novo cabeçote e deu ênfase à nova vela de irídio. Fala iridium quem não sabe traduzir do Inglês.

O marketing enfocou o melhor desempenho dessa vela, mas a verdade é que a vela de irídio é mais estreita e a rosca no cabeçote é menor, aumentando a espessura daquelas superfícies entre as sedes de válvulas e a vela de ignição.

Mesmo assim, os novos cabeçotes continuam trincando porque o problema não está somente na espessura do material, mas também no mau arrefecimento do cabeçote por um óleo 10W-30 inadequado às temperaturas brasileiras (falo mais sobre isso logo abaixo).

Todas as CB 300 e XRE 300 estragam o cabeçote?

Não necessariamente. Uma moto bem cuidada e não submetida a abusos, com manutenção regular bem feita, tem boa chance de uma vida longa sem problemas de trinca do cabeçote.

O que causa as trincas de cabeçote?

Eventuais superaquecimentos (ralar a moto, cortar giro, rodar com pouco óleo, rodar em baixa velocidade por tempo excessivo, manter a moto ligada em marcha lenta por mais de 5 minutos) precipitam a formação de trincas. 

O aperto excessivo da vela de ignição também é um fator (o aperto da vela é de apenas 1/4 de volta depois que ela se assenta, não mais o do que isso — tem brucutu por aí que aperta a vela como se estivesse apertando a porca da roda).

A principal causa para o superaquecimento desses motores é o macete de rodar sempre com óleo na quantidade mínima por falta de leitura do Manual do Proprietário e pela ilusão de que as concessionárias te entregam a moto com a quantidade de óleo correta denunciado na postagem A esperteza dos fabricantes e a ingenuidade do povo.

Não sei porque, ninguém lê a postagem vizinha Parte 3 que fala sobre as motos serem entregues com pouco óleo após as revisões


Leia seu manual do proprietário, lá está escrito para colocar a quantidade recomendada, medir novamente o nível após ligar e desligar o motor, e completar até a marca de nível máximo. 


Atualização: 

Veja como sua moto roda praticamente sem óleo quando você coloca apenas a quantidade recomendada pelos fabricantes — a moto do vídeo é uma kawasaki, mas a mesma coisa acontece em qualquer moto de qualquer fabricante:
O vídeo mostrando claramente como se faz a troca de óleo, a maneira como a quantidade indicada não atinge o nível ideal e mais o procedimento correto de medição do nível de óleo você vê nesta nova postagem.

Macete: Colocando a quantidade recomendada, SEMPRE é necessário completar com um pouco mais para chegar ao nível máximo recomendado.


Só que ninguém completa até o nível correto porque pensa que não pode colocar mais óleo do que a quantidade recomendada (mas o manual manda colocar). 

É essa falta de leitura do manual que mata os motores por aí. Não é só a honda que usa essa prática, isso vale para todos os fabricantes japoneses e chineses, ainda não sei sobre os ingleses, italianos e alemães. Harleys não usam esse critério, a quantidade recomendada atinge o nível correto.

E agora, com a infeliz adoção do óleo semissintético 10W-30 no lugar do mineral 20W-50, o problema de má lubrificação se agravou porque esse óleo fino desaparece do cárter muito rápido. Isso foi explicado no Alerta aos proprietários de honda.


E se você utiliza o óleo 10W-30, terá enorme dificuldade para comprovar a denúncia, como eu descobri e conto na postagem Fiz o teste e não comprovei a denúncia, o Jeff é maluco.

Motor mal lubrificado se aquece mais do que o normal, e motor superaquecido é motor ainda mais mal lubrificado porque o óleo se torna ainda mais fino (menos viscoso), perdendo a eficiência como lubrificante.

Todo metal perde a resistência mecânica com o aumento excessivo da temperatura. O cabeçote, o cilindro e o pistão são as peças que mais se aquecem no motor, e das que sofrem mais esforços, daí as trincas e outros problemas.

Descuidar da regulagem de válvulas também contribui para diminuir a vida útil antes da primeira retífica do motor
. E eu considero isso na casa dos 120 mil km para mais para um motor bem tratado (Jezebel já está com 75 mil km, e só precisei trocar o câmbio porque abusei do peso sobre a moto; o motor ainda manda bem). 

Ao contrário das honda CG 125/150, que possuem um mecanismo de regulagem das válvulas, os motores das CB 250/300 (Twister, Tornado, CB 300 e XRE 300) exigem a troca regular das pastilhas de calço já desgastadas por novas.


Na internet você verá o pessoal chamando essas pastilhas de tuchos e outros até de tucho hidráulico, o que está muito errado.


Tuchos hidráulicos são pistõezinhos autoajustáveis acionados pela pressão do óleo do motor, e não é o caso desses toquinhos de aço calços simples de espessura calibrada usados nas CB 250/300.


O pessoal tem dó de gastar dinheiro com essas pastilhas (que são bem carinhas pelo que são), acabam adiando a troca, e o resultado é que as válvulas batem com força sobre aquelas áreas frágeis, o que não é nada bom para o motor. Típica economia idiota.

Mas se você não deixar o motor se superaquecer, e mantiver a regulagem das válvulas sempre adequada, trocando regularmente as pastilhas nas quilometragens recomendadas, não deverá ter problemas antes do esperado para a vida útil do motor.


Pegando a moto zero km e tratando-a com a quantidade certa de óleo desde o primeiro dia, fazendo o amaciamento conforme recomendado no Manual do Proprietário (não abusar do motor nos primeiros milhares de km), e mantendo a manutenção em dia, você terá uma moto bastante confiável.

Mais um cuidado que você precisa ter com a CB 300 / XRE 300 / Twister / Tornado (oops, essas duas não) é com a injeção eletrônica. 

Nunca rode com o tanque de combustível abaixo da metade, não espere a moto pedir reserva.


Manter o tanque cheio faz a bomba de gasolina trabalhar mais fria, evitando problemas elétricos.


O pessoal tem comentado sobre apagões misteriosos que ocorrem nessas motos 300.

Um motivo para isso é a tampinha do miolo da chave da tampa do tanque de combustível impedir a entrada de ar. Isso faz a bomba de gasolina trabalhar estrangulada, causando falhas de injeção.

O pessoal da honda não descobriu isso ainda, e os proprietários sofrem.

A explicação está na postagem Minha moto anda 1 km e para de funcionar sem motivo, ou não dá partida pela manhã.

Ops, lembrei:

Dizer que motos com injeção eletrônica não precisam esquentar o motor antes de sair rodando é mais uma daquelas aberrações que a grande imprensa patrocinada pelos grandes fabricantes espalha por aí.

Todo motor precisa ser aquecido para que as peças se dilatem e atinjam as folgas normais previstas em projeto. Rodar sem aquecer o motor por uns 5 minutos faz as peças se desgastarem mais rápido, olha só que coisa.

E não economize com a qualidade do combustível.


A maior parte das reclamações sobre motos pode ser creditada ao combustível adulterado ou de má qualidade.

Motos monocilíndricas sentem bastante quando a qualidade da gasolina não é satisfatória. Use apenas gasolina aditivada, realmente vale a pena — quem diz que gasolina aditivada prejudica o motor da moto fala bobagem, estou fazendo uma postagem sobre isso.


Infelizmente, o principal cuidado que você precisará tomar com a sua CB 300 (e aparentadas) é quanto a furto e roubo.


É uma moto bastante visada, pelo menos nas capitais.

E se tiver mais alguma dúvida, é só perguntar, é sempre um prazer ajudar.

Nem sempre sou avisado imediatamente de novas mensagens em postagens antigas, as atualizações levam um tempo, então a resposta poderá demorar um pouco.

Um abraço, e felicidades com sua nova moto,

Jeff

PS: Tem novidade sobre este assunto na postagem A experiência de um dono de Twister, Tornado e dicas para XRE300 e CB300.