quarta-feira, 26 de junho de 2013

AVISO AOS LEITORES

Pessoal, aconteceu um fato desagradável que estou investigando.

As últimas postagens começaram a apresentar pop-ups irritantes com propaganda de produtos e serviços pra lá de dúbios.

Isso foi feito sem autorização e estou vendo como sanar isso.

Retirei as postagens contaminadas enquanto não encontrarmos uma maneira de impossibilitar esse tipo de interferência não autorizada, irritante, oportunista e aética

Até lá, novas mensagens não serão postadas.

Caso encontre mais alguma mensagem com pop-ups para produtos de emagrecimento, trabalhos pela internet e outros spams, NÃO CLIQUE! 

Quem implantou esses pop-ups no blog pode muito bem ser capaz de implantar malware nos links dos pop-ups.

Profundamente irritado com a situação, me despeço temporariamente.

Um abraço,

Jeff 

terça-feira, 25 de junho de 2013

Ao comprar a primeira moto, não seja feito(a) de otário(a)

Explora-se demais os brasileiros...

Ganha-se muito dinheiro às custas da ingenuidade do povo. Não seja enganado!

Em qualquer lugar do mundo, paga-se muito menos por uma moto. Bom, paga-se muito menos por qualquer coisa, mas vamos ficar com o exemplo das motos.



Todo mundo conhece a marca de motos mais famosa do Brasil, e o bordão é bem conhecido.... se não for da tal marca, não vale a pena, não é moto, é xing-ling, e por aí vai.

As motos da marca famosa são de boa qualidade? 

Sim, são. Ampla rede de concessionárias, ampla oferta de peças inclusive no mercado paralelo.

Mas o que muito pouca gente questiona e procura saber é o preço que todos nós pagamos por isso durante décadas.

Comenta-se que para viabilizar a existência da zona franca de Manaus, o governo militar fechou um acordo com eles, que em troca do "sacrifício" de ir construir um parque industrial longe de tudo e de todos, passaram a ter exclusividade no mercado nacional por vários anos. 

Enquanto durou essa exclusividade, desovou-se no mercado milhares e milhões de unidades de um modelo consagrado, mas inerentemente inseguro por conta do projeto arcaico de freios a tambor, muito aquém de outros produtos destinados a mercados mais exigentes.

Na verdade, aquém até mesmo do que eles comercializam em mercados como a Índia e a Tailândia.

Minha primeira moto era um desses modelos defasados, e com ela caí 12 vezes. Muitos desses tombos teriam sido evitados com freios mais eficientes; e muitos deles foram causados diretamente pela ineficácia dos freios. (Hoje sei disso porque minha moto orgulhosamente xing-ling é equipada com um ótimo freio dianteiro a disco e traseiro a tambor bem dimensionado.)

E por conta daquela exclusividade que garantiu a fama desse fabricante, foi conquistado um mercado que não percebe o quanto paga caro pelo “privilégio” de rodar com motos pé-de-boi inerentemente inseguras.

Ou versões inferiores às que são comercializadas no resto do mundo (os modelos top vendidos aqui não têm regulagem de manetes e suspensões... no Canadá e Europa, têm.)

Não vou fazer propaganda de ninguém, mas se você pesquisar no mercado encontrará motos zero km honestas com freio a disco por cerca de 4 a 5 mil reais. 

Algumas são melhores que outras, pesquise bem antes de optar por qualquer uma delas. Considere o preço de venda e a assistência que você terá depois (se tiver).

Rodar, todas elas rodam (algumas não tão bem, por vibração excessiva), e a maioria certamente pára melhor do que os famosos modelos consagrados pelos quais você pagaria muito mais.

Mas o propósito aqui não é dizer compre uma moto alternativa; o propósito aqui é conscientizá-lo do quanto estão lucrando indevidamente em cima de você.

Considere o seguinte:

Quem está vendendo uma moto 125/150 chinesa a 4 mil reais não está fazendo caridade. Está tendo um bom lucro sobre esse valor, pode acreditar.

Se você morasse nos EUA, poderia comprar essas motos pelo correio e receberia na porta de sua casa um caixote com uma moto 125/150 semimontada. 


Imagem: http://www.hooperimports.com distribuidor de motos chinesas nos USA.

Seu trabalho seria abrir a embalagem, encaixar o guidão, as rodas e a corrente, ajustar os comandos e apertar os parafusos, colocar óleo e combustível e sair rodando para fazer a documentação.

E por esse caixote você pagaria menos de 600 dólares. Ou 1200 dilmas em tempos de dólar normal. 

No Brasil você paga 5 a 7 vezes esse valor em troca de uma garantia e assistência técnica que na imensa maioria das vezes só existe na hora de vender a moto. No gogó do vendedor.

Aquele é o preço com que essas motos chinesas são comercializadas ao redor do mundo, menos no Brasil.

Sim, o pessoal aproveita para arrancar o couro do brasileiro, porque o brasileiro é muito mal informado. 

Também, só assiste a rede golbo, vai esperar o quê, né?

E isso vale não só para as motos chinesas supostamente de qualidade inferior não.

A fábrica mais famosa comercializa na Argentina, aqui do lado, motos pelo mesmo valor em pesos que aqui são cobrados em reais

A diferença é que o peso vale aproximadamente a metade do real. 

Então eles pagam por uma moto 250 na Argentina o equivalente em reais que nós pagamos por uma 125 no Brasil. (E lá as motos rodam com gasolina de verdade, não essa imitação alcoolizada que no mundo todo é conhecida como gasohol, seu uso é desaconselhado por todos os fabricantes, mas aqui é a única opção vendida a preço de gasolina das mais caras do mundo).

Isso é que é real.

Quer ver outro exemplo?


Fonte: Revista Duas Rodas edição nº 441 de junho de 2012 citando matéria da edição de junho de 1992.


Quando foi lançada no Brasil, a Teneré 600 custava apenas o dobro do preço de uma NX 150 Bros. Taí a capa da revista com a reportagem.

"A YAMAHA CUSTA O DOBRO E TEM QUATRO VEZES A CILINDRADA DESTA HONDA"

Sabe quanto custa hoje uma Teneré 660?*

31.110 reais, praticamente 4 VEZES mais do que uma Bros.

Os custos de fabricação (aço, borracha, plásticos, fiação, mão de obra, etc.) são proporcionais ontem e hoje. 

O que explica algo passar a custar comparativamente 2 vezes mais caro em apenas 10 anos?

Ganância.

E a inocência dos brasileiros que topam tudo, até juros escorchantes para ter a sonhada moto zero.

O que se paga de juros em financiamento bancário no Brasil, em país nenhum do mundo os banqueiros têm tamanha cara de pau de cobrar.

Iriam para a cadeia se lá o fizessem.

Por isso, pesquise muito antes de comprar uma moto zero km. Junte o dinheiro e compre à vista, exigindo um bom desconto. Não caia naquele conto do preço à vista é o mesmo do preço à prazo, ou da prestação que cabe no bolso.

Faça as contas:

Não é justo pagar para o banco uma segunda moto inteirinha.

Ainda mais levando em conta que você já está pagando bem mais do que o resto do mundo.

Depois dos congelamentos de preço vividos nos governos Sarney e Collor, todo mundo tabelou os preços lá em cima. Existe muita gordura a ser cortada antes que os preços cheguem a patamares decentes.

Quer saber?

Não compre uma moto zero km.

Se todo mundo fizer isso durante algum tempo, os preços vão cair que nem manga madura.

Alguns vão cair que nem jacas.

Um abraço,

Jeff

* Todos os preços base junho de 2012, mesma edição da revista.

PS: Se você ainda tiver alguma duvida, assista o filme do Otário. Você ficará estarrecido com as verdades que são mostradas ali. O mesmo que é dito para os carros também se aplica às motos. E televisores, máquinas de lavar, geladeiras....

ATENÇÃO:
Conferir o óleo apenas tirando a vareta é errado e está destruindo seu motor! Os fabricantes divulgam informações contraditórias e o prejudicado é você. Veja a denúncia neste link.

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Respondendo à Bianca – parte 2

Enquanto almoçava pensando na matéria sugerida pela Bianca, sobre estacionamento de motos, a resposta veio bem à minha frente:


Acredite, só é engraçado para quem não é dono de uma delas... experiência própria.


Um motociclista quase foi atropelado ao reduzir a velocidade para entrar na vaga de estacionamento ao lado do restaurante.

Foi aí que eu percebi que uma matéria sobre estacionamento de motos tinha que começar pelo princípio:

O cuidado que devemos ter na hora de estacionar deve começar bem antes do ato de estacionar em si.

Então, vamos lá:

Ao procurar uma vaga para estacionar, não se descuide do fluxo do trânsito. Sinalize sua intenção e não reduza a velocidade bruscamente ao avistar um espaço vago. 

Vale mais perder uma boa vaga do que uma boa calça. (Num tombo, as calças se rasgam em lugares inenarráveis.)

A atenção fixa no espaço para estacionar pode fazer com que você não veja obstáculos no percurso: um desnível acentuado na calçada, um ralo sem grade de cobertura no caminho. Quanto mais alinhados com o pneu, mais facilmente esses obstáculos podem te derrubar.

Ao descer da moto, tenha certeza de pisar num lugar firme e seguro. Não pise no picolé!

Ao deixar a moto estacionada, certifique-se de travá-la corretamente e verifique se ela não está atravancando a saída de outras motos. 

Estacionar nas pontas e nos cantos da área reservada para as motos pode deixar sua moto vulnerável a esbarrões de outras motos e principalmente de carros — as vias no interior de estacionamentos são estreitas e automóveis têm muita dificuldade de manobrar em espaços estreitos...

Outro risco existente nos estacionamentos de motos é o do efeito dominó, uma moto derrubada leva todas as outras de roldão. Isso é mais fácil de acontecer quando as motos estão no cavalete lateral.

Deixar a moto no cavalete central também tem outras vantagens: além da maior estabilidade, essa é a posição correta para deixar a moto quando o tanque estiver cheio. Nunca deixe a moto no cavalete lateral nessas condições.

O abrigo do sol é o ideal, mas nem sempre é possível. Lembre-se que o sol muda de posição ao longo do dia, então de repente uma vaga ao sol ao meio-dia estará na sombra pela maior parte da tarde.

Ah, estacionando em ladeiras:

A inclinação pode trazer problemas para a colocação no cavalete lateral e mesmo no central. Em ruas muito inclinadas, opte por estacionar em diagonal, usando o cavalete que oferecer o melhor apoio (nessas situações, geralmente será o lateral com a moto inclinada diagonalmente ladeira acima).

Seja em subidas ou descidas, manobre a moto de modo que ela sempre fique apontada em direção ao alto da ladeira, primeira marcha engatada para evitar que ela comece a rolar.

Acho que só ficou faltando falar da firmeza do solo. Cuidado ao estacionar sobre terra/areia fofa. O cavalete tende a ir afundando pouco a pouco, o que pode levar sua amada ao chão depois de alguns minutos. 

Se não tiver outro jeito, colocar uma tábua ou telha debaixo do cavalete ajuda a estabilizar, desde que ele aguente o peso... e esse calço não poderá ser muito alto, senão você cria outro problema de desequilíbrio.

E ao sair da vaga, muita atenção ao trânsito para entrar na via. 

Fique atento a pedestres que sempre podem cruzar sua frente, pensando que serão vistos antes que você acelere. Eles não levam em consideração que você está olhando para o outro lado, aguardando uma brecha para se encaixar no fluxo.

Mas pedestres são assim mesmo, nós é que temos que pensar por eles.


Um abraço,

Jeff

terça-feira, 18 de junho de 2013

Atrasado para o trabalho

Atrasado para o trabalho estava eu naquela manhã chuvosa do longínquo ano de 1981, tirando da cgzinha o que ela podia e não podia para não bater o cartão fora do horário.


Imagem: internet

E lá na frente vi o congestionamento na alça de acesso ao viaduto sobre a via Anchieta, pude traçar minha estratégia: ia cortar a fila pelo lado livre e ganhar preciosos segundos.

Mas o motorista ao meu lado achou que eu não tinha o direito de ultrapassá-lo. Aumentou a velocidade assim que eu acelerei.

Não acreditei que alguém pudesse ser tão canalha. Foi nesse dia que descobri até onde vai a canalhice humana.

Acelerei novamente e ele fez o mesmo, apenas para que eu não passasse à frente dele.

Sem saída, só me restou frear sobre a pista molhada. 

Não podia dar certo, né?

No último instante tentei tirar da traseira do carro à frente, mas o guidão pegou na coluna da Brasília (um carro moderno que existia na época, acabou extinto junto com os alossauros).

No instante seguinte eu estava voando a baixa altitude. Lá do alto pude ver quando a cgzinha se vingou do cara, estourando a lateral do carro dele, e o verme se encolhendo e fugindo. 

Pelo menos não saiu sem levar uma boa lembrança.

Aterrissei e rolei, e levantei a cabeça a tempo de ver o para-choque da kombi parando bem em cima dos meus pés.

Aí desbaratinei e relaxei. Conferi se havia mais alguma coisa quebrada comigo, além do coração de ver a cgzinha naquele estado.

Entre motos e feridos, salvaram-se todos, a coitadinha mais torta que a ficha corrida de muito parlamentar de Brasília (a capital, não o dinossauro).

Mas a lição eu aprendi, nunca mais eu arriscaria minha vida em troca de malditos 5 minutos para bater um cartão.

Escrevo esta história fazendo piada, mas com o coração na mão.

A inspiração para a lembrança e a postagem foi eu ter sido ultrapassado logo de manhã por uma jovenzinha numa Biz. 

Estávamos num trecho de curvas fechadas, pista molhada, sem visão, pista estreita de mão dupla, e ela arriscando tudo para não perder a hora do trabalho.

Fiquei torcendo para que ela consiga chegar à minha idade com histórias para contar.

Mas fiquei com uma sensação amarga de que ela talvez não venha a ter a mesma sorte que eu.

Coração apertado....

Um abraço,

Jeff

sábado, 15 de junho de 2013

Escapamento pipocando

Pode acontecer de você reduzir a velocidade e ouvir uns estouros vindo do escapamento.

Se forem apenas um ou dois, não se preocupe, isso é normal quando se reduz de marcha e não significa necessariamente uma má regulagem do motor.



Para a regulagem do carburador, o caminho do meio é o ideal, já dizia Sidarta Gautama.

Imagem: De alguém do Facebook, mas como estou banido, não tenho como saber de quem é para os devidos créditos. Culpa do Dooku.

Um ou dois estouros no escape nas reduzidas violentas são normais, agora fabricação de pipocas indica excesso excessivo (ops!) e isso pesa no bolso.

Uma quantidade grande de estouros indica a necessidade de regular o carburador para evitar que sua moto consuma demais. 

Uma regulagem econômica não causa estouro nenhum, mas mas em compensação faz o motor trabalhar mais quente do que o normal, então também não é uma condição saudável.

A gasolina que pipoca no escapamento é aquela que não foi queimada durante o funcionamento do motor durante a redução. 

O motor estava trabalhando num regime de alta rotação com um determinado volume de mistura e de repente você corta o ar (o carburador fundamentalmente é uma válvula de ar que mistura a gasolina proporcionalmente ao ar). 

Então, na transição entre um regime de trabalho e outro, o excedente de gasolina acaba indo para o escape.

Isso não quer dizer necessariamente que o consumo esteja acima do recomendável, mas apenas que sobrou um pouco de gasolina durante aquela transição. 


Quem vai te dizer se o motor está precisando de regulagem ou não é o consumo, se ele estiver normal, não há com que se preocupar.

E vale a pena sempre usar o freio-motor nas desacelerações, porque além de ajudar a reduzir a velocidade da moto, facilita muito a mudança de marchas, e é superimportante estar sempre na marcha correta para cada velocidade. 

Isso pode fazer muita diferença numa situação de frenagem de emergência, quando você for obrigado a sair rápido do local porque outros carros vão ter dificuldade de parar atrás de você, ou a situação exigir que você saia de lá rapidinho (por exemplo, um carro desgovernado vindo na sua direção).

Um abraço,

Jeff

ATENÇÃO:
Conferir o óleo apenas tirando a vareta é errado e está destruindo seu motor! Os fabricantes divulgam informações contraditórias e o prejudicado é você. Veja a denúncia neste link.

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Estão chegando as férias.... cuidado com o cerol

Esta postagem aborda a ineficácia da antena corta-pipa no caso de ela estar mal posicionada, e alguns macetes que utilizo. 

Para mais informações sobre o cerol, veja a postagem Cerol: o ninja sanguinário que ataca motociclistas.

Outro dia eu li que um piloto sofreu graves ferimentos (na verdade, escapou de morrer por muito pouco) causados por uma dessas malditas linhas de pipa com cerol.


Imagem: Lápis de Memória blog do cartunista J.Bosco. Muito bom, merece uma visita. 

O problema é que mesmo com a antena corta-linha de pipa instalada, a linha conseguiu cair atrás da antena.

Essa possibilidade sempre me preocupou, e apesar de ter instalado a antena corta-pipa na Jezebel, não fiquei satisfeito. 

Feia, enferruja, e ainda por cima, eficiência comprovadamente abaixo de 100%.

O resultado é que adaptei o desenho da antena, entortando-a para que fique mais próxima do capacete, evitando espaço para a linha cair atrás da antena. 

E também ressuscitei minha antiga técnica de defesa contra linha de cerol, não testada, mas supostamente à prova de falhas e certamente não sujeita ao esquecimento de levantar a anteninha:

O boné dobrado no pescoço e a corrente no capacete.

O truque do boné no pescoço é simples: dobro a parte que cobre o cocuruto e prendo-a sob o queixo  com a jugular do capacete.

A aba do boné fica encaixada à frente do pescoço, funcionando como um anteparo para começar a ser cortado antes que um dos meus preciosos.

Funciona como a balaclava que o Vinícius falou vai falar (vide o PS abaixo), mas sem o reforço metálico e sem o desconforto do uso. 

Supostamente dará tempo para parar a moto antes que a linha chegue ao pescoço (toc, toc, toc), e ainda tem a vantagem de aquecer o gogó nos dias de frio. 

Muito mais útil e confortável do que colocar o boné embaixo do capacete com a aba voltada para trás. (Taí uma coisa que nunca farei, usar o boné com a aba para trás... coisa de adolescente que não entendeu que a aba serve para proteger os olhos do ofuscamento pelo sol...)

Quanto à corrente, também é simples:

Eu prendo as duas pontas de uma corrente relativamente longa e resistente na parte interna do capacete. 

A volta de corrente pendurada fica à frente do pescoço e do boné, mais ou menos na direção das artérias e veias jugulares, chegando até bem baixo no peito.

Se uma linha com cerol cair ali, espero que a corrente ofereça resistência suficiente para impedir que o cerol chegue até o boné.

Detestaria perder um bom boné.

E espero nunca ter que comprovar a eficiência do sistema na prática.

Um abraço,

Jeff
PS: Agradeço a sugestão do Vinícius para o tema cerol e continuo aguardando a postagem que ele está preparando sobre isso... hehehe

ATENÇÃO:
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terça-feira, 11 de junho de 2013

Domingueiros e domingueiras


Sair aos domingos é sempre uma festa.

Você vê cada coisa... fazem você pensar se realmente é domingo ou você ainda está de porre do sábado.


Nesses passeios dominicais com Jezebel, cheguei à conclusão de que existem dois tipos básicos de domingueiro(a):

O totalmente sem noção, e aquele que pensa que tem noção.

O sem noção é fácil de reconhecer: ele pára quando a preferencial é dele, e avança quando não é. Fica esperando um tempão absurdo porque não tem noção da distância e aceleração dos outros veículos. 

Ele pára 50 metros antes do semáforo porque pensa que assim vai enganar o ladrão que ele imagina em cada esquina. E te ultrapassa com medo de usar a outra faixa, você que se esprema para o meio-fio.

Mas com o sem noção eu até consigo conviver mais ou menos, ele não é tão perigoso quanto o domingueiro que pensa que tem noção.

Esse é atrevido, cola na traseira dos outros achando que está em Mônaco e é mais piloto que o Rubinho. Quer dizer, o Massa... quer dizer, o Bruno Senna... ahn, bom, deixa pra lá.

Hoje de manhã um desses ficou atrás de mim. Mas não por muito tempo. Saquei a do cara e desviei para uma rua transversal, só para deixá-lo passar, e à distância fui vendo a atitude do mané. 

Esse tipo de tarado gosta de ficar colado em qualquer um na frente dele. Ah, se minha torcida valesse, coitado do outro motorista...

A sanha insana dos domingueiros e domingueiras não conhece limites. Entram na contramão, entram na preferencial ocupando duas faixas, param o carro na faixa da esquerda para fazer conversão à direita, estacionam em diagonal bloqueando a sua (minha) saída e impedindo que pedestres andem pela calçada...

O cúmulo da domingueirice bizarra é ver um domingueiro rebocando outro com uma das rodas travadas. E o insano carregando a família toda e se iludindo que o motor vai aguentar.

Mas tem um tipo de domingueiro que é extremamente peculiar, porque é mais comum nos sábados à tarde:

Você o ouve chegando de longe... pensa que é um barco com motor de popa, tenta conferir pelo retrovisor, mas é ofuscado pelo brilho impecável dos cromados recém-polidos. 

Você se recupera do susto e aí vê passar o inconfundível V2zão pototópototó mais uma parafernália de custom gadgets, exhorbitant saddlebags, exclusive serial manufactured mirrors, american cow face’s eye price jacket, underwear overdrive, little coconut helmet, etc., incluindo tatoos de skull e bar & shield do fabricante americano que não vou falar o nome, mas não é a Indian. 

Cuidado com ele!

Porque se você não mantiver uma boa distância, na primeira curva ele atravessará aquela barca de uma faixa para outra fazendo a tangência bem em cima de você, porque aquele trem não tem freios e o domingueiro de sábado morre de medo de inclinar a moto para fazer uma curva.

Esse domingueiro happy fat boy é conhecido como coxinha (chicken’s little thigh pastry — um dia eu explico o porquê).

Meninas e meninos, acreditem, eu vi tudo isso acontecer num único domingo.

É muita emoção para um dia só.

Um abraço, e cuidado com os seus domingos,

Jeff
ATENÇÃO:
Conferir o óleo apenas tirando a vareta é errado e está destruindo seu motor! Os fabricantes divulgam informações contraditórias e o prejudicado é você. Veja a denúncia neste link.

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Céu, asfalto, caminhão... céu, asfalto, caminhão...

Voltando de Palhoça (a cidade vizinha) pela BR-101, o trânsito fica complicado, todo mundo parando de repente, de 100 a 0 km/h em 100 metros. 

Ou seja, um dia típico.

Ao fugir para a marginal, vejo a causa do congestionamento, o motociclista e a moto caídos no acostamento, outros motociclistas ajudando.

Parei para ver no que podia ajudar, felizmente o rapaz não teve ferimentos graves, então ajudei da maneira que podia, fazendo sombra.


Imagem: Panoramio http://mw2.google.com/mw-panoramio/photos/medium/50625677.jpg

Modéstia à parte, sou muito bom em fazer sombra.

E enquanto permaneço fazendo parte da paisagem, vou me inteirando dos fatos. 

O motociclista caiu pelo motivo que derruba 87 em cada 10 motociclistas:

O trânsito estancou de repente, não deu tempo de desviar a moto, a ponta do guidão pegou na quina do carro à frente e ele fez um pouso forçado.

E como ele mesmo disse, foi "céu, asfalto, caminhão, céu, asfalto, caminhão", tudo passando na frente dele e ele sem poder fazer nada.

Nasceu de novo, porque o caminhão conseguiu parar quase em cima da moto, mais um tico atropelava a menina, mais um teco era a vez dele. 

De todo acidente, procuro tirar uma lição que seja útil para mim e para os pacientes leitores deste blog.

Manter uma distância de segurança do veículo à frente não foi essa lição, porque já faço isso desde aquele dia há 30 anos em que eu mesmo vi céu, asfalto e kombi.

A lição de hoje foi:

Não pilote sem luvas. 

Por favor, não me pergunte os detalhes.... mas não saia de casa sem luvas. 

Capacete resistente, jaqueta resistente, calça resistente, botas (porque tênis e sapatos normais são os primeiros a voar longe) e luvas. Bem resistentes.

Sério. 

Um abraço,

Jeff
PS: Ainda bem que o acidente aconteceu na BR-101, bem em frente a uma câmera de monitoramento. 

A base das equipes de resgate fica a 11 km do local do acidente, então eles chegaram em 'apenas' 35 minutos, quando o rapaz já estava imobilizado e medicado pela equipe de uma ambulância de resgate particular que passava por acaso e prontamente o socorreu.

BR 101: Pedágio a cada 80 km, concessão pública prevendo construção de anel viário que já deveria estar entregue, mas o estudo de impacto ambiental ainda não foi finalizado....

"Brasil.... mostra tua cara... quero ver quem paga pra gente ficar assim..."  


Cazuza

terça-feira, 4 de junho de 2013

Adios, facebook

Depois de muito adiar, estava eu alegre e contente começando a usar meu perfil no facebook. 

Terceiro dia (hoje), respondendo uma pergunta de alguém interessado em comprar uma moto do mesmo modelo que a minha, postei um link para este blog, para a mensagem onde posto dicas importantes para impedir que o proprietário se exponha a riscos ou tenha grandes prejuízos.

Olha só o que eu ganhei do facebook:



É isso aí, acusado de fazer spam por causa de um link para o meu blog (que não vende pipoca nenhuma), fui bloqueado em rito sumário sem direito à defesa nem apelação. 

Então peço desculpas a quem havia começado a se corresponder comigo via esse malfadado site de relacionamento social, não tenho nem como avisar a galera.


Conde Dooku (pronuncia-se dukú), também conhecido como Darth Tyranus.  

Facebook e Dooku, tudo a ver.

Sinto muito, mas depois de um mês, quando fizerem o "favor" de liberar minha conta, só vou botar os pés lá (virtuais, claro) para encerrá-la.

Adios, facebook!

Não foi um prazer!

(E depois dizem que eu é que sou antissocial....)

Um abraço (menos aos Dookus de lá),

Jeff

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Chuva, pista escorregadia e aquaplanagem


Acredito que todos já tenham ouvido a expressão "aquaplanar", e não precise explicar "tim tim" por "tim tim" o que é, como acontece, etc., etc. e etc.
Imagem: http://nerddahora.com/
Não, não é esse "timtim".

O assunto que quero abordar aqui é sobre o risco de um acidente sério quando isso acontece e não necessariamente quando é a moto que perde o controle

Basicamente, você não deve abusar da velocidade e principalmente da aceleração, e quando você sente que a moto está querendo escorregar, você deve reduzir suavemente a aceleração, nunca frear bruscamente, mantendo a moto engatada para que o pneu não trave, nessas situações é mais importante ainda.


Quando digo manter a moto engatada, me refiro a não puxar a embreagem, a menos que seja para reduzir uma marcha e enquanto faz isso, alivie o freio.


Há algum tempo eu me livrei de um acidente onde um carro perdeu o controle por conta de aquaplanagem exatamente na minha frente.

Contei com a frieza (o que não significa falta de medo) para reduzir e com a sorte, pois o "motorista" tentou corrigir e acabou rodando para o outro lado da pista, invadindo a faixa ao lado e colidindo com outro veículo, então pude aliviar os freios e desviar deles.


Valeu aí mano!
Anjinho roubado descaradamente do 
Carlos Ruas: www.umsabadoqualquer.com
Em condições de chuva severa, é preciso estar atento também ao comportamento dos carros a sua volta, principalmente se você estiver do lado de fora de uma curva, ou se avistar um típico Mr. Wheelers.

No vídeo abaixo temos várias derrapagens, nenhuma com moto, mas podemos ver que em determinado momento um carro escorrega para fora da curva e isso pode ser fatal ao motociclista caso esteja na trajetória.

O vídeo original postado pelo Vinícius sumiu da internet, aí vai outro mostrando aquaplanagem com uma moto:

O sujeito que perdeu o controle na minha frente estava se comportando de forma imprudente, inclusive havia acabado de me ultrapassar pela direita e me fechado, só tenho a agradecê-lo por isso, pois me deixou mais alerta para o que viria. 

Então este post também é uma dica aos motoristas.


Se você não conhece bem uma rodovia, fique atento ao comportamento dos demais, se todo mundo está andando a 80 km/h debaixo de chuva intensa, algum motivo tem.

Mesmo que você conheça bem uma rodovia, nunca esqueça que toda rodovia é mutante. 


Um carro com vazamento de óleo transforma uma curva suave em um risco, então tome precauções, ainda mais em dia de chuva.
Um abraço,

Vinícius

domingo, 2 de junho de 2013

Cicrista, essa praga duzinfernu

Calma, ciclistas!

Eu também sou ciclista. Ou pelo menos fui, há uns... bom, há uns muitos anos.

E hoje sou um ciclista motorizado, vulgo motociclista.

Mas o cicrista não é um ciclista.

O cicrista é analfabeto quanto ao código de trânsito.

Desconhece (ou desrespeita) a lei, seja pela pouca idade, seja porque nunca imaginou que fosse necessário conhecer as regras de trânsito para sair por aí pedalando.


Se não for orientada pelos pais ou escola, temos aqui uma cicrista em potencial.

Imagem: http://crapwalthamforest.blogspot.com.br , blog de um ciclista britânico que aponta mazelas do trânsito de lá. A diferença de lá e cá é que por lá há ciclistas e por aqui eles são uma pequena minoria. 

Hoje à tarde, compromisso inadiável de tomar café na padoca, ao entrar na via principal quase fui colhido por um cicrista que vinha pela contramão. 

Sempre recomendo olhar para os dois lados antes de entrar num cruzamento, mas às vezes a condição do trânsito não permite.

Mas esse incidente não foi motivo para assustar, ele ainda estava longe. Foi suficiente apenas para eu começar a pensar nesta postagem.

Não se passaram 500 metros, um automóvel em sentido contrário que tencionava fazer uma conversão cortando a minha preferencial deixou metade do bico do carro na minha faixa.

Sobrou apenas metade da minha faixa para desviar dele.

E o que vinha pela contramão, perto da calçada?

Não apenas um, mas três cicristinhas, todos com menos de 12 anos.

O garotinho tomou o susto da vida dele quando me viu desviando na direção dele, começou a oscilar o guidão, ameaçando perder o controle.

Sim, não basta vir na contramão, tem de vir à velocidade máxima na contramão.

Bom, acabamos passando um pelo outro sem esbarrar nem cair (mas por pouco... o espaço que eu tive foi de pouco mais de um metro, talvez um metro e meio e olhe lá...)

Enquanto escrevo, lembrei do linchamento do motorista de caminhão ocorrido esta semana por uma multidão revoltada porque ele atropelou uma criança de dois anos (leu certo, é 2 e não 12) que brincava no meio da rua com o conhecimento da mãe.

É, provavelmente eu tenha escapado de ser linchado hoje. 

Porque para a mãe do cicristinha, certamente a culpa seria desses motoqueiros loucos. Sempre é.

Raiva, muita raiva.

Preciso de mais café.

Hoje não tem abraço,

Jeff